12° Capítulo / Limites

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       UMA HORA OU OUTRA TERIA QUE VOLTAR PRA CASA, preciso de um bom banho. E fiz isso assim que sai do hospital e fui buscar a Kat.

Não vou negar que estou com um pouco de medo, em vista da reação do meu pai.

Mas esse é um risco que tenho que ter.

— Agora podem me explicar o que deu em vocês? - pulo de susto, quando abro à porta da sala.

— Ah meu Deus! Não pode nos assutar assim papai! - Kat diz irritada.

— Pois eu faço! Vocês me desobedeceram, eu sou o pai de vocês! - ele rosna.

Engulo em seco ao ponho a chave sobre a mesa.

— Pai...

— Nada de pai Alexia! Você pensa que é quem pra decidir tudo sozinha? Sabia que está em todos os jornais seu chilique na rua?

Chilique?

Abro a boca perplexa.

— E daí! - grito irritada. — Pelo amor de Deus! Seja um pai pelo menos uma vez na vida e pergunte se suas filhas estão felizes!

Meu pai arregala os olhos com minha audácia de gritar com ele.

— Feliz? Vocês já não tem tudo que querem? Não são felizes assim?

— Não papai, o senhor acha que somos felizes com dinheiro. Ele não traz felicidade porra nenhuma! - Kat grita. — Mas ele nos deixa triste, por não ter você por perto, pergunta como vamos na escola, ou nossas viagens. Quando foi que fizemos uma viagem de família? Nunca! Porque o trabalho está sempre em primeiro lugar....

— Mas é de onde vem o sustento de vocês duas!

— Pois eu preferia ser pobre, mas ter a presença do meu pai em casa!

— Katrina! - papai repreende. Mas ela não faz nem sinal de medo. — Vocês enlouqueceram?!

— Não, só estamos cansadas de sempre fazer o que o senhor quer, apenas pra sua felicidade. E a nossa não tem nada. - digo sentindo um nó na garganta.

Sei que estou perto de chorar, foi muita coisa em apenas um dia. E meu corpo está sobrecarregado demais com tudo isso.

— Alexia...

— Tudo que queria era que o senhor nos apoiasse em algo pai, uma coisa que a gente queira fazer, não sempre o que o senhor quer. Isso que queiramos. - sussurro.

— Será que é tão difícil cair na real e ver que sua família perfeita, não tem nada de perfeito? - Kat pergunta.

Meu pai parece tão confuso com tudo isso, que nem um som é capaz de sair da sua boca. Ele senta lentamente no sofá, e nos encara.

Amor Improvável  - I Duologia Irmãos Summer Onde as histórias ganham vida. Descobre agora