Senhora Lucca

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Otávio levou Crhis pra um restaurante e conversaram

— Eu não quero que você me trate como um de seus bens, como uma mercadoria. Eu quero que esse casamento por assim dizer, tenha prazo de validade. Quero que meus amigos frequentem minha casa.

— Eu já te disse que você e Laurinha podem se sentir bem

— Você não precisa fingir, Otávio. Não precisa me ludibriar. Não estou casando por amor. Não a você. Não precisa enxer meus olhos porque não é um casamento de interesse. Eu vou aceitar a sua... Proposta e serei sua mulher. Mas quando esse casamento chegar ao fim, eu vou querer esquecer essa parte da minha vida. Você não sabe o quanto estou sofrendo sem a minha filha... É uma dor que não tem tamanho. É em nome desse amor que eu sinto por ela, que eu vou me casar com você... Quando tudo acabar deixe minha filha e a mim em paz. É tudo o que eu peço.

— Eu disse que vou fazer o possível pra tornar agradável

— Você não precisa fingir... Não vamos brincar de família. Cada um vai cumprir o seu papel e por favor não chega perto da minha filha.

— Que tipo de pessoa acha que eu sou? Um pedófilo?

— Eu só quero paz um pouco... A minha filha. - secou as lágrimas - Eu só quero que ela volte pra mim. Se não eu vou morrer.

Otávio a olhou com certa compaixão, tocou a mão dela sob a mesa

— Você vai ter a sua filha, Chris. Hoje mesmo eu vou cuidar do nosso casamento e meu amigo advogado vem pra Capital pra cuidar da guarda da sua pequena... Com o casamento, ninguém, nenhum juiz vai ter porque tirar ela de você.

Christine balançou a cabeça e tirou a mão

— Quando acha que vamos nos casar? Tem como ser o mais rápido possível. Por favor - Disse ela.

— Em dois dias. Enquanto isso vamos falar com o juiz. - Disse ele.

O garçom trouxe o pedido e saiu

— Eu quero ir ver a minha filha.

— Eu não acho prudente

— Dane-se o que você acha. É a minha filha. Não se meta entre nós.

Otávio olhou em volta e a fitou

— Acho melhor que você mude sua maneira de falar. Principalmente comigo e em especial, em público. Não se esqueça que serei teu marido e estou ajudando você.

Ela virou a cara, Otávio continuou

— Você ir vendo sua filha, vai complicar 3 coisas - virou rosto dela - A primeira : sua filha, Laurinha vai ficar muito agitada. Vai ver a mamãe dela e vai querer ficar com você e você não pode ficar com ela no momento. Segundo : vai alertar aquela velha mal caráter. Ela vai ver que estamos juntos e com meu apoio você não estará desamparada. Sabe-se lá o que será que ela pode fazer. Sumir com a Laurinha.

— Isso nunca. Antes eu mato ela

— Terceira. Você vai sofrer muito mais. Sei que está com coração sangrando, que perder um filho ou ficar afastado é uma dor muito profunda. Parece que nada vai mudar o que sente... Tenta aguentar até quinta. Amanhã nos casamos e você vai poder ficar com a sua filha.

— Na quinta somente vou poder pegar ela? - o mirou - Por que não amanhã no casamento? ... Ah tá... Verdade... Tem que ser quinta porque você quer confirmar que eu irei ser sua esposa... E mulher... Quer esperar a noite de núpcias... Eu dou a minha palavra que você venceu.

AMORIALWhere stories live. Discover now