Mentiras

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N/A: DEPOIS DE DUAS SEMANAS, SIM ESTOU VIVO! Esse capitulo está cheio de emoções, e ele é bem curtinho, prometo que o próximo será bem maior.

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Após os acontecimentos que ocorreram naquela manhã, Helena tentou passar o resto da tarde sem se preocupar com nada, porém sua mente estava nublada e cheia preocupação, se aquilo continuasse por muito tempo, era possível que ela fizesse alguma besteira no trabalho. Ela sabia que isso não podia continuar assim, ela precisava contar para alguém o que tinha acontecido, alguém de confiança.

Ela olhou para o telefone em cima da mesa e estava apreensiva, ela o pegou e o largou três vezes até decidir o que fazer, e o pior de tudo é que sua cabeça agora estava começando a doer.

Eu vou ficar louca desse jeito.

Após pensar várias vezes no que poderia fazer, ela finalmente decidiu pegar o telefone e ligar para a pessoa que mais confiava.

- João? – Ela não parava de morder o lábio inferior.

- Helena? Tudo bem?

- Não, preciso urgente que você venha até a delegacia – a cada vez que ela falava as palavras saiam atropeladas da sua garganta. Após a adrenalina passar pelo seu corpo ela percebeu como suas ações foram desajeitadas, ela não podia se dar ao luxo de deixar alguém fazer isso com a vida dela, e também não podia se dar ao luxo de ser desajeitada da forma que foi.

- Aconteceu algo?

- Só vem para cá.

Ela não o deixou responder e desligou. João avisou a todos no laboratório que ia para a delegacia para arrumar alguns assuntos.

- Vai ver a Helena? – Perguntou Luana, observando o fio de cabelo em um microscópio.

- Ela que me chamou, provavelmente precisa de alguém para ajudar no caso da torre – João tentou mentir da melhor forma possível. Luana não engoliu, mas deixou passar, ela sabia que os dois tinham essa coisa um com o outro.

Ele pegou as chaves do carro em cima da mesa e saiu apressado para a delegacia. Quando atravessou a esquina viu Helena com uma cara séria estampada no rosto. Ele acenou e ela o viu. Ela veio até seu encontro e antes que ele pudesse falar qualquer coisa ela já o atropelou com milhares de palavras.

- Calma, não estou entendendo nada – os olhos dela estavam arregalados – Helena, você está muito nervosa, calma, alguém te viu assim?

- Sai da delegacia exatamente para ninguém me ver assim, já deixei o pessoal de sobreaviso, falei que ia arrumar alguns assuntos sobre a Torre – ela estava ficando mais calma, mas os olhos ainda estavam arregalados.

- Não é sobre a torre que você me chamou?

- A Torre é o menor dos meus problemas agora.

Ela sabia que toda aquela situação era ruim, mas cuidar da própria pele era a sua prioridade. João a acompanhou até o estacionamento, eles não trocaram nenhuma palavra até chegarem lá, era o único local que não continha escutas, mas ainda assim era perigoso.

- A gente vai para algum lugar, Helena?

- Sim, lá para casa, não posso conversar aqui. O Jason está no trabalho, então não tem problema.

Eles entraram no carro e foram direto para o apartamento de Helena. João nunca esteve lá, dava para ver o que apartamento era novo, o piso estava tão limpo que a madeira refletia o reflexo dos sapatos de Helena enquanto ela se sentava no sofá.

- Então... O que aconteceu, Helena?

- Eu fui chantageada – ela botou a mão no cabelo e soltou um longo suspiro – preciso de uma dipirona.

João estava estático no lugar, ele não podia parar de imaginar que alguém teve a coragem de chantagear Helena.

- Quem foi? – Sua curiosidade estava a pino – você quer que eu dê um jeito na pessoa?

- Foi o Lucas, aquele desgraçado.

- O Lucas?! O cara te ama! Como ele vai fazer isso?

- Me ama o caralho! Ele falou para eu não me meter no meio das investigações da menina, esse cara quer me foder de qualquer forma! – Helena se levantou e ficou andando de um lado para o outro.

- Você quer trabalhar ele fora do sistema? – Helena parou e olhou para João, era uma proposta tentadora, mas ela não sabia quanto de informação Lucas tinha.

- Ele pode ter mais coisa, e ele não está sozinho... – ela foi até a cozinha pegar um copo de agua e tomar uma dipirona.

- Como você sabe que não está sozinho? E com o que ele te chantageou? – João estava ficando apreensivo a cada minuto que passava, essa história não iria terminar bem.

- Porque ele nos chantageou com fotos nossas.

O mundo de João caiu no mesmo instante, e toda a apreensão que ele tinha minutos atrás, agora estava se tornando em fúria.

- Onde?

- Naquela pousada em que nós ficamos no final do ano passado – Helena já tinha tomado o remédio e agora estava procurando um arquivo na bolsa dela – eu puxei o nome de todos os atendentes e empregados que estava trabalhando naquele dia.

- Quem mais você acha que está com ele?

- Alguém que trabalha lá, é a única resposta plausível, mas eu não conheço ninguém aqui dessa lista, talvez você conheça – ele pegou a lista das mãos dela e olhou todos os nomes contidos nela.

- Eu sinceramente estou pensando em falar a verdade para ele... – Helena se sentou na poltrona, e seus olhos começaram a lacrimejar. João largou a lista imediatamente foi até ela e se ajoelhou segurando suas mãos.

- Calma, Helena, a gente não precisa se precipitar, tudo bem? – Para Helena, João sempre foi o homem de seus sonhos, alto, barbudo e engraçado, e ela também amava Jason.

Ela se lembrava de quando o Affair começou, ela ainda estava estudando para a prova de Delegada, quando ele entrou na sala, ela jurava que sentiu o coração parar por alguns segundos. O lance entre os dois era para durar apenas alguns dias, e não para se tornar uma coisa tão grande.

- E esse não é o pior João – ela começou a chorar.

- O que foi, me conta - ele chegou mais perto de seu rosto.

- Eu também estou grávida dele.

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Se você acha que a trama está no seu ápice, esqueça isso. Não haverá clichês em Sete mundos de Mariana, cada capítulo você ira vibrar, gritar ou chorar junto aos personagens. O próximo capitulo irá sair mais cedo, e não se preocupem, será bem maior.

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