Dia feliz?

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Uma semana depois pela manhã
***

Nina saiu da empresa de seu irmão radiante. Era ótimo ver Javier tão bem. Rissa estava nas nuvens também.

Se encaminhando para o carro ela cumprimentou o motorista que a agencia mandara naquela manhã, quando o dela havia ficado doente. Estranho, afinal em toda a sua vida Milles jamais havia ficado doente e menos ainda faltado.

Ela esperava que as flores e a cesta que enviou para ele o animasse. Vitor não havia gostado de ter que fazer uma troca, mas tanto ele quanto seu pessoal estavam ocupados com algumas celebridades. Então o jeito havia sido apelar para a agencia de temporários.

Sendo assim la estava ela na companhia de Eduardo. Um cara de poucas palavras e que para dizer a verdade lhe causava arrepios. Fosse pelo jeito de falar, ou o gelo em seu olhar.

- Sr. Eduardo, me leve por favor a Women'S Secrets. - Ela pediu quando ele abriu a porta para ela. Seria impressão ou ele havia medido seu corpo? Quem sabe. Mas mesmo assim seu corpo arrepiou

O transito estava calmo e logo eles chegaram. Descendo do carro ela olhou a fachada da loja pensando no que compraria. Ela nunca foi muito de gastar mas lingerie era seu ponto fraco. Ainda mais agora com Vitor. Que parecia amar as peças nela, tanto quanto as amava remover.

Sorrindo ela entrou e logo Betty sua vendedora favorita veio ao seu encontro. Era uma das poucas mulheres em quem ela confiava e por quem nutria uma amizade real. Betty sabia sobre seus " tropeços " e a ajudava a escolher as peças.

- Nina mi hija, em que vamos nos divertir hoje? -  a outra perguntou como cumprimento.

Dando um abraço carinhoso na mesma Nina respondeu:

- Camisolas e tudo o mais... Tenho um homem a quem entreter.

Sorrindo Betty disse animada:

- Me diga que é aquele gato do loiro que sempre esta com você?

Suspirando ela assentiu:

- Sim. É Vitor

Betty olhou feliz para a jovem. Havia visto como ela olhava o rapaz sempre que achava que ninguém estava olhando e via o modo como ele retribuía. Ali estava um casal que se amava.

- Então vamos escolher.

Nina se sentia uma criança em loja de doces. Haviam escolhido camisolas em seda, renda, cetim, e algodão. Afinal conforto era tudo. E uma profusão de conjuntos sexys.

- Betty eu quero algo em azul

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- Betty eu quero algo em azul... Mas preciso de sua ajuda. Completa.

Betty então lembrou que por conta de seu déficit a mocinha não enxergava azul e suas nuances.

Olhando a loja ela então lembrou de uma camisola que era perfeita pra ela. E pedindo licença,  foi busca-la.
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Ela se apaixonou pela camisola assim que a viu

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Ela se apaixonou pela camisola assim que a viu. Embora a cor lhe fosse outra.

- Nina eu tenho outra aqui que acho que será ainda mais especial.

Olhando para a camisola nas mãos dela els quis saber:.

- Por que sera mais especial?

Sorrindo Betty estendeu a roupa a ela e disse:

- Ela é da cor dos olhos do seu Vitor.

Sorrindo triste ela abraçou a roupa e disse apenas

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Sorrindo triste ela abraçou a roupa e disse apenas

- Vou levar todas.

Estranhando o comportamento dela que havia estado tão feliz Betty quis saber o motivo da tristeza.

- Eu nunca vi a cor dos olhos dele. Então nem posso saber como são.

Não resistindo a mulher mais velha deu um abraço nela e sorriu:

- Ânimo menina. Nada pode ser tão ruim assim. Você é linda, jovem e tem um pedaço de homem que te ama.

Sorrindo Nina pegou os pacotes e disse:

- Verdade. Ele ama. Deus sabe o porque mais ele ama.

- Deus e cada pessoa que te olha Nina. Todos sabemos o quanto é difícil não te querer bem.

Ela deu um beijo na amiga e saiu. Mas se voltou dizendo:

- Sua filha ainda esta atrás de um emprego? A secretária do meu pai vai se aposentar. Vou marcar uma entrevista para ela.

E se foi.

Já no carro, ela ligou para Alissa.

- Olá irmã. Porque tem me evitado?

Ouviu Alissa suspirar antes de dizer:

- Peste, eu não estou evitando ninguém. Apenas está acontecendo muita coisa. Agora me diga, Vitor é realmente tudo aquilo?

Gargalhando Nina respondeu:

- Ainda melhor.

Ouvindo a risada da jovem no carro, Eduardo teve dúvidas quanto ao que iria fazer. Ela parecia tão doce. Ele não era um assassino. Mas "ele" tinha muitas coisas contra ele e sua família. Então que Deus o perdoasse pelo que iria fazer.

Resoluto travou as portas do carro para que ela não saísse. Apertou o botão que cortava o sinal de celular.

Nina olhou para o celular e viu que estava sem sinal. Só então observou ao redor e viu que estavam em uma área desconhecida. Tomada por um súbito medo exigiu a Eduardo que a levasse para casa. No que foi ignorada. Tentando baixar os vidros e gritar por socorro ela descobriu que tudo estava travado. Chorando e esperneando viu com terror que as curvas ali eram fechadas e que abaixo só havia um terreno íngreme e o mar.

Murmurando uma oração de perdão Eduardo prendeu o acelerador e abrindo a sua porta se jogou fora do carro. Bem a tempo de ver com horror o mesmo bater na mureta de concreto e cair no barranco. Nunca esqueceria o grito da jovem.

Nina mais sentiu do que viu o baque. E cada batida da queda. Cada baque parecendo cortar seu corpo em minúsculos pedaços. Fechando os olhos ela deixou que a escuridão levasse embora a dor.

Cerca de uma hora depois, Vitor, Javier, Carlo e Cara terminavam de discutir alguns detalhes do ultimo projeto quando uma Sra. Ruiz entrou apressada na sala e antes que algum deles esboçasse qualquer reação ligou a televisão.

Na tela um helicóptero sobrevoava o que parecia ser um grave acidente. Sem entender nada eles se levantaram para ver melhor.

- Nossa que trágico. Quem será?

Não souberam ate que voando mais baixo o helicóptero mostrou o carro completamente destruído. Enquanto os bombeiros lutavam para retirar alguem de lá.

Vitor sentiu o sangue parar de correr quando ouviu o grito de Cara.

- É a Nina.

Na tela. Uma Nina coberta de sangue e com o corpo em uma posição estranha era levada para a ambulância. Todos correram para os carros enquanto a Sra. Ruiz chorava pela morte da menina.

Dificilmente ela sobreviveria.

MEU TORMENTO 02 - um amor esquecidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora