Capítulo 3.

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Mais uma manhã na qual Lutah acorda confortavelmente ao meu lado, ele se levanta sem me dirigir a palavra e espera pacientemente pelo café da manhã.

Isso já estava realmente me irritando.

-Ryo você está com uma expressão estranha desde que chegou, aconteceu algum coisa? Envolve Lutah?

Fiquei meio receoso ao falar com meu chefe, mas acho que eu vou acabar enlouquecendo.

-Já se passaram oito dias desde que ele veio para minha casa. Nos ainda não podemos ter uma conversa apropriada. É claro que é uma língua difícil, mas tenho a impressão de que ele não quer falar comigo. Isso me faz pensar que ele não queria ter vindo ao Japão ou que ele poderia estar arrependido e quer voltar a sua vida de antes.

Kyoto se senta o meu lado na mesa e me encara pacientemente.

-Você está se equivocando Ryo...

-Presidente?!

Ele sorri ao meu encarar.

-A tribo crescente estava totalmente de acordo com os meus pensamentos e ideias. Eles sabem que é necessário que a tribo prospere e aprenda sobre o novo mundo. Então tendo isso em mente a tribo escolheu o famoso sucessor da tribo, pondo sua confiança em mim, Lutah estava de acordo com isso também, por essa razão é vital que ele aprenda tudo sobre o nosso continente para poder repassar o conhecimento a sua tribo. Você precisa ter isso em mente, ninguém o forçou a isso...

-Mas... -Não continuo o que tenho a dizer, Lutah aparece de repente me perfurando com seu olhar.

-Lutah... -murmuro baixo e ele se aproxima em um piscar de olhos me agarrando firme sobre os ombros. -Mas o que?

- Ryo... Ryotsu.

-Sim! Excelente, ótima pronúncia Lutah.

Encaro sem entender Lutah.
Ele finalmente havia dito meu nome, mas... Olho para presidente que se aproxima junto ao meu chefe.

-Parabéns Lutah. Você finalmente conseguiu pronunciar o nome dele apropriadamente. -meu chefe diz animado e Lutah se afasta um pouco.

-Sr. Natsu a uma razão para ele não ter falado japonês até agora.

Encaro Lutah.

-Uma razão?

-Para a tribo de Lutah o nome é a algo muito sagrado, dizem que representa a alma. Parece que ele acha que é falta de consideração não saber falar o seu nome então ele estava praticando comigo e o senhor Kyoto.

Meu chefe sorri

-É verdade Ryo, ao que parece seu nome tem sons diferentes que a tribo não usa, por isso era difícil a pronúncia. Então acabou que tomou mais tempo do que imaginávamos.

O presidente assente seriamente.

-Ele nos disse que a primeira palavra que queria falar em japonês era seu nome, já que é você que está cuidando dele, então ele não poderia dizer nenhuma outra palavra fora a essa.

-Então esse tempo todo era...

Começo a me irritar profundamente.

-Droga Kyoto se você sabia disso esse tempo todo deveria ter me contado, não viu estado a qual eu estava? Pelo menos tivesse me dado uma pista.

Ele me encara e da de ombros.

-Queríamos fazer surpresa.

Lutah se aproxima do meu chefe sem entender minhas palavras apressadas.

Meu chefe pedi para que ele se abaixe e sussurra algo em seu ouvido que faz Lutah se aproximar de mim com uma expressão de pesar.

-Eu sinto muito.

A voz de Lutah era suave embora um pouco rouca, era estranho de ouvir em inglês, mas me causava estranhos tremores.

-O que você disse a ele?

Meu chefe sorri.

-A verdade, que você estava se sentindo solitário por que Lutah não falava com você.

Sinto meu rosto esquentar. Meu chefe não devia ter dito isso, o que ele vai pensar de mim agora?

Me viro pronto para ir embora.

-Ryotsu...

Inclino a cabeça para o rosto moreno a me encarar e Deus eu sei que isso é estranho, mas ele mexia comigo de uma forma estranha.

Sorri para ele feliz por se esforçar por mim.
Ele realmente está tentando.

Seguro sua mão e tenho certeza que não a nada com o que eu tenha que me preocupar.
Vai ficar tudo bem.

-Me sinto honrado por finalmente podermos nos falar. Então mais uma vez é um prazer te conhecer Lutah.

...

Depois de muita conversa eu finalmente havia entendido o conceito de "é natural".

Então aquela mesma noite depois dos exercícios carreguei o colchonete de Lutah até meu quarto lembrando das palavras do presidente.

-Para a tribo crescente dormir junto é um costume para fortalecer os laços entre famílias e amigos, quando eu estive lá tive que dormir junto a eles também. Isso é algo importante, indispensável. É natural.

Eu dificilmente consegui entender, ainda era estranho para mim, mas eu entendi.

-Coloquei seu colchonete perto de mim, então por favor durma ai. É o suficiente a gente dormir no mesmo quarto não é?

Ele sorriu. Essa foi a primeira vez. Então acho que ele entendeu.

Me viro ainda desconcertado com o modo como seu olhar era sincero, essa pureza nele me incomodava.

-Boa noite.

Sinto a tensão em seu olhar em mim, ele não entedia.

Peguei rapidamente o dicionário com suas palavras e mostrei a ele.

-Significa isso.

Ele me encara por um segundo pondo a mão sobre o meu rosto e sorrindo pela segunda vez.

-Boa noite Ryotsu.

Ah, droga por que estrangeiros não respeitam o espaço pessoal.
Não consigo acalmar meu coração.
Mas o que é isso?
Ele nem fez nada.

Foi só um boa noite e o toque suave de sua mão.
Eu não devo pensar nisso.
Definitivamente eu não devo pensar nisso.

Essas pessoas bonitas me dão medo.

Pela luz da sua Alma (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora