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UMA HORA OU OUTRA TERIA QUE VOLTAR PRA CASA, preciso de um bom banho. E fiz isso assim que sai do hospital e fui buscar a Kat.
Não vou negar que estou com um pouco de medo, em vista da reação do meu pai.
Mas esse é um risco que tenho que ter.
— Agora podem me explicar o que deu em vocês? - pulo de susto, quando abro à porta da sala.
— Ah meu Deus! Não pode nos assutar assim papai! - Kat diz irritada.
— Pois eu faço! Vocês me desobedeceram, eu sou o pai de vocês! - ele rosna.
Engulo em seco ao ponho a chave sobre a mesa.
— Pai...
— Nada de pai Alexia! Você pensa que é quem pra decidir tudo sozinha? Sabia que está em todos os jornais seu chilique na rua?
Chilique?
Abro a boca perplexa.
— E daí! - grito irritada. — Pelo amor de Deus! Seja um pai pelo menos uma vez na vida e pergunte se suas filhas estão felizes!
Meu pai arregala os olhos com minha audácia de gritar com ele.
— Feliz? Vocês já não tem tudo que querem? Não são felizes assim?
— Não papai, o senhor acha que somos felizes com dinheiro. Ele não traz felicidade porra nenhuma! - Kat grita. — Mas ele nos deixa triste, por não ter você por perto, pergunta como vamos na escola, ou nossas viagens. Quando foi que fizemos uma viagem de família? Nunca! Porque o trabalho está sempre em primeiro lugar....
— Mas é de onde vem o sustento de vocês duas!
— Pois eu preferia ser pobre, mas ter a presença do meu pai em casa!
— Katrina! - papai repreende. Mas ela não faz nem sinal de medo. — Vocês enlouqueceram?!
— Não, só estamos cansadas de sempre fazer o que o senhor quer, apenas pra sua felicidade. E a nossa não tem nada. - digo sentindo um nó na garganta.
Sei que estou perto de chorar, foi muita coisa em apenas um dia. E meu corpo está sobrecarregado demais com tudo isso.
— Alexia...
— Tudo que queria era que o senhor nos apoiasse em algo pai, uma coisa que a gente queira fazer, não sempre o que o senhor quer. Isso que queiramos. - sussurro.
— Será que é tão difícil cair na real e ver que sua família perfeita, não tem nada de perfeito? - Kat pergunta.
Meu pai parece tão confuso com tudo isso, que nem um som é capaz de sair da sua boca. Ele senta lentamente no sofá, e nos encara.
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Amor Improvável - I Duologia Irmãos Summer
Teen Fiction#7 Platônico É possível uma popular se apaixonar por um nerd? Todos temos aquele amor improvável daqueles que julgamos impossível de acontecer, pior ainda quando as circunstâncias nos impede e o que dizer das barreiras. Ela a popular cercadas por...