Bônus

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Me encolho com suas palavras duras e fecho os olhos quando ele vem em minha direção, um segurança entra na sala, o que o faz parar e sair dali rapidamente. Parece que finalmente aquela coisinha resolveu morrer, era hora.

Aproveito que todos ali seguem correndo atrás para ver a coitada partir e saio correndo de dentro daquele hospital.

Corro o mais longe que posso, ofegante pego meu celular, com as mãos trêmulas disco o número de Jorge.

- Rastreia a localização desse celular e vem, rápido. – Digo sentindo meu coração bater descompassadamente.

- Mas voc...- Começa e interrompo-o, sentindo medo de não conseguir fugir a tempo.

- Anda logo, seu inútil. – Desligo e olho para todos os lados, sem sinal de ninguém.

Cerca de dez minutos depois Jorge estaciona na esquina e entro rapidamente, fechando a porta com força.

- Que demora foi essa? – O meu mau humor se sobressai.

- Tente rastrear um celular rápido, quero ver se consegue. – Sua voz sai com desdém.

- Saia com esse carro daqui logo. – Continuo olhando para todos os lados.

- Como conseguiu sair de lá? – Pergunta dando partida no carro.

- A peste está morrendo, e os capachos do Caio foram correndo para acompanharem os últimos suspiros da adorada Lili. – Não consigo esconder a satisfação e ele ri.

- E agora? Vai fazer o que? – Pergunta curioso.

- Vou sumir um tempinho até as mágoas do Caio passar, depois volto para consola-lo. – Pego um batom na bolsa e faço biquinho, passando-o em meus lábios.

- Entendi, você não falou nada de mim, não é? – Me olha de canto e engulo em seco.

- Claro que não. – Digo e ele parece aliviado.

Depois de um tempo parece que estamos perto de um lugar isolado e bastante estranho.

- Estou com fome. – Suspiro. - Nós vamos parar não é? E....- Sou interrompida por seu grito.

- Não, não pode ser. – Olha pelo retrovisor e quando me viro para trás, me deparo com inúmeros carros de polícia nos seguindo.

- Vai mais rápido, seu idiota. – O medo me toma por completo.

- Então dirija, sua maldita. – Devolve gritando.

- Você não serve para nada mesmo. – E é quando um grande impacto nos atinge, os vidros explodem, voando para todos os lados, nos arremessando e levando consigo meu corpo e minha consciência.


PLÁGIO É CRIME!

Meu JuizWhere stories live. Discover now