CAPÍTULO 32

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MARIANA CASTRO MANZITTI

Faz alguns dias desde o incidente do shopping, agora posso dizer que estamos bem. Está certo que aquela conversa que deveríamos ter, ficou em segundo plano, mas eu sei, e ele também sabe que passamos dos limites, ele por se descontrolar por causa dos seu ciúme, e por consequência disso perdi a minha paciência mentindo e provocando ainda mais a sua raiva.

Hoje, sexta-feira, morria de saudades de Felipe, e graças a Deus ele estaria comigo em três dias.
Sentei-me na cadeira que Théo puxou para mim para tomarmos o nosso café da manhã e comentei.

- Acho que nunca mais quero Felipe por tanto tempo longe de mim como ele ficou - falei para Théo, e isso me faz lembrar de um assunto importante - Teve algum resultado, a respeito de uma nova babá?

Théo também me observou por alguns segundos com os olhos semicerrados. E diz.

- Não.

- Não?

- Isso que você ouviu, não! - Simplesmente respondeu isso, sem explicar mais nada.

E como todos os dias no café da manhã, pegou um croissant, passou um pouco de manteiga e colocou no meu prato a minha frente, em seguida colocando chá em minha xícara. Théo havia adquirido esse abito desde a minha gravidez de Felipe, me sentia mimada com esse gesto.

Feito isso, tocou com as pontas dos dedos no meu queixo e encostou levemente seus lábios nos meus.

- Come meu amor, ou chegara muito atrasada na sua faculdade.

Sinto que Theo disse faculdade quase com desdém, foi imperceptível, mas estava lá. Então uma ideia vem na minha cabeça

- Você não está à procura de nenhuma, não é mesmo?

- Não confio em ninguém, para cuidar do meu filho - e novamente me encara muito intenso antes de completar - A não ser a própria mãe dele - Diz confirmando as minhas suspeitas.

- Você joga sujo demais, Théo, quando vai se conformar com a minha faculdade?

- Nunca.

- Azar o seu então. Se você não quer contratar outra babá, tudo bem, eu concordo, de certa forma também tenho receio de uma pessoa estranha com ele. Meus pais poderão ficar com Felipe nos meus horários da faculdade.

Théo, me dá um sorrisinho de lado, achando graça não sei dê que.

- Come e beba o teu chá Pequena, ou vão acabar esfriando.

Pego a minha xícara e levo na boca sem deixar de estuda-lo e pensar, se esse homem está aprontando algo.

***

Cheguei na faculdade atrasada, a real é que todos os dias chegava atrasada. Pedi licença para o professor e rapidamente tomei o meu lugar ao lado do Henrique.

- Olá! - cumprimentei-o.

- Olá, Mariana.

Desviei dele e me virei para trás.

- Oi para as duas - falei para Michele e Luciana.

- Oi Mari, hoje está bem atrasada - disse só com os movimentos dos lábios - Revirei os olhos para ela e sorrio.

- Novidade - resmunguei.

Luciana, que também estava com as orelhas conectadas com a nossa conversa, sorriu maliciosa inclinado o corpo para a frente.

- Mas entendemos a sua posição Mari, com um marido gostoso daqueles dentro de casa, seria difícil para qualquer uma sair de casa sem atrasos.

- Luciana! - Exclamei vermelha, até porque não falou muito baixo, e alguns dos alunos começam a rir.

OBSESSÃO  DO  AMOROnde as histórias ganham vida. Descobre agora