capítulo 1

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- Me concede está dança, senhorita? - Encaro seus olhos mel puxado para o verde e me impressiono com aquele olhar. Este olhar...

Não falo nada, estico minha mão.
Ele há beija não consigo sentir seus lábios, minhas luvas de seda preta tampou essa sensação que pra mim poderia ser maravilhosa.

Danço com ele, seu perfume me encanta até que demais. Ele me olha nos olhos e quase não entendo aquele olhar maravilhoso, aquele olhar sincero que parece me conhecer e eu pareço conhecer, este olhar. Oh este olhar lindo, poderia passar o resto de meus dias olhando.

- O que te fez vim de Preto, todas as moças da cidade vieram de vermelho, rosa, branco. Mas só você veio assim. - Ele sorri, observo o movimento de seus lábios. Eu sei que conheço estes lábios.

- Eu sabia de como cada uma viria, elas não pensam muito e isso deixa tudo mais fácil para mim, cada uma vem com o básico. O Vermelho querendo mostrar a sedução, se elas pelo menos soubessem mostrar somente na cor, mas não. As costas nuas e as pernas totalmente de foras sei que as minhas estão, mais as delas os vestidos são longos não tinha precisão. - Digo enquanto nos movimentamos ele apenas ri. - As de branco querem mostrar serenidade e dizer que é moça pra casar, na verdade não. Elas estão aqui atrás de arrumar homens, olhem elas estão todas desacompanhadas.

- Mas você também está. - Ele diz.

- Não, eu não iria vim, eu estou sendo obrigada, essa máscara deixa meu rosto coçando assim como os sapatos, eu não nasci pra usar este tipo de roupas. - Digo observando seu olhar em mim.

- Porque está sendo obrigada? - Sua voz está mais grossa e meiga e eu já consigo reconhecer, e só não entendo como.

- Meus pais são os donos do baile, este baile é em comemoração pelo novo teatro. - Falo.

- Agora entendi. - Sorriu.

Não falamos nada, a música troca e vem uma música totalmente diferente e lenta, meu corpo se encosta ao seu. Sinto o cheiro de seu perfume novamente, ele põe seu rosto em meu pescoço sinto calafrios percorre minha espinha dorsal, sua mão parece está trêmula em minhas costas.

Tiro seu rosto e olho nos seus olhos, miro o olhar em seus lábios e ele nos meus. Ele encosta seus lábios devagar no meu, o beijo macio leve e delicado com a pitada certa de velocidade. O melhor beijo da minha vida. A máscara nem minha peruca me impedem de beijá-lo muito menos a sua.

Sinto algo vim de encontro com nosso corpo e um líquido gelado escorrer pelos meu corpo, escuto automaticamente a pessoa se desculpar.

Olho pra ele e seus castanhos me indicam quem é o ser, sim ele mesmo o meu ex, aquele que por tanto amei, e que hoje não suporto.

- Não precisa se desculpar. - Falo.

- Estou encharcado, vou me enxugar. - O dono dos pares de olhos mais lindo fala encarando Guilherme.

- Okay. - Falo e ele sai olho para Guilherme, que feio Guilherme, penso comigo mesmo. Que feio!!!

Entro para a parte reservada para nós da Família, tiro a máscara e a peruca me encaro no espelho tiro meu vestido e visto o short jeans e a blusa preta, calço meus sapatos baixo e faço um rabo de cavalo. Pego meu celular e minha bolsa.

- Pra onde você vai? - Minha mãe pergunta.

- Pra onde seria? Minha casa mãe. - Falo.

- Porque não vem para nossa hoje? - Ela insiste em me levar para morar novamente com ela, eu não suporto aquela casa não suporto as pessoas em que convivem lá.

Eu Te Amo, Eu Te Odeio/A Dama De PretoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora