Adriano - Capítulo quatro

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Escuto o Nathan ameaçar a Priscilla dizendo que vai me denunciar e se pagar pelos meus crimes fizer eu ser digno do amor da Priscilla eu vou ficar preso o tempo que for.

Entro com tudo na sala e digo que vou me entregar hoje mesmo.

- Você o que? A minha princesa de Rubi pergunta desesperada.

- Eu vou me entregar e pagar pelos meus crimes Nathan não precisa mas ficar ameaçando a sua irmã.

- Não se faça de bonzinho Adriano eu sei que não vai se entregar estar dizendo isso da boca pra fora.

Meu sangue ferve ao escutar isso.

- Eu mesmo vou ligar para a polícia. Digo enquanto pego o meu celular discando o número da mesma.

- Não Adriano por tudo que é mas sagrado desliga esse telefone isso é loucura você prometeu que ia esperar o nosso advogado se pronunciar.

Engulo em seco com suas palavras eu realmente havia prometido porém não tenho como fugir uma hora ou outra vou ter que pagar pelos meus crimes e essa hora pra mim chegou.

Mesmo a Priscilla insistindo informo a polícia onde me encontro e sento no chão desnorteado.

- Você tem que fugir por favor Adriano.

- Me perdoa eu não posso mas viver assim como se nada tivesse acontecido eu tenho que pagar pelos meus crimes minha princesa de Rubi.

A mesma se joga nos meus braços chorando. Eu a abraço forte não sei mas o que vai ser de nós dois daqui pra frente.

Nosso momento é interrompido pela chegada da Polícia.

- Liga pro nosso advogado. Eu te amo. Sussurro deixando as lágrimas cair.

- Eu também te amo. Ela diz aos prantos e me beijá como se fosse a última vez.

Saio algemado de dentro da imobiliária a Priscilla segue o carro da Polícia de táxi. A única coisa que estar doendo em mim por ter feito essa loucura de me entregar é a dor que a Priscilla estar sentindo, mais agora não tem volta já esta feito.

Sou levado pra sala do delegado os policiais estão eufóricos afinal um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro acabou de ser preso.

Me surpreendi ao ver o nosso advogado conversando com o delegado o mesmo olha pra mim com cara de poucos amigos.

- Senhor delegado antes de darmos início ao depoimento será que posso falar a sós com o meu cliente.

- Claro por favor seja rápido.

Somos levado a uma sala reservada.

- Como você me apronta uma dessa Adriano? O doutor Olavo me pergunta irritado.

- O que o senhor queria que eu fizesse se eu não tivesse me entregado o meu querido cunhado ia fazer isso por mim e seria muito ruim inclusive pra Priscilla ela poderia ser vista como uma cúmplice minha e acabaria na cadeia.

- Mesmo assim devia ter esperado o meu sinal Adriano você não sabe o quanto isso irá te prejudicar. Vão pegar seu depoimento agora, vou ser sincero seus crimes são graves você com certeza irá a julgamento e pegara muitos anos de prisão.

- Eu sei disso porém tenho que pagar pelos crimes que cometi so assim estarei pronto para começar uma nova vida ao lado da Priscilla.

Depois da nossa conversa voltamos para a sala do delegado.

- Podemos da início ao depoimento?

- Sim senhor delegado. O respondo desanimado provavelmente acabei de perder o amor da minha vida pois se somarem todos os meus crimes eu nunca vou sair daqui.

- Quer que eu faça perguntas ou prefere narrar os fatos?

- Eu prefiro narrar. Digo convicto.

- Pois pode começar. Respiro fundo e me preparo para dizer tudo desde a minha entrada no tráfico até a minha saída.

- Eu me tornei dono do Morro muito cedo com 18 anos todos já temiam só de ouvirem falar meu nome, entrei por conta do meu pai e assumir o reinado assim que o mesmo morreu. Conseguir organizar várias coisas la lá no Morro. Todos me respeitavam os inimigos tinham medo de mim, as vendas das drogas aumentaram o tráfico passou a gerar mais lucro porém eu comecei a trabalhar na imobiliária e sair do tráfico não sou mais traficante e a prova disso é que eu me entreguei para pagar pelos meus crimes.

Respiro fundo sei que terei que da detalhes de tudo que fiz durante minha estadia no controle da favela.

- Poderia detalhar tudo que acabou de dizer senhor Adriano. Olho pro meu advogado e o mesmo autoriza que eu continue.

- Nossa melhor fonte de renda dentro do Morro era o tráfico de drogas no meu comando eu conseguir expandir os negócios cheguei a importar as poucos mas eu consegui.

- Isso quer dizer que você e um traficante internacional de drogas também.

Ótimo! Agora eu não vou sair nunca mas dessa cadeia. Decido por um fim nisso tudo pois se eu depor ou não ficarei preso então melhor eu me calar.

- Eu não quero falar mas nada. Digo de uma vez. O delegado me olha e mandam me levar pra sela assim que saio vejo a Priscilla. A mesma estar angustiada eu não posso prende-la junto comigo.

Consigo vinte minutos pra falar com ela.

A mesma percorre com suas mãos pelo meu corpo e chora ao perceber as algemas.

- Me promete que vai continuar com seu tratamento e vai recuperar a visão? Digo chorando.

- Eu prometo mas você vai sair logo eu juro e quando você sair eu já vou tá enxergando.

Me doe ter que dizer o que eu dizer agora mas é pro bem dela.

- Eu vou ficar muitos anos preso Priscilla não é justo que você fique presa a mim por isso acho melhor terminamos daí cada um segue o seu caminho.

- Você estar me pedindo pra desistir de você e Isso?

A mesma pergunta alterando o tom de voz.

- Vai ser o melhor a se fazer Priscilla o que eu vou pode te oferecer preso me fala?

- O nosso amor é maior do que tudo isso. Ela grita.

- Você não entende logo vou ser transferido pra um presídio e aquilo e um inferno você vai me odiar por te fazer passar pela humilhação pra me visitar. Digo por fim.

- Você pode me implorar mas eu não vou me afastar de você Adriano tudo bem se você não me quiser mas só que isso não vai adiantar porque eu vou estar lá todos os domingos pra te ver.

Choro e quando penso em responder os policias me arrastam de perto dela.

Grito Eu te amo Priscilla e desapareço pelo corredor morrendo ao ver a Priscilla aos prantos sendo aparada pelo Nathan.

Princesa de Rubi - #Wattys2017Onde as histórias ganham vida. Descobre agora