The Beggining Of Her Many Ends

Chapter 1 - Start of an Ending

The Beginning of Her Many Ends

Chapter 1 – Start of an Ending

     "O homem continuava a cavar, a cavar, a cavar, a cavar, como se o buraco que pudesse fazer nunca fosse fundo o suficiente e como se tudo dependesse daquilo.

     -Tu mataste-o. – ele disse suavemente enquanto continuava a cavar com um sorriso sádico no rosto. – Mataste todos, aliás. – Ele afirmou de novo com o mesmo tom de voz.

     -Não, não, não, não. – a criança chorava enquanto se sentava para abraçar os seus joelhos como se isso a ajudasse a manter o seu próprio mundo intacto."

     -Hey! Hey! – Uma rapariga morena, de cabelos pretos acordava a sua companheira enquanto lhe beijava a têmpora. – Calma, foi só um pesadelo. Estou aqui, está tudo bem... - Tentou acalmar enquanto a outra acordava sobressaltada e com a respiração ofegante.

     'Outro pesadelo', pensou enquanto tentava acalmar a sua respiração, a sua garganta estava dorida, 'voltei a gritar', pensou de novo esfregando os olhos e sentindo as suas pestanas completamente húmidas e os seus olhos doridos 'e a chorar também', riu sarcasticamente de si mesma e abanou a cabeça passando as mãos por toda a sua cara e esfregando a mesma.

     - Está tudo bem, volta a dormir, estou bem, está tudo bem, só foi mais um pesadelo. – Emma sorriu um pouco para manter a outra rapariga mais calma.

     -Estás mesmo bem?

     -Sim amor, volta a dormir. – Sorriu outra vez e levantou-se dirigindo-se para a cozinha para pegar num copo de água, acalmar-se, ir à casa de banho e depois de volta para a cama, como era costume ser rotina na maior parte das noites.

     Voltou para a cama e reparou que a sua namorada já estava a dormir. Com isto sorriu e deitou-se a seu lado novamente.

     'Sei que não vai durar, mas posso sempre aproveitar enquanto não acaba.'

     O sol começava a aparecer quando os seus olhos começaram a abrir e ela começou a acordar. 'Não, ainda não estás pronta para acordar', pensou para si mesma querendo continuar a dormir e recusando-se a deixar a que os seus olhos se abrissem. Ao fim de um tempo concluiu que a sua recusa não valia de muito e que realmente já tinha acordado, agarrou no seu telemóvel e foi ver as mensagens. '2 mensagens do Ivo, 4 de números que não conheço, 1 da Genevive...', foi vendo as mensagens enquanto pensava a quem valia a pena responder e a quem não valia.

     -Sempre no telemóvel.

     -Olha quem fala. – Resmungou observando a sua pseudo-namorada a escrever e a bloquear rapidamente o ecrã do telemóvel. – Algo a esconder? – brincou, brincou sabendo que lá no fundo realmente queria uma resposta, que já até vinha a querer a resposta à mais tempo.

     -De ti? Nunca nada. – Sorriu e beijou-lhe a face, sabendo que realmente escondia algo de Emma.

     -Está bem, se o dizes. – Murmurou sabendo perfeitamente que aquilo era mentira mas simplesmente querendo-se enganar com o doce sabor e a perfeita visão que aquela ilusão lhe trazia. Neste caso, preferia continuar ignorante.

     Levantou-se e esticou as costas dirigindo-se para a casa de banho. Olhou para o seu reflexo no espelho e assustou-se ao ver o quão grandes estavam os seus papos negros debaixo dos olhos. Mordeu o seu lábio inferior e passou as mãos na cara sentindo a oleosidade devido ao suor que o pesadelo lhe tinha trazido. Abriu a água da banheira e deixou que esta aquece-se enquanto fazia as suas necessidades urinárias matinais. Limpou-se e entrou na banheira deixando com que a água abraça-se o seu corpo e tentasse curar todas as suas feridas externas e internas.