Coreia do Sul, Seul
6:00 a.m
KATHERINE P.O.V
Nós havíamos partido de Atlanta ontem pois os meninos decidiriam que seria melhor dar um tempo "daquela cidade". Eu mal entendi o motivo até por que ninguém me deu uma explicação, mas não me importo muito.
Eu nunca havia vindo para a Coreia antes e tudo é incrívelmente lindo, conhecer coisas novas, pessoas novas, lugares novos. Quando eles falaram que nós iríamos viajar logo pensei em minha mãe. Os meninos sempre deixam eu ligar para ela mas nunca posso falar onde estou e dói demais, ainda por cima ouvir sua voz abalada, imaginar o quanto ela deve estar mal.
Todas as noites eu rezo por ela e para que tudo isso acabe logo. Me sinto mal e culpada por ter quase transado com um criminoso em cima de uma mesa, quase ter perdido minha virgindade para um cara que conheço a quase 6 meses. Oh céus.
Me sinto mal ao pensar na minha mãe, por eu estar fazendo isso tudo e muitas vezes não pensar nela. Mas por outro lado eu não posso fazer nada para sair daqui. Estou presa e fui sequestrada. Não foi culpa minha eu acho.
– Cara eu quero muito comer. - Tae passa a mão em cima de sua barriga enquanto fecha os olhos.
– É só o que você sabe dizer parça. - Hoseok que está ao meu lado diz.
– Mas o que? - Jimin que está a nossa frente vira para trás olhando para todos nós. - Também estou com fome, vai dizer que eu só sei comer também? - ele diz ironicamente.
– Sim. - Hoseok diz normalmente.
– Realmente... só sei comer. - ele diz irônico e me lança um olhar penetrante.
– Parece que alguém está no cio. - murmuro baixo com o mesmo tom de voz irônico que ele e então me deito na poltrona.
– Você não faz ideia... - ele sussurra só para eu ouvir e funcionou. Todos conversam sobre outro assunto enquanto eu não tirava aquilo da cabeça.
"Senhores passageiros, apertem os cintos o avião irá decolar em Seul, Coreia do Sul."
E assim fizemos. Apertamos o cinto e logo senti o avião decolando. Aquilo dava um friozinho na barriga e um pouco de enjoo mas era só levantar e respirar o ar puro que passava. Nos descemos e logo fomos pegar nossas bagagens, eu sou a única que tem a mala maior.
– Eu to com fome. - digo manhosa e Jimin revira os olhos. Hoseok entrega o dinheiro ao Jimin e eu me recuso a ir com ele, causando uma pequena discussão no meio do aeroporto.
– Você vai sim. Por que ele é o mais rígido que não deixaria nada acontecer. E se for outra pessoa com ele buscar comida você vai reclamar por que "nunca vem do seu jeito". - resolvo não o responder, mas ele percebeu que eu revirei os olhos.
Ando na frente do Jimin e vou até o Starbucks, Jimin para ao meu lado e entramos juntos, vou até o caixa e faço meu pedido esperando o Jimin fazer o dele e o dos meninos. Depois de uns 5 minutos tudo está pronto, ele paga e logo nós vamos onde os meninos ficaram nos esperando.
– Aqui está. - Jimin entrega o café, cappuccino, etc de todos os meninos que pediram. Nós vamos até a parte de fora do aeroporto e eles param como se estivessem esperando alguma coisa.
– Hum... Por que estamos parados? - coloco a mão no meu bolso e tomo um gole do meu café esperando uma resposta.
– Por que vamos de carona, com um antigo amigo. - Namjoon fala e eu do de ombros esperando esse tal amigo assim como eles.
Enfim um audi preto cromado para perto de nós, logo um sorriso brota no rosto de todos eles, mordo meu lábio curiosa e olho para Hoseok buscando uma resposta mas completamente nada. Reviro meus olhos e depois de guardar as malas eles entram no carro, entro também e me mantenho quieta.
– Casa do senhor ou a casa de vocês antes? - o motorista pergunta ao Jimin que estava sentado na frente. Aquele cara me deu medo na hora em que botei os olhos nele, imagina quando ele começou a falar com sua voz grossa.
– Primeira opção. - Jimin diz simplesmente com um sorriso no canto dos lábios e o motorista assente com a cabeça. Bufo e passo a mão pelos meus cabelos nervosa. O carro para em frente a uma grande mansão, só não maior que a dos meninos, mas muito grande. Descemos do carro e logo da para avistar vários seguranças espalhados ao redor da casa, sinto um arrepio passar por todo o meu corpo e os meninos parecem conversar, fico quieta e espero.
Eles logo chegam ao meu lado e entramos na mansão juntos, eu não entendi por que mas estava no meio deles, deve ser uma grande coincidência. Uma mulher passa pela sala onde estamos e nos leva até um escritório, ela bate na porta e espera.
– Senhor sua visita chegou. - ela abre a porta e nos olha sorrindo. Os meninos entram e logo eu entro atrás, como são todos altos eu não consigo ver nada, então fico na frente deles, Kook nega com a cabeça e eu mordo meu lábio.
– Ora, ora, ora... - o homem estava com sua cadeira vira de costas para a mesa, então não da para vê-lo, mas sua voz é uma voz de quem tem uns 37 anos. Mordo meu lábio logo ele vira, seu olhos me encaram e todo seu corpo trava. Sinto um choque em todo o meu corpo. Eu nunca tinha sentido aquilo que senti, meu coração acelerou, minha mãos e pernas tremeram, a barriga embrulhada e o suado caindo da minha testa para meu rosto.
– O que ela está fazendo aqui?
Hoseok entra na minha frente e Jimin me coloca atrás do mesmo.
– Ela não é quem você pensa que é, Maddox. Também levamos um susto, mas deixe-nos explicar tudo. - Namjoon pede e logo o Tae passa na frente de todos e vai até a mesa do tal Maddox.
– O tipo sanguíneo não é o mesmo, fizemos um DNA e deu negativo. Ela não é quem parece ser Maddox, é uma rara coincidência ela se parecer com a... - antes do Tae falar o nome da menina, Maddox levanta o interrompendo.
– Venha até aqui. - Maddox me procura com os olhos e Jimin me esconde mais ainda atrás do mesmo, aperto sua mão e Maddox logo para em frente do Jimin.
– Jimin... - sussurro e o mesmo me puxa para sua frente, mas em momento nenhum me larga. Maddox me examina dos pés a cabeça e pega em minha mão.
– Incrível... - ele diz e eu abaixo a cabeça. - Saiam daqui, quero conversar em particular com a garota.
– Katherine. - digo em voz baixa, sinto seu olhar em mim novamente e mordo meu lábio.
– Como? - ele pergunta e pega em meu queixo eguendo minha cabeça fazendo eu olhar para ele.
– Katherine, me chamo Katherine. - engulo a seco e ele abre um enorme sorriso. Ele solta meu rosto e logo olha para os meninos.
– Por favor garotos, pela nossa amizade me deixe só com essa bela moça. - Os meninos negam com a cabeça e saem, os últimos a sairem foram o Jimin e o Hoseok.
Agora naquela grande sala só haviam ficado dois corpos humanos, um completamente curioso e outro completamente nervoso.
Ele se senta em sua grande cadeira novamente e aponta sorrindo para uma cadeira em frente a sua mesa. Ando lentamente até a cadeira e me sento, totalmente desconfortável. Levanto o olhar e percebo que ele está a me observar com um sorriso no rosto, um sorriso que eu não sei decifrar.
