Amor Entre Amigos 2

Capítulo 37 - Coração apertado

— Eu vou telefonar para a Pam, para tranquilizá-la. – Mattheus falou, pedindo: — Liga para o meu celular? Eu o larguei em algum lugar dentro desse matagal e quero muito encontrá-lo.

— Claro.

Telefonei para o número do Mattheus e ele encontrou seu celular.

— Vamos levá-los. – um dos enfermeiros disse, sobre Victor e Gabriel.

— Mattheus, eu vou na ambulância com eles. Lá no hospital, eu telefono para os meus sogros. – avisei já entrando na ambulância, com a permissão dos socorristas.

— E o meu carro? – Victor gritou de lá de dentro.

— Não se preocupa com isso agora, cara. Vou dar um jeito. – Mattheus respondeu e depois disse voltando seu olhar para mim: — Eu vou logo atrás de vocês, está bem? Não vou deixá-los sozinhos.

Eu abri um meio sorriso. Tenho tanto para agradecer ao Mattheus e ao Victor...

Segurei bem firme nas mãos do meu loirinho na esperança de passar forças a ele. Estava feliz pelo fim daquele pesadelo, mas me preocupava com o início de um novo... E se Gabriel não resistir??? Não, nem quero pensar nisso, porque a vida me mostrou da forma mais difícil, o quanto é importante perdoar alguém que amamos.

Um tempo se passou e chegamos ao hospital mais próximo, depois de eu perguntar inúmeras vezes ao enfermeiro dentro da ambulância, se meu esposo ficaria bem. Ele me disse que os médicos me dariam essa resposta, após exames mais aprofundados. Victor me acalmava á todo instante.

Gabriel e Victor foram levados para a emergência e eu fui impedida de acompanhá-los. Me restou ficar na sala de espera, ansiosa, com o coração quase explodindo.

Mais uns longos minutos se passaram, e Mattheus chegou ao hospital. A presença dele me acalmou um pouco.

— Babi. – ele me abraçou e perguntou: — Já tem notícias do Gabriel e do Victor?

— Não, ainda não. – suspirei forte. — Ninguém ainda me disse nada. Já liguei para meu sogro e disse que o Gabriel está nesse hospital. Ele me fez um monte de perguntas...

— Você contou pra ele exatamente o que aconteceu?

— Sim, achei melhor contar. Ele me pediu detalhes e ficou chateado por eu não ter contado antes.

— Se você contasse, eles entrariam em desespero e com certeza iriam chamar a polícia. Se bem que o meu plano não foi perfeito, foi perigoso demais...

— Quando seu celular tocou, eu achei que seria o fim.

— Nem me lembre disso, Babi. Falando nisso, deixa eu ver quem me ligou.

Mattheus mexeu em seu celular e comentou: — Foi o Rafael que me ligou. Ele deve ter escutado minha mensagem.

— Não sabia que você tinha avisado pra ele.

— Eu avisei. Ah, também comuniquei á Pam que o sequestro acabou e que estamos aqui no hospital.

— Ela deve ter ficado tão nervosa quanto nós.

— Babi, uns policiais conversaram comigo e disseram que teremos que depor depois que as coisas melhorarem.

— Tudo bem. – balancei a cabeça positivamente.

Pam cruzou a porta de entrada do hospital, com os dois olhos arregalados e perguntou: — E aí, como estão os meninos?

— Infelizmente ainda não temos notícias, mana.