Olívia P.O.V on
Bato a porta do carro e aceno agradecendo pela boleia. Logo depois, entro em casa e atiro-me para o sofá exausta. Bufo e levanto-me outra vez à procura do comando. Ouço alguém a aproximar-se e claro, só pode ser o meu pai.
Niall: Então, como correu o cinema? Ele portou-se bem contigo, correto?– pergunta preocupado.
— Para ser sincera pai, não sei como estou... Enquanto estávamos na fila, um desconhecido fez-nos pensar se gostávamos um do outro. Depois, quando o filme acabou, ele disse que era uma ideia absurda porque eu o odeio.
Niall: Eu sei que é difícil e a adolescência não ajuda nada, mas talvez não estejas a ser o mais cuidadosa com as palavras... Ele pensa que o odeias porque provavelmente o teu orgulho entope o coração quando estás perto dele.
— Não é fácil mesmo, eu adoro-o, não o queria tratar assim, mas não sei como mudar. Há algo naquele rapaz que me intriga porque ele tem controlo sobre mim, pareço uma marioneta nas mãos dele.
Niall: Acredita em mim, já passei por essa fase. Enquanto crescemos o tempo passa e com ele são arrastadas muitas coisas. Com o tempo aprendemos a viver a realidade, percebemos que a vida não é fácil e o quão errados estávamos ao querer crescer tão rápido. Mas tudo acaba por correr bem, eu prometo. Só tens de fazer por dar um final feliz à tua história e eu estarei sempre aqui quando caíres, porque é assim que se aprende.
Não sabia o que dizer, estava completamente comovida com as palavras de Niall. Apenas o abracei bem forte durante um bom tempo e libertei todas as minhas frustrações. Era tudo o que precisava naquele momento.
