Meu infinito, ou nosso?

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Aqui estava eu pronta para ir para casa depois de um dia realmente cansativo, mas o pior não era todo o cansaço que estava sentindo mas sim o fato de que o motivo de todo esse cansaço não era meu físico ou o dia de trabalho, mas sim o cansaço do meu coração. Ele estava exausto de procurar respostas ou refúgio, e isso acabava transparecendo totalmente ao meu corpo. Shay já havia percebido porém desistiu de insistir para que eu me abrisse para ela, já que eu provavelmente me encolheria de toda essa situação. Não por falta de confiança nela mas por nem eu mesma estar sabendo o que estava a acontecer comigo.
Noites sem dormir, pesadelos, crises que eu mesma jamais imaginaria que passaria.
Meu pai faz absolutamente tudo para ver aquele sorriso sapeca em meu rosto novamente, porém quando minha mãe faleceu uma parte do meu coração partiu com ela, uma parte que eu jamais irei reconstruir novamente.
Já passava das oito da noite e eu estava aqui, encostada no ponto esperando o meu ônibus, com pensamentos a mil, pensamentos que uma hora ou outra iriam chegar ao ponto de consumir toda minha alma, mas será que ainda existia alguma alma aqui?!
Finalmente entro no ônibus a caminho da minha casa, ou mais especificamente, da minha insônia que já era a minha amante a muitas noites.
Pensamentos vindo, pensamentos indo. Encosto minha cabeça na janela do ônibus observando a imensidão de estrelas que por mais incrível que pareça são tão diferentes umas das outras. Tão originais.
Levo um susto após ver uma silhueta não estranha deitada em um gramado no início de uma pequena floresta que jamais havia visto, observando, assim como eu, o infinito estrelar.
Provavelmente o que farei a seguir será uma loucura mas precisava saber quem era aquela pessoa que não me era estranha.
Sem pensar duas vezes pus a puxar a corda sinaleira do ônibus para assim anunciar que iria descer. Essa provavelmente era a coisa mais tola a se fazer mas eu precisava. No fundo algo me dizia para cometer essa loucura.
Desço do ônibus e com delicadeza nos meus pés me pus a caminhar até a silhueta não estranha. Não podia acreditar no que estava vendo. Era o garoto azul de mais cedo. Ele mantinha uma calmaria em seu rosto como se a grama onde ele estava deitado fosse seu lar, ser abrigo interior.
A cada passo próximo que eu dava meu subconsciente cada vez gritava mais alto negativamente, mas eu precisava saber minhas respostas por mais louco, idiota e inocente que isso poderia ser.

"Pensei que demoraria mais Kathy." Disse sorrindo e calmo.

Meus olhos se arregalaram, como ele sabia meu apelido e por que diabos eu estava tão calma com toda a situação.

"Como e por que sabe meu nome?" Perguntei.

""Como" e "por que" ás vezes não veem com respostas concretas, Kathy. Você apenas vive eles intensamente mesmo que tragam consigo o medo e o perigo." Respondeu sorrindo.

Eu não tinha palavras em minha boca e o mais assustador de tudo é que eu não tinha medo.
Deitei ao seu lado afim de me aconchegar mais a tudo isso que estava sentindo, que era tão bom e sereno. Era como se não precisassem palavras ali. Só o fato dele estar ali já fosse suficiente. E com isso horas e horas se passaram e ali só se ouvia o baixinho das nossas respirações.

"Kathy, sei que se sentiu bem e não me perguntou em momento algum como ou por que, apenas sentiu. Sentimentos assim são bons para se desfrutarem" sorriu. "Agora só siga seu coração que ele indicará o caminho a seguir." Com essas últimas palavras e um sorriso encantador ele se misturou ao meio das várias arvores ali presentes.

Não me perguntei o porquê. Eu só senti algo quente ao meu peito, algo que a muito tempo não sentia. Algo que provavelmente se tornaria meu maior vicio.
Sai do meu transe após meu celular tocar indicando uma ligação do meu pai:

"Katherine aonde você está? Estou preocupado! Já passa das 10 da noite!" E quando iria responder sua pergunta, que na verdade era algo sem resposta, já que não sabia absolutamente nada do local aonde estava, me virei e respondi perplexa:

"Bem na frente de casa."

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E ai, Gostaram do segundo capitulo? Então não deixem de acompanhar um pontinho dessa historia.

Galera lembrando que esse é meu primeiro "trabalho" então se sintam a vontade para exporem suas opiniões e criticas construtivas. :)+

Logo mais o terceiro capitulo estará disponível para todos lerem e se aventurarem na história junto com Katherine.

Beijos, Viviane.

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Tão Azul Quanto o Céu, Tão Colorido Quanto o PôrWhere stories live. Discover now