Capítulo 02

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Pov. Miguel

 Meu sangue estava fervendo desde que aquele lobo fedorendo quase me beijou. Mas eu até que fiquei meio decepcionado dele não ter conseguido. O quê? O que eu estou pensando? O cheiro de cachorro dele deve estar me fazendo passar mal. Quando cheguei em casa, estacionei o meu carro na garagem de casa, entrei em casa mas não vi ninguém, minha mãe e meu irmão ainda não tinham chegado da escola do meu irmão. Fui até a geladeira pegar um pouco de sangue para beber/comer, que pegávamos de algum hospital, e fui para a sala assistir um pouco de televisão, mas assim que liguei apareceu um casal se beijando e meu sangue começou a ferver novamente por pensar que poderia ser eu e aquele lobo fazendo aquilo. Mudei de canal rápido colocando em um de culinária, tudo bem que eu não como, mas gosto de ver as pessoas fazendo comida, algumas vezes até me aventurava em fazer alguma coisa.

 Eu me chamo Miguel Adams, tenho 17 anos, só porque sou um vampiro não quer dizer que tenho que ser velho, moro com meu pai Damien, minha mãe Hope e meu irmão mais novo Casper. Eu sou meio diferente da maioria dos vampiros, embora seja um vampiro puro sangue não sou tão forte quanto um, sem falar na minha aparência de como muitos dizem, afeminada, mas não quer dizer que sou fraco.

 Uns dez minutos depois minha mãe chegou com o Casper, meu irmão mais novo de sete anos.

- Como foi na escola nova filho? - Minha mãe perguntou assim que entrou em casa.

- Normal - Falei sem tirar os olhos da TV.

- Na minha foi super legal - Casper disse correndo até mim, diferente de mim, ele era bastante alegre e agitado. Ele começou a falar sobre todo o seu dia e eu só ficava ouvindo e concordando com ele.

 Quando ele decidiu ver os desenhos dele eu subi para o meu quarto. Não tinha muita coisa para fazer, não conhecia muitos lugares aqui então não tinha para onde sair. Acabei ficando só olhando para o teto até meu pai chegar e nós nos reunimos na mesa para jantar (tomar sangue). Meus pais começaram a falar de como foram seus dias e meu irmão se intrometeu falando do seu dia também, eu ficava calado só olhando eles falando e rindo quando alguma coisa era engraçado. Quando acabamos de comer, fomos para à sala ficar vendo TV, nos não dormíamos então tínhamos que fazer alguma coisa quando ficava de noite, meus pais aproveitavam para ficarem juntos e ter um tempo em família. Umas três horas depois eu fui para o meu quarto e quando olhei pela janela vi como a lua estava cheia e o céu cheio de estrelas, subi no telhado e fiquei observando o céu, enquanto olhava a lua me lembrei de lobisomens, o que acabou me lembrando do quase beijo, porque me lembrava tanto daquele quase beijo e porque fazia meu sangue ferver tanto. Fiquei divagando tanto que nem percebi o sol nascendo, acho que estavam... Como dizem... Sonhando acordado. Casper veio no meu quarto me chamar para tomar banho e ir para a escola. Desci do telhado e fui para o banheiro que tinha no meu quarto, fiz minha higiene pessoal e depois desci para cozinha pra tomar um pouco de sangue como café da manhã.

- Tchau mãe, tchau Casper - Dei tchau para eles enquanto saía de casa.

- Tchau filho! - Disse a minha mãe.

- Tchau mano - Disse o Casper com aquele animação dele.

 Fui para a garagem e saí com o carro em direção à escola. Meu sangue estava começando a ficar quente enquanto eu me aproximava da escola. Estacionei o carro e fui direto para à sala de aula, no caminho não senti o cheiro de cachorro daquele lobo fedorento e isto me fez ficar mais tranquilo. Entrei na sala e fui para o mesmo lugar que sentei no dia anterior. Peguei um livro para passar um pouco do tempo até o sinal bater mas sempre que alguém entrava eu olhava, mesmo eu não precisando disso graças ao meu olfato. Então cinco minutos depois ele entrou pela porta, seus cabelos estavam molhados e pequenas gotas caíam pelo seu pescoço, me fazendo engolir em seco. Assim que ele entrou o sinal bateu então ele veio se sentar e era do meu lado, o cheiro de cachorro molhado estava mais forte mas não estava me irritando tanto quando deveria, parecia que estava misturado com terra e casca de madeira. Tentei prestar atenção nos professores mas estava tão difícil me concentrar, meus olhos íam inconscientemente para à direção do lobo do meu lado e sempre ele também estava me olhando, o que fazia meu sangue esquentar. O sinal bateu me tirando do meu transe e olhei para os outros alunos vendo eles saindo da sala, o que queria dizer que já era o intervalo, como tinha se passando tanto tempo e eu nem tinha percebido??

 Alguns garotos vieram até mim me jogando cantadas baratas que fiz questão de ignorar, logo me levantei indo em direção ao banheiro. Como nas lendas e mitos, vampiros não aparecem em espelhos, nem mesmo os puros sangues podiam aparecer no espelho. Então só joguei água no rosto, mas de repente meu corpo foi empurrado para uma das cabines, eu senti um cheiro de cachorro, terra e madeira e meu corpo relaxou reconhecendo o cheiro que se tornou tão familiar em tão pouco tempo. Mas foi por pouco tempo, já que ele começou a atacar minha boca e nos primeiros momentos não sabia muito como agir, já que eu nunca tinha beijado alguém, mas acabei por pegar o ritmo e acabei acompanhando ele, de repente ele colocou a língua na minha boca e as mãos na minha cintura me puxando para cima, me fazendo enrolar minhas pernas na sua cintura enquanto nos beijávamos.

 Ficamos assim não sei por quanto tempo, já que não precisávamos de tanto ar como os humanos. Comecei a sentir o membro dele começar a endurecer enquanto apertava minha bunda, quando ele parou de me beijar começou a descer para o meu pescoço então o sinal bateu nos fazendo parar com tudo que estávamos perto de fazer. Ficamos nos olhando sem saber o que fazer, minhas pernas ainda estavam na cintura dele e a boca dele estava no meu pescoço, podia sentir sua respiração pesada e quente no meu pescoço sem falar no seu membro semiduro na minha bunda.

- O quê?? Quase, fizemos? - Ele sussurrou, só não sei se foi para mim ou para ele mesmo.

Amor Proibido (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora