Capítulo 12 - Parte 2

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– Nina, por favor, podemos conversar?

– Sebastian, está tarde... – ela tentou argumentar, afinal, ela trabalhou durante dias em como ela se afastaria de Sebastian durante o casamento de Mia.

– Nina... – ele suspirou cansado de tudo aquilo. Cansado dos anos separados e das peças que o destino pregava. – Por favor. Não faça isso... Não me afaste novamente.

Ela o olhou intensamente, já com os olhos marejados, ela precisou piscar algumas vezes para impedir que as lágrimas caíssem.

- Ok... – ela respondeu em um fio de voz.

A morena deu passagem para que ele entrasse no quarto, após, ela fechou a porta, não seria bom que alguém os visse juntos. Ela vestia uma camisola e Sebastian desviou o olhar até que ela alcançasse um robe que cobrisse o corpo.

– Sente. – ela apontou para uma poltrona no canto do quarto. Sebastian se sentou na poltrona enquanto que Nina se fazia confortável na cama.

Sebastian mexia os dedos das mãos incessantemente. Estava nervoso. Ele fechou os olhos por um momento. Tentou pensar no que falaria.

– Porque nós terminamos, Nina? – ele fez a pergunta que o perseguiu durante os últimos dez anos.

– Porque estávamos fadados ao fim. – ela respondeu automaticamente.

– Não! Não venha com isso. – ele respondeu chateado, algo dentro dele se ativou com a resposta dela.

– É verdade Sebastian, nós não daríamos certo. Você tinha a sua vida em Munique e eu não tinha espaço nessa vida.

– Não diga isso. Minha vida era você! E você sabe disso! Não minta. – Sebastian implorou, no presente momento ele estava chateado em como Nina tentava enrolá-lo, ela não podia colocar a culpa na profissão dele, mesmo depois de anos, ele não aceitaria isso.

– Eu não podia fazer parte daquela vida, Sebastian! Eu tinha minha vida aqui!

– Então porque você não disse?! Eu largaria tudo por você! Eu largava a minha vida em Munique se fosse preciso!

– Eu não podia fazer isso, Sebastian. – ela fungou e então ele percebeu que ela chorava – Você era tão talentoso! Você seria o melhor do mundo e eu sabia disso.... Eu senti que estava atrapalhando isso.... Eu acreditei que estava impedindo que você fosse o melhor...

– Você não estava fazendo isso.... Você estava me incentivando! Você sempre me incentivou!

– Me desculpe! – ela disse entre soluços o choro ficou mais forte e Sebastian sentiu uma vontade incontrolável de abraça-la.

Ele foi até ela, sentou ao seu lado e a puxou para um abraço.

– Me desculpe! Eu achei que estivesse fazendo o melhor para nós dois... Mas então a vida seguiu e estávamos cada vez mais afastados um do outro.

Ele não disse nada, apenas a abraçou com mais força. O goleiro deixou que ela chorasse aninhada em seus braços, ele sabia que ela precisava disso.

Aos poucos os soluços foram parando, junto deles o choro foi se acalmando, até que parasse por completo. Após, ela saiu dos braços de Sebastian e o encarou.

– Me desculpe.... – ela pediu - Por favor.

– Eu sempre vou te desculpar. – ele deu um breve sorriso, o que acalentou o coração de Nina que em resposta abraçou o loiro com força.

É claro que meses antes Sebastian jamais imaginaria que estivesse me tal posição: acalentando Nina. Ele também não podia imaginar que seria tão fácil perdoá-la. Na verdade, talvez ele já tivesse a perdoado há muito tempo. Não existia mais mágoa, ele a amava tanto que em seu coração não tinha espaço para odiá-la.

Ele achou que pudesse esquecê-la, que pudesse viver sem ela, que não a amava, que tudo que sentia era ódio, mas.... Não era verdade. Ele não podia viver sem Nina, os últimos dez anos tinham sido muito difíceis, a prova viva que ele precisava dela, sempre precisou.

Eles ficaram naquela posição por um tempo, era confortável, Sebastian podia sentir o calor que emanava do corpo de Nina, enquanto ela recebia um leve carinho na cabeça.

