Capítulo 13 (Ellen)

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Não sabia que iríamos à exposição de limusine. O Nick não é adepto de motoristas, mas não tenho do que reclamar quando saímos no belo veículo branco. Muito menos quando ele aciona a divisória entre nós e o motorista e a fecha, nos mantendo em privacidade. Só posso dizer que me aproveito o máximo que posso do seu corpo gostoso, porque caramba, ele de smoking é uma delícia. Mas não posso me esbanjar, pois a viagem dura poucos minutos e quando chegamos ao salão do hotel onde tudo acontece e ele sai do carro, posso ouvir os gritos das mulheres ensandecidas lá fora, então me apresso em segui-lo pra mostrar a elas que esse homem já tem uma dona.

Um número absurdo de fotógrafos está à postos, direcionando suas câmeras para nós e quando ele envolve minha cintura com um dos braços, posso vê-los entrando em parafuso por conseguirem imagens de uma cena tão importante no momento atual da vida de Nicholas Hoffman. Alguns fazem perguntas sobre seu sumiço da cidade por um mês inteiro. Outros perguntam sobre seu recente rompimento com a Ada. Mas a maioria esmagadora pergunta sobre mim. Com um beijo demorado na minha boca, ele nos leva pra dentro, sorrindo e apertando as mãos dos que passam por nós em nossa entrada. Acho que foi uma boa resposta aos curiosos.

— Acho que os flashes me cegaram, Nick. — digo assim que pisamos no enorme salão de exposição.

— E acha que a mim não? — ele sorri pra mim — Não estou acostumado com tanta atenção.

Como não? Ele não é o queridinho da cidade?

— Seu mentiroso. — digo estreitando os olhos pra ele.

— Não estou mentindo. Tive minha época de reboliço, mas nunca foi nada assim.

— Não sei se foi uma boa ideia virmos juntos.

— Eu precisava vir, mas se você não viesse, eu não viria. Então é claro que tínhamos que vir juntos.

Olho ao redor e nesse momento, vejo pelo menos três pessoas virarem os rostos rapidamente de nós para algum lugar indefinido. Até posso imaginar o que estão pensando e não me agrada nada.

— Ellen, você é minha namorada. As pessoas precisam nos ver juntos.

Ele aperta minha mão e dá um beijo molhado, porém rápido na boca. Eu sorrio para tranquilizá-lo, mas sinto um frio na barriga. Seguimos para uma roda de pessoas – imagino serem diretores da HHE – e ele começa a me apresentar a todos, não apenas como sua acompanhante como devem achar, mas como sua namorada. Durante um bom tempo, nós conversamos e eu até me divirto com uma das esposas dos diretores – do diretor de marketing, eu acho – e suas histórias sobre fiascos em tapetes vermelhos.

Mas quando o Nick pede licença para cumprimentar alguns artistas que acabaram de chegar e leva consigo os homens, me deixando sozinha apenas com as mulheres, a coisa muda de figura. O ar de soberba de algumas delas é tão visível quanto seus diamantes enormes e o cheiro de desprezo é tão forte quanto o Bvlgari que elas usam.

— Desde quando você e o senhor Hoffman se conhecem? — uma delas pergunta.

— Há alguns meses. — respondo seca.

— E há quanto tempo estão juntos? — outra quer saber.

— Há alguns meses. — repito e só depois eu me toco sobre o motivo das perguntas.

Droga! Para todos os efeitos, o Nick e a Ada estiveram juntos desde fevereiro –- talvez até antes – mesmo que não fosse de conhecimento público, já que o noivado é recente. E pra piorar, ela está grávida, então é claro que todo mundo acha que é dele – embora eu ainda tenha minhas dúvidas. Talvez eu devesse ter dito que começamos a namorar agora, o que não seria mentira porque estávamos mesmo separados esse tempo todo. Acabei de me auto intitular amante e pivô da separação deles? Porra.

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