Old School Love (Spideypool).

Capítulo Seis - Devolução, tentação e visita.

No domingo pela manhã, Peter tinha sono demais para um corpo. Passou o sábado acordado, no laboratório, evitando as perguntas sobre o chupão e o choro noturno. Steve o encheu de beijos e carinhos paternais, acalmando o coração ferido de Peter.

Mas naquela manhã, ele estava muito cansado. Seu corpo doía e ele queria tomar um copo grande de milkshake de morango.

Olhou no relógio e viu que daria uma da tarde e que sua manhã se transformara em tarde. Duas batidas na porta o despertaram literalmente.

— Entra.

A porta abriu. E Peter suspirou.

Wade estava na porta. Usava um moletom com capuz, calça moletom e tênis. Totalmente fora do padrão de Badboy.

E segurava um buquê de flores, um balão escrito "Parabéns, você é um menino" e um lanche do McDonald's.

Vendo o estado de Peter, apenas riu.

— Eu posso ver o bebê?

Peter estava querendo cavar um buraco e se enterrar nele. Que vergonha!

Pulou da cama, e pegou a calça de pijama.

— Entre, feche a porta eu... Eu... Vou escovar os dentes.

Correndo para o banheiro, ele ficou lá.

Wade era um idiota. Havia bebido demais, e com ciúmes de Peter, o levou para um armário de vassouras e o marcou feito um animal selvagem. E nem o beijou. Deveria ter beijado.

Comprou flores, margaridas. E passou no McDonald's com pouca grana, mas deu pra comprar um cheeseburguer, fritas e milkshake de morango. E claro, um balão.

Chegar com tudo aquilo e ainda encarar o pai gigante Rogers e o sarcástico Stark não foi tão fácil quanto ele imaginou. Mas conseguiu e foi ver o Peter.

Peter era muito fofo quando acordava, principalmente, quando vermelho.

Por mais que Wade não era organizado, ele esticou a cama de Peter, e recolheu as roupas no chão, jogando no cesto. Organizou até os livros da mesa e viu que tinha uma foto antiga dele, ainda criança com uma garota loira, outra ruiva. Na descrição da foto, uma data e uma frase:

"16/02: Sentiremos saudades de nosso pequeno Parker, agora Rogers-Stark".

Deixou a foto na mesa, vendo que havia muitos cálculos em folhas e anotações. Foi nesse momento que Peter saiu do banheiro, limpando a boca.

—Hey.

Wade sorriu.

— Lhe trouxe almoço.

Ele sorriu.

— Não precisava.

— Agi feito um babaca na sexta. Foi mal. Não deveria ter feito isso, não tinha o direito.

O balão estava amarrado na cabeceira da cama de Peter, que sorriu ao ver a frase.

—Está tudo bem, Wade.

A marca era bem visível. Um roxo com tons diferentes de vermelho, como uma dominação de Wade.

—Bem, eu posso ir embora se você quiser.

— Você pode continuar se quiser. Digo, ficar aqui.

Ele sorriu.

— Seus pais não vão...

— Só o meu pai Steve. Ele é preocupado. Tão preocupado, que eu estou vendo seus pés debaixo da porta, pai.

Houve um resmungo do outro lado da porta.