Conhecendo os personagens

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Bruna

Bruna Kannenberg sempre foi uma menina destemida. Com sua impulsividade e espontaneidade, ela conseguia conquistar todos a sua volta. Tão jovem e tão independente, ela persistia na busca de seus objetivos.

Chamada carinhosamente por seus amigos de Bruninha, ela gostava de estudar as pessoas, tanto que fazia mestrado em sociologia da educação. "Nada melhor que entender a fundo o ser humano" - repetia Bruna todas as vezes que era questionada o porquê de ter se formado em psicóloga. Logo ela, tão comunicativa e curiosa.

Bruna morava com seus dois cachorros, Gancho e Shrek, e herdara aquele sobrenome de seu avô paterno, um alemão muito gente boa que havia presenteado a única neta com um fusca azul, quando ela completou 20 anos.

Como estudar as pessoas requer muito cuidado e reflexão, ela era apaixonada por todo e qualquer tipo de literatura, desde os romances clichês aos grandes pensadores da época passada.

Sendo escorpiana – coisa que ela costumava levar a sério, Bruna era sempre uma nova surpresa a cada amanhecer. Ela não se importava com a opinião alheia. Se curava de um amor em apenas uma semana de reclusão, muito chocolate e maratona de séries que ela buscava assistir online. Até porque, ainda não tinha assinado a Netflix - ela ansiava conhecer alguém que compartilhasse a assinatura com ela.

Acreditava que encontraria o amor em algum momento de sua vida, não sabia qual seria, mas ela era o tipo de menina que esperava esbarrar com ele (o amor) na próxima esquina, ou encontrá-lo em sua cafeteria favorita – o Velho Sonho, que ficava no centro da cidade onde morava. Mesmo sendo uma cidade pequena, havia a universidade, que sempre trazia novas pessoas para as redondezas.

Felipe

Felipe sempre foi de outra época, mas não para os seus escritores preferidos. Óbvio que ele gosta das coisas antigas, mas se amarra em ler os livros do Hugo Rodrigues e os textos e livros do Lacombe. Das suas grandes vontades, uma é enorme: comprar uma moto, mas isso irá exigir dele um equilíbrio e tanto, bem maior do que aquele que ele tinha quando pulava algum muro nas brincadeiras de criança.

Como já disse, o saudosismo das coisas boas fazem parte da sua vida e ele sente maior saudade da Kika, sua cachorra que faleceu há doze anos. Mas esse pranto vai acabar, assim que ele se mudar para uma casa, pois assim ele poderá ter mais um amigo na vida.

Felipe era o certo que deu errado e o errado que deu certo. Viveu suas grandes fases na vida, mas já se danou nelas também.

Desde a infância já mantinha uma forte relação com os seus sentimentos, sempre muito ligado a família, parceiro de todos os seus amigos e amigas, mas ser filho único o mantinha um pouco sozinho para caminhar em algumas estradas. Aliás, o moleque mimado precisou tomar algumas porradas da vida pra aprender a ser menos orgulhoso.

"É preciso ceder para ter meu garoto" - já dizia a sua boa bisavó naquelas conversas as sextas na laje. Com o seu pai ele aprendeu a sempre se afirmar em qualquer tipo de situação, mas sem pisar em ninguém. Com a sua mãe ele aprendeu a ter um coração puro. "Mas o mundo nem sempre é justo meu moleque", dizia a nobre Maria.

Felipe tinha a mania de manter boas relações com os seus sentimentos, por mais frio que o capricorniano fosse não adiantava de nada. Ele acredita que os desencontros do amor, podem ser achados nos detalhes da vida, na rua da tia Eliane ou naquela troca de olhares no barzinho assistindo ao jogo do Flamengo.

A Teoria do MiocárdioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora