[...]

Nick- Ele não está. -Disse pela 4ª vez que o Felipe bate na porta da casa do Bruno.

Felipe- Como você sabe?

Nick- Se ele estivesse ele iria abrir a porta.- Falei sendo óbvio.

Ele bufou e olhou pelos lados da casa.

Felipe- Dá para a gente pular esse portão. -Disse enquanto examinava a casa.

Nick- Você é louco? Vamos ser presos por invasão à domicílio. -Seu olhar veio até o meu.

Felipe- Meu amigo mora aqui.

Nick- Até explicarmos para a polícia, eles já vão ter prendido a gente.

Felipe- Então fica aqui! Vou ajudar meu amigo. -Respondeu enquanto caminhava até o portão.

Filho de uma puta.

Nick- Há! Vai se foder.-Andei até ele e pulei pelo muro.

Em seguida o mesmo pulou pelo muro.

Felipe- Ótimo! -Me olhou e tomou a frente.- Vamos.

Caminhei atrás dele e andamos até os fundos da casa. A garagem estava aberta, resolvemos ver se ele estava lá, já que tínhamos ouvido um barulho.

Xxxx- CALA-BOCA! -Gritou jogando uma caixa.

Nos escondemos atrás de um carro que tinha lá. Olhei por cima do capô e vi que a voz vinha do Bruno.

Bruno- Fica quieto! -Bateu em sua cabeça com uma de suas mãos.- Fica quieto, fica quieto, fica quieto. -Batia em sua cabeça repetidamente.

Felipe- Ele está tendo uma de suas crises. -Sussurrou.

Já tinha visto inúmeras crises do Bruno, mas para mim, sempre vai ser algo novo. Quem diria que o Bruno sofre de dupla personalidade e dê esquizofrenia.

Nick- E agora? -Perguntei, ainda com o meu olhar no Bruno, que batia inúmeras vezes as mãos em sua cabeça.

Felipe- Vamos tentar falar com ele. -Disse enquanto se levantava.

Nick- Caralho Felipe! Essa porra é perigosa. -Me referi a crise enquanto o puxava pela camiseta.

Felipe- Me solta porra! -Se levantou novamente e saiu de trás do carro.

Nick- Filho da puta... -Resmunguei para mim mesmo.

Levantei e fui atrás dele. Estava com um certo medo, mas, nada que seja tão grande.

Felipe- Bruno... -O chamou.

O mesmo se virou rapidamente e avistou Felipe. Os olhos do Bruno estavam vermelhos, assim como a ponta de seu nariz. Ele deveria ter chorado.

Bru- Felipe...-Correu até o mesmo e o abraçou.- As vozes... Elas voltaram. -Falava com os olhos fechados,
enquanto apertava Felipe em um abraço.

Felipe- Vai passar cara! Só, tenta relaxar... -Se soltou do Bruno.

Bru- Deu tudo errado... Deu tudo errado... Deu tudo errado. -Repetia enquanto fechava os olhos, abraçando a cabeça.

Caminhei até Felipe e fiquei ao seu lado. Bruno abriu seus olhos, que já estavam marejados. Me examinou calmamente, em seguida deu um pulo em minha direção.

Bru- A CULPA É SUA! -Gritava enquanto tentava me enforcar. -EU QUERO QUE VOCÊ MORRA!

Nick- Calma Bruno.- Tentava me soltar sem bater nele.

Bru- CALMA O CARALHO! A BEATRIZ NÃO ME AMA, POR SUA CAUSA. -Gritou e me derrubou no chão.

Felipe- Hey cara! Calma. -Se aproximou do Bruno, que ainda me encarava com ódio em seus olhos, (o que era bem nítido).

Bru- PARA DE MANDAREM EU TER CALMA! -Gritou.- ELES MANDAM EU MATA-LO.-Bateu em sua cabeça.

Felipe- Não cara, respira fundo. Você não quer voltar para a sala branca, ou quer? -O segurou.

Bru- Não...-Andou até uma parede e escorregou-se nela.-Eles me machucam lá...

Notei que eu já tinha que ir embora, já que a minha parte foi feita. Ser à cobaia. Me levantei e caminhei até a porta da garagem, dei uma última olhada para trás. Me sentia ruim em ver meu melhor amigo daquele jeito, encolhido na parede e dando tapas em sua cabeça.

[...]

Assim que cheguei em casa fui direto para o banheiro. Tirei minha roupa e liguei o chuveiro. Me arrepiei ao sentir a água gelada escorrer pelo meu corpo. Enquanto a água caía em meu corpo meus pensamentos foram para longe.

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Nick- Eu estou com medo. -Chorava, enquanto apertava um brinquedo contra os meus braços.

Xxxx- Vai ficar tudo bem Nick. -Ela me deu um beijo em minha bochecha.

Ficamos mais alguns minutos dentro do armário, até que resolvemos sair para ver se Bruno já tinha voltado ao normal. Andamos até o quarto em que ele e Felipe estavam, antes de entrarmos ouvimos um grito e, logo depois um choro.

Mamãe correu até nós e perguntou se estávamos bem, assentimos e a mesma abriu a porta, dando mais um grito.

Felipe- NÃOOOOOOOOO! -Gritou e chorou. -Tia! -Pulou em seu colo e chorou mais.

Mãe- Fique calmo pequeno.  -O abraçou e o trouxe até nós.

Xxxxx- O que aconteceu Fe? -Perguntou o olhando.

Felipe- Meu gatinho... -Respondeu e voltou a chorar.

Mamãe não nos deixou entrar no quarto, mas eu queria. Por que Bruno não tinha saído ainda? Por que Felipe chorava pelo seu gatinho? Afinal... Onde ele estava?
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Minhas memórias foram interrompidas, ao ouvir alguém esmurrar a porta do meu quarto. Enrolei uma toalha em minha cintura e saí do banheiro.

Abri a porta e fui surpreendido pela única pessoa que eu não esperava.
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EAE PORRA! DEMOREI MAS EU AINDA ESTOU VIVA! Sorry gente, minhas aulas vão voltar dia 26, tive que comprar meu material e foi uma correria. Acabei esquecendo😂
Espero que tenham gostadooo💜

BEIJO NA BUNDAAAA❤️️

*A Nerd e o Popular*Where stories live. Discover now