Espero ele falar.

"Primeira." Seu tom de voz muda, para ofendido. "Eu não vou dormir no tapete." Diz todo dramático dando ênfase no 'não'.

"E segunda...?" Inventivo ele a falar.

"Eu não comi nenhuma garota hoje..." Sua voz fica mais rouca.

"E eu nem quero..."

Sorrio involuntariamente e me xingo mentalmente por isso.

"Legal." É apenas o que eu digo antes de desligar a chamada.

Acordei assustada quando ouvi batidas na janela do meu quarto. Mandei uma mensagem para o Chris o avisando por entrar por aí.

Levanto da cama ainda ouvindo as batidas e esfrego meus olhos.

Fico na ponta dos pés e consigo abrir a janela.

Chtistoffer logo se encolhe todo para passar pelo pequeno espaço, e quando chega no chão sorri para mim que tenho meus braços cruzados.

Abaixo meus olhos pelo seu corpo e percebo que ele está vestindo um smoking.

Acho que Chris finalmente se rendeu para o mundo da prostituição. Sem contar que ele está lindo para caralho.

Apenas viro de costas e começo a andar na direção da minha tão amada cama.

Me aconchego novamente embaixo das cobertas e olho para o Chris que ainda está no mesmo lugar me olhando com uma sobrancelha arqueada.

Viro do outro lado e fecho os olhos. O ignorando totalmente.

Ouço passos vindo em minha direção e antes que ele possa chagar aqui. Grito.

"Apaga a luz."

E ele logo faz o que eu mando.

Sinto o outro lado da minha cama afundar e abro os olhos.

Chris está sentado de costas para mim desabotoando sua camisa.

"Pensei que tinha dito que você iria dormir no tapete." Provoco.

Ele vira o rosto para traz e me encara.

"E eu pensei que tinha dito que não ia."

Rio sem graça passando minhas mãos pelo rosto.

Mordo meu lábio e Chris começa a tirar sua calça. O encaro por entre os travesseiros.

"Admirando a vista?" Pergunta quando me flagra.

Arqueio uma sobrancelha e respondo.

"Nada que eu nunca tenha visto." Sorrio de lado.

Chris coloca a mão no peito como se estivesse sido atingido e ri.

Lindo do caralho.

"True" Se deita ao meu lado, entrando debaixo das cobertas e começa a me encarar.

Viro para o outro lado, querendo urgentemente acabar com o clima que estava começando a se formar.

Chris apenas e ri me vira de novo, contra minha vontade.

Sua mão para em minha cintura.

"O que foi?" Pergunto séria.

Ele sorri e me olha diferente de como ele costuma olhar.

"Você é linda." Diz simplesmente.

Olho imediatamente para o lençol tentando disfarçar o quanto meu rosto ficou vermelho.

Ele solta uma risada fofa e procura meu olhar. Um pouco relutante volto a encara-lo.

"Para com isso, Chris." Digo ainda envergonhada.

Ele nunca me elogiou desse jeito, não sem ter alguma tensão sexual ou se não para me provocar.

E eu realmente não sei lidar com isso.

Afundo meu rosto por entre os travesseiros.

"É sério, Eva." Diz calmamente.

Eu sorrio de lado, e sua mão que ainda está na minha cintura vem em direção ao meu rosto, tirando uma mecha de cabelo de cima do meu olho e a colocando atrás da minha orelha.

Sua mão para no meu pescoço e eu não sinto nenhuma vontade de tirá-la de lá.

O sorriso que eu antes tinha no rosto some devagar.

E o mesmo acontece com o do Chris.

Pelo que parece uma eternidade, mas que na verdade foram segundos. Ficamos só nos dois, um olhando no olho do outro. E sua mão um pouco gelada repousando em meu pescoço.

Quase que em câmera lenta, Chris começa a se aproximar de mim, sua mão puxa delicadamente o meu rosto de encontro com o seu.

Fecho meus olhos quando sinto sua respiração quente bater contra minha bochecha, e ele faz o mesmo.

Nossas bocas mais familiares do que eu jamais admitiria, se encontram novamente em um beijo calmo e delicado.

Nada em minha vida pareceu tão certo.

Dependency • Chris and EvaWhere stories live. Discover now