Mrs. Hudson com os olhos aflitos
e o marrom nos vestidos
Pergunta se deve chamar um médico,
Tola, já conheço o diagnóstico
E a medicina não pode curá-lo,
Mesmo que tal seja julgado como doença
Nunca poderão prová-lo
É o amor que o empalidece
E julgados pela sociedade nos enfraquece
A lei pune com morte
Aquele que a desobedece
Mas se no fim há sempre amor,
Porque nosso fim será por amor?
Que nada é senão uma dor
Sempre tão cheia de cor
Mate-me e a história não acaba
Minha vida se finda,
Mas o desejo não termina
Se atiça, reprimido
Sugando meu ar
Para poder se avivar
Meu caro John,
Não morra meu amor
Lutaremos com clamor
Mas não me deixe com o sentimento
De que me apaixonei no calor
E agora com o inverno a espreita
Que tudo morreu entre nós
Assim como as árvores do parque
Que são nada mais que estúpidas
Por estarem lá em prol do homem
Que julga por poder
E que tem medo do que é novo resplandecer
Somos inválidos sentimentais
E eu , às vezes, frio demais
À frente de nosso tempo
Apenas por aceitarmos que nos amamos
Em desespero enquanto andamos
Sob tantos olhos
Que nos levam à forca
Com toda a sua força
Para manter o padrão
Que reforça a sofreguidão
Que a maioria vive
Com todo o seu esplendor
Reprimido pela autoridade da minoria
Que é grande, forte, "sorria,
Porque podia ser pior
Nós salvamos os proletas
Da total e completa miséria"
Mas nem mesmo a material
Porque seus pratos não tem nada
E suas mentes continuam vazias,
Já não cantam nem dançam
E muitos viraram poucos
E os rumos mudaram de gostos
Agora a recém formada minoria
Com a maioria das ideias
Clamam pelos ventos antigos
Que não eram tempestades,
Mas que traziam a esperança contigo
E quando nossos corpos sem vida
"Jaz aqui um criminoso"
Forem deitados na relva que nos acalenta,
Por hora apenas os pés,
Mas aos poucos nos tornamos mais mortos,
E a sensação nos percorre e avança
E talvez agora alcança
Uma parte de nossas ideias.
Meu violino ainda em repouso
Observa o pão sobre a mesa
Que é transpassado pela faca
Laciva,
Precisa;
E o seu revólver, agora em uso
Atira nas rosas
Que apenas permanecem caladas
assim como estamos agora
------
eu e meus poemas...