Old School Love (Spideypool).

Capítulo Nove- Uma lição e uma nova paixão.

  —  Jante com a gente, Wade.

Tony estava na porta, vendo o filho e o melhor amigo dele compartilharem uma revista em quadrinhos. Era muito íntimo o jeito que estavam: Peter encostado no ombro de Wade, que uma das mãos estavam na cintura do filho. 

 —  Sr. Stark, não sei se devo.

Tony sorriu.

  —  Você é sempre bem vindo. Venha, Jarvis está nos esperando.

Tony deu uma piscada e Peter deu um sorriso. Quando a porta encostou novamente, Wade beijou os lábios de Peter com sanidade.

 —  Wade, a gente deve parar.

  —  Hmm, você é tão viciante, baby boy. 

 —  Eu sei. Mas vamos. Venha.

Eles desceram as escadas, dando gargalhadas sobre um comentário de Wade. Pareciam melhores amigos, de anos. E não de semanas.

  Harry estava apagando um cigarro no cinzeiro, quando viu o contato íntimo de Wade nas costas de Peter. O que aquele marginalzinho de esquina estava fazendo com o Peter?

 Steve serviu a mesa, beijando o rosto do filho e se sentando.

  —  Bem, não vamos ficar esperando,  já vamos atacar a comida!

Harry revirou o whisky no copo, quando a sobremesa estava sendo servida. E encarava os olhos de Wade, com raiva. O badboy era amigável e já tinha tirado risadas de Tony, e algumas de Steve, que não era confiante no garoto. Até Jarvis o mimava mais do que ele.

O que ele tinha de especial?

A taça com sorvete italiano foi deixada no seu prato e ele sorriu, tentando entrar na conversa.

 —  Então, Wade...

Wade deixou a colher a meio caminho da boca e o encarou. Peter tremeu na cadeira.

  —  Sim?

 —  O que você faz para viver?

 —  Bem, eu como frutas, corro e claro, durmo oito horas por dia. Para viver, precisa estar bem.

Jarvis segurou uma risada e pediu desculpas. Já Tony, não conseguiu ter esse mérito, dando uma gargalhada.

Harry limitou-se a rir. Wade então resolveu falar sério.

  —  Eu trabalho em uma oficina no cais, junto com o meu velho. Cuidamos de carros e motos, e algumas vezes, motores de barcos pequenos. 

 —  Ah, claro. Um pequeno negócio. Com seu pai.

  —  Ele não é meu pai. Ele é só o meu tutor. Um cara que me achou na rua e me criou como dele.

Steve ficou tocado.

  —  Um órfão... 

 —  É, a vida não é muito justa. Mas Logan me criou bem. E o velho, ele é o cara.

  —  Uma família de dois. Que interessante.

 —  Do que debocha, Harry? Só tens você e seu pai —  Peter ergueu o queixo. Harry arqueou a sobrancelha.

 —   Não esqueça das babás lindas e das governantas, Petey. 

Peter revirou os olhos tão fortemente que ele pensou que fosse sair de sua cabeça. Wade, por debaixo da mesa, amaciou a coxa de Peter, sorrindo nervosamente.

  —  Logan me acolheu. E para mim, Harry, o conceito de família vai além do que o de sangue. 

Stark interveio.