A garota do 737

17. dividido

E estava olhando pra mim.

Reparei também que nossas mãos estavam entrelaçadas.
Soltei um suspiro alto e larguei o celular sobre o peito, adormeci assim mesmo, pensando em nós outra vez.

Mais uma vez ..

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— me passa o mel..- Jeny pede.

— ann?- pisco aéreo.

— passa o mel!- ela repete.

Balancei a cabeça focando o prato a minha frente e continuei cutucando a panqueca sem fome.

— algum problema filho?- mamãe sonda.

— nada..- digo indiferente.

Não consegui parar de pensar na Kimy nem durante o banho, que pra variar tive que tomar após também sonhar com ela.

Eu só posso estar doente!

Como alguém que passou a vida inteira comigo, começa a se tornar interessante do nada? E porque?

Essa e mais dúvidas rodavam minha cabeça, durante o café, o caminho até a escola e também durante toda a primeira aula em que ela não estava.
Olhei para os lados a procura dela pela classe umas seis vezes, mas nada dela aparecer.
Kimy sumiu o primeiro período inteiro, e eu só conseguia pensar em onde ela se meteu.

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Kimy.

Fui dormir tarde depois da série de mensagens com o Jake.

Mas oque foi que deu nele?

Esta mais ousado e safado que nunca!
E mais interessado em mim do que qualquer outro, gostei de saber.
Também gostei das fotos dele, mas não tive coragem de mandar algo a altura.
Se eu o fizesse, me arrependeria pra sempre.
Afinal de contas nós ainda somos só amigos..

Mas confesso que a proposta dele me pareceu bem tentadora.

Como resultado da nossa noite de mensagens travessas, dormi tarde e pensando nele.
Acordei atrasada e saí de casa correndo para ter tempo de chegar antes do sinal para a segunda aula.

— ai meu Deus, não acredito que dormi demais!- digo socando uma panqueca inteira na boca.

— também, ficou ate tarde ontem no celular..aposto que estava trocando mensagem de sacanagem com algum namorado.- Darla brinca.