2 - Você Irá Morrer

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Renato Oliveira, 46 anos, produtor rural e latifundiário mineiro, um quitute irresistível se estivesse em uma bandeja, não tem lá uma excelente aparência, mas seu charme faz cobrir sua falta de perfeição estética.
Logo notei quando o vi adentrar o recinto da festa, a elegância de seu fraque negro e impecável, o queixo erguido demonstrando superioridade e o porte de touro domador, fazia com que todas as damas babassem e eu o cobiçassem tanto pela altivez,  quanto pelo talão de cheques. O que elas não sabem é que ele será todinho meu, em prol de minhas únicas e exclusivas diversões. Não sobrará nada para ninguém.

Em determinado momento,  após a conversa entendiante com Salton em meu terceiro copo de Gin, decido ir ao seu encontro, Renato, estava acomodado em um largo sofá, situado num canto reservado de onde  analisava todas as nulheres.

— Boa Noite Senhor?... — Digo o supereendendo como uma Carola.

— Renato Oliveira ou R.O como senhorita bem sabe, dona Meredith Borges. — Ele sorriu como o pecado — Uma ótima noite, não? — Os olhos profundos me varriam da cabeça aos pés.

— Oh! Sim. — Fico muda diante sua perspicácia.

— A cada dia mais linda e deslumbrante. — confesso que seu repentino galanteio me afetou. — Quer se sentar ao meu lado? — Estendeu suas mãos grandes em minha direção.

— Adoraria — pisquei-lhe um olho e sorrindo me acomodei no confortável e elegante móvel.

— Qual santo devo agradecer este milagre? — Pergunta me deixando extremamente confusa

— Que Milagre? — Me curvo curiosa.

— O da senhorita pela primeira vez notar minha presença. — Por Lilith, minha gargalhada ressonou um tanto alta com sua confissão.

— Agradeça a Santa Meredith dos olhos obscuros. — O olhei com intensidade.

— E porque olhos obscuros? — apesar de sentir estranheza, Renato sorriu.

— Eu puxei ao meu pai, Oliveira, pareço observadora mas me distráido a maior parte do tempo, não consigo prestar atenção em todos que pertencem ao nosso meio social — Mentira, a verdade é que eu conseguia me dedicar a um alvo de cada vez.

— Ainda hoje acenderei uma vela para esta santa. — Ele suspira alto e diz uma tanto emocionado —Finalmente fui notado! — Ele concluí, sem saber que está dizendo tamanha verdade. — Mais um pouco de Gin? — Oferece.

— Não, nesse momento gostaria de saborear de seu Uísque importado. — não peço lincenca para tomar o copo de sua mão e deixar o liquido tocar minha língua. — Posso? — sorrio com ironia.

— Mulheres Decididas!— ele faz um gesto solicitando outra dose ao garçon. — Eu as adoro.

— Ainda bem senhor fazendeiro, ainda bem!

                          *****

Perto da meia noite eu e Renato estávamos mais próximos, com suavidade, suas mãos tocavam minhas costas, recebia leves carícias da bochecha descendo para o pescoço, eu já o havia fisgado. Senti que estava na hora de irmos, quando uma de suas mãos se prenderam em minha coxa, contei até cinco para receber com oralidade o convite

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— Vamos para um lugar mais reservado? — Homens, é surpreendente como a criatividade de vocês precisa ser tão limitada a esse ponto

— E para qual lugar sugere me levar, senhor fazendeiro?. Não tem medo de mim e de minha fama? — O pergunto esperando uma resposta óbvia.

— Jamais senhorita, jamais acreditaria em pessoas tolas e claramente invejosas...Um hotel talvez... — Seu nariz tocava minha mandíbula.

— Ah senhor fazendeiro...— acariciei-lhe o cabelo — Sinto em dizer que não sou "TUAS BRANCAS" — Renato me olhou de maneira enigmática. — No mínimo acho que mereço uma estadia em sua casa na serra, sei que existe uma.

— Você é realmente surpreendente Meredith. — Concluiu com um largo sorriso no rosto. — De minha companhia você jamais esquecerá.

                            ***

Assim que pisanos na manção graúda, Renato se prontificou em arrancar suas roupas, estarei mentindo se disser que não arrepiei em ve-lo nu, ele realmente se esforçava para manter a forma.

— Quanta fome... — Disse o provocando

— Dith, eu a cobiço desde que a vi se tornar mulher... Desde sua festa de quinze anos — Urgh, partes podres aparecendo...

Pedófilo.

Minhas unhas grandes arranhavam a madeira de lei quando o notifiquei:

— Sabe que esse seu desejo precoce que teve por mim naquela época é crime não sabe Oliveira? E sabe que hoje trabalho com a área criminal não sabe Oliveira? — Seus olhos saltaram em alerta.

— Dith, Eu nunca avancei... Fique tranquila está bem?... Jamais teria coragem de lhe fazer algum mal, nem naquela época e muito menos nos dias atuais, aqui é conssentimento e isso só foi uma confissão de um homem desejoso — Esse é o velho tom de explicação de um culpado.

— Vamos esquecer isso! — digo e nesse momento eu o sentir relaxar completamente,  voltemos a zona de conforto — Venha — me viro de costas, colocando meu cabelo para o lado — Preciso de ajuda para abrir o zíper de meu vestido.

                           ****

— Que delícia!!! — Ele profere quando atinge o orgasmo e relaxa seu corpo que está sobre o meu, logo em seguida Oliveira se afasta, retira a camisinha e adentra ao toalet.

— Está chegando a hora — Sussurro para mim mesma, e recolocando meu vestido, decido esplorar a casa, não gosto de roupões, eles deixam rastros.

Após algumas horas R.O aparece na sala notando minha minunciosa inspeção, conversamos amenidades e depois de algumas perguntas ele propõe a nossa volta para quarto. Tremo em satisfação, é hora de fechar com chave de ouro minha noite.

Partimos para o segundo e ultimo Roaud e desta vez estou no comando, Sou a rainha do espetáculo.

                       *******

Minha bolsa menor está no criado mudo ao lado da cama, enquanto cavalgo sobre Renato, os meus olhos brilham por ela, O homem está enlouquecido de tanto prazer, os palavrões, a expressão, o suor e sua respiração me provam isso, dou mais um pouco a ele, estou satisfazendo sua tara, transar com uma mulher no comando que esteja de vestido e saltos. Sim eu o investiguei antes de parar nessa cama, essa é minha maneira de proceder.

R.O acelera a respiração e eu sei que chegou o momento, pego minha carteira, nela o brinquedinho e quando ele rosna atingindo o mais severo dos orgasmos... Fisgo seu pescoço aplicando meu liquido especial e letal.

Foi Consumado.

O empresário arregala os olhos ao notar que a lenda sobre mim, não era tão lenda assim... O liquido, agora em sua circulação fora paralisando cada parte de seu corpo.

— Me...Me...Mere...dith. O que... O que.. Está... acon...teceu? O... Que... Vo você... Você...fez...Deus!

Não clame por Deus, ele não irá lhe ouvir.

— Soc...Socorro!!

— Te vejo no inferno, garanhão.

Gargalho gostosamente de seu desespero antes de concluir silibando cruelmente em seu ouvido...

VOCÊ IRÁ MORRER.

PURO VENENOWhere stories live. Discover now