INTERESSES

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Montreal

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Montreal

Christine bateu ponto na fábrica Amorial, ela trabalha lá há pouco tempo, pouco mais de 4 meses. Trabalha no turno da tarde. Trabalha no setor de embalagens. Ela embala as amoras com cuidado e coloca no recipiente de conservação. Sai diariamente as 17 horas. Ela pegou a bolsa no guarda volume e soltou o cabelo. Sua amiga Cameron, sempre vai e volta com ela

— Como está a Laurinha?

— Febril. Angélica (babá) me mandou mensagem dizendo que a febre diminuiu. Eu ainda tenho que passar na farmácia pra comprar o remédio manipulado.

— E o aluguel?? - a olhou parando ambas na portaria - Já pagou?

— Não. Hoje pedi no rh um empréstimo, mas me negaram... Eu to devendo dois aluguéis.

— Você tá usando dinheiro com remédio e comida. O salário é baixo, e os remédios são caríssimos e eu nem posso ajudar. O imprestável do meu marido só quer beber e não ajuda mais

— O seu salário é contatinho. - disse Christine, parando com ela no ponto - Eu estou enrolada com os remédios, eu não sei o que fazer.

— E a Julieta? - perguntou Cameron - a avó da garota?

— Ela me fez uma proposta horrível : disse que pega a guarda da Laurinha porque tem mais condições de criar e eu posso ver todo dia. Pode isso? Quer tirar a minha filha de mim. Eu não posso pedir nada pra essa mulher. Depois que o filho morreu ela só quer me culpar.

Cameron abraçou a amiga, consolando.

...

Quando chegou em casa, Christine pegou a filha, a febre tinha aumentado, ela ficou preocupada e levou ao hospital, o médico a examinou e disse que era a virose, receitou remédios que não dão na rede pública e repouso. A filha de Christine tem 1 ano e meio, Cristine ficou viúva há pouco mais de 1 ano, seu marido morreu num acidente.

A mãe dele, Julieta, ¡nunca quis que ele ficasse com Christine pois a julgava interesseira. Não ajuda a criar a neta. Mas propôs que ficaria com ela caso Christine dê a guarda.

Eram pouco mais de 21 quando Christine saiu pro ponto de ônibus com a filha enrolada e aquecida. Ela esperava o ônibus, quando parou um carro bem aparentavel, abaixou o vidro

— Tá perdida?

Era Otávio Lucca, o homem que a assediou certa vez, seu patrão

— Vim trazer a minha filha pra consultar.

— Quer carona? Entra - destravou carro.

Christine quería pegar a carona, era prático e confortável pra ela, esitou

— O meus ônibus tá vindo - disse ela.

— Não sabia que tinha ônibus - brincou ele.

Otávio saiu do carro, estava de terno

AMORIALWhere stories live. Discover now