Consequence

Third Chapter.

"Thinking all love ever does is break and burn and end."

Point of view – Blair Hutton.

Jaxon rodopiava por todo o quarto tentando cantar e acompanhar uma musica do bob esponja, logo pegando todo seu cesto que eu havia acabado de colocar todos os brinquedos e derramando o mesmo por todo chão fazendo aquele barulho estrondante, bufei encarando aquela cena com as mãos na cintura vendo todo meu trabalho de juntar seus brinquedos indo por água a baixo. Já estávamos instalados em um quarto daquela enorme casa que Justin tinha. O cômodo era bem bonito, por sinal. A parede era em um tom pastel dando uma sensação fresca ao lugar, a sacada dava para frente de um belo jardim... Era lindo.

Estava tirando nossas roupas das malas e colocando todas no devido lugar, já que eu detestava bagunças. Bieber havia pedido para os seguranças irem a minha antiga casa e pegarem todas as roupas, brinquedos e tudo que encontrassem que eu fosse precisar para passar os dias lá. Bom, era o que ele havia dito, já que havia me certificado que ficaríamos ali até ele conseguir resolver toda a situação. Apoiei meu corpo em apenas uma perna pensando em como minha vida tinha mudado nesses poucos meses, ela realmente havia mudado bastante. Eu estava ali mais uma vez, juntando toda a minha força e equilíbrio para não parecer que estava querendo sumir dali todo momento. Pois é, a vida nos surpreende e nem todas às vezes é algo maravilhoso.

Jaxon mais uma vez chamou minha atenção tentando acompanhar a musiquinha que tocava no desenho, ele fazia barulhos com a boca tentando assobiar e cantar ao mesmo tempo, o que era bem engraçado, já que ele não conseguia nenhum dos dois. Sentia-me a mão mais feliz do mundo, era tão gratificante ver o meu bebê tão grande e forte, Jax tinha o habito de dizer o quanto me amava e o quanto eu era a melhor mãe do mundo o tempo todo, e logo, amava isso. Varias vezes ele me pegava desprevenida perguntando sobre seu pai, ou o porquê de várias crianças terem seus pais presentes e ele não... Às vezes sentia que ele ficava entristecido por não sabe a verdade. Sentia-me bastante culpada e injusta por todo rumo que nossas vidas foram obrigadas a tomar, eu estava negando a identidade ao meu filho, isso era como um tapa no rosto todos os dias.

Bom, pelo menos eu tinha Carly para me ajudar, ela era como a minha irmã, alias, ela era a minha irmã. Nós éramos melhores amigas desde que me entendia por gente, ela me acolheu muito, logo depois do acidente dos meus pais, onde eu havia perdido os dois e ficado sem rumo. Carly e Jaxon eram como a minha força. A minha ancora. Nós duas tínhamos uma loja de roupas que era bem conceituado aqui, em Los Angeles. Havia juntado a herança dos meus pais e ela o dinheiro que seus pais lhe davam sempre. No mesmo ano que abrimos a loja eu fiquei grávida de Jaxon, nós vivíamos muito bem durante todo esse tempo, até que, começaram ligações de ameaças, perseguição de carros, até que um homem tentou levar Jaxon quando ele estava na creche, alegando que era o meu tio e eu estava bastante ocupada no trabalho, por sorte, a diretoria não permitia que outras pessoas tirassem a criança da escola a não ser os pais. Logo fiz uma denuncia a policia, mas eles nunca achavam quem era aquele homem... Bando de incompetentes! Mas as coisas não pararam por ai, eu recebia cartas, com fotos minha e de Jaxon, com ameaças digitadas pelo computador, sem deixar nenhum resquício e nenhuma pista.

– Mamãe – Era a voz de Jax me despertando dos devaneios – Seu telefone está tocando. – Cantarolou no mesmo ritmo da musica em seu desenho favorito.

– Olá, querida – A voz de Carly soou do outro lado fazendo-me rir pelo nariz – Você não me ligou para dizer o que havia acontecido, achei que o todo poderoso havia mandado te matar!

– Por Deus, Carly – Coloquei a mão no coração suspirando fundo... Não que aquilo fosse impossível.

– Ok, eu dei uma exageradinha. – Suspirou. – Mas então, como foi o grande encontro? – Finalizou risonha.