Sebastian não se mexeu, tudo para não causar nenhum desconforto na morena, ele se surpreendeu quando depois de algum tempo ela saiu daquela posição. A morena o encarou com aqueles olhos azuis que ele tanto adorava e tudo que o loiro conseguia sentir era uma enorme vontade de beijá-la.

Mas ele se segurou. Controlou sua vontade de puxá-la para perto e beijá-la do jeito que ela gostava. Porém, parecia que eles estavam conectados, tendo em vista que Nina tornou a se aproximar dele e, pouco a pouco, eles trocaram um beijo.

O beijo era calmo, sem pressa. De início, um leve roçar de lábios, em seguida o goleiro depositou uma das mãos na nuca de Nina a fim de puxá-la para mais perto.

Eles se aproximavam cada vez mais, até não terem mais espaço entre eles. Suavemente, Sebastian deitou Nina na cama e por estar por cima, ele pôde ter uma visão melhor da vista a frente dele.

Ele jamais se cansaria de olhar para Nina, tinha certeza disso. Ela era linda, em toda sua essência, ele amava cada parte de seu corpo, mesmo aquelas que ela insistia em dizer que eram defeitos. Mas ele adorava ainda mais a personalidade dela, era uma pessoa maravilhosa, talentosa e dedicada em tudo que fazia e possuidora de um enorme coração.

Ele tornou a beijá-la com mais afinco, após passou a depositar beijos pelo pescoço da morena, logo percebendo como ela ainda se arrepiava quando ele fazia isso. O loiro desceu os beijos até o colo dela, momento este que ouviu um suspiro sair de Nina.

O goleiro sentiu os dedos da morena puxarem os seus cabelos a medida que ele ia descendo os beijos, quando ele chegou ao destino desejado ouviu um leve gemido.

Ele não teve pressa em beijar e tocar a coxa e a intimidade de Nina, o que fez a morena se estremecer a segurar com mais força o cabelo dele. Ele tinha todo o tempo do mundo, afinal, foram anos sem ter um momento como aquele com Nina, é claro que ele aproveitaria cada segundo.

Naquele momento nada mais existia além dos dois. Há alguns minutos eles já tinham esquecido qualquer preocupação que tivessem, todos os problemas, noivo e esposa tinham ficado fora daquele quarto.

– Sebastian, por favor.... – ela pediu a medida que não aguentava mais os toques do loiro, ela queria mais, queria beijá-lo, tirar a roupa que vestia e terminar de vez a distância entre eles.

Ele sorriu com o chamado, mas continuou fazendo o que fazia, faltava apenas uma coisa que ele sabia que Nina adorava. Ele tirou a calcinha de Nina, a intimidade dela estava muito úmida e os dedos dele a penetraram com uma facilidade incrível. Ela arfou e em seguida se agarrou ao lençol ele sabia exatamente do que ela gostava.

– Por favor. Por favor. Venha aqui. – ela implorou novamente, mesmo que ela estivesse amando o que Sebastian fazia, ela precisava de mais.

O loiro resolveu atender os pedidos da amada e novamente estava perto dela, beijando os seus lábios do jeito que ela queria. A morena estava ansiosa e rapidamente tirou a camisa de botões que ele usava, talvez Sebastian tivesse perdido alguns botões com tal ação. Após desafivelar o cinto, ela pediu que ele a ajudasse a tirar as calças e assim o fez.

Agora que ele estava quase despido, o goleiro lentamente tirou a camisola de Nina, revelando por inteiro o seu corpo. Por fim, Nina o ajudou a tirar a cueca, acabando de vez com todas as barreiras existentes.

Eles se amaram. Sem pressa, com a esperança que assim conseguissem suprir toda a saudade que sentiam um do outro.

Os gemidos dos dois preencheram o quarto enquanto eles se amavam sem pudor.

Mesmo após terem acabado, eles se amaram novamente e novamente, até que estivessem cansados o suficiente para adormecerem abraçados em meio a juras de amor.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 16, 2017 ⏰

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