O vaso importante

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cap.12

Abro meus olhos com um pouco de dificuldade, e levo um susto ao observar o lugar que estou, sento na cama e me lembro que é a casa de Richard, ouço batidas na porta, e um '' O café está pronto'' do outro lado, pego minha toalha e o uniforme e vou para o banheiro, tomo um banho gelado mesmo por não querer ficar mexendo no chuveiro, me troco e vou para a cozinha, Lizze e Richard já estão tomando café.

-Bom-dia! –digo sorrindo.

-Bom-dia! –ambos dizem, faço um pão e tomo um copo de suco de laranja.

-Eu irei te levar na escola, ok? –Richard diz.

-Ok. –digo, e vou para o quarto colocar meu tênis, jogo a mochila nas costas, e entro no carro.

-Lizze vai à pé? –pergunto.

-Não, ela passa no namorado dela para levá-la. –ele diz.

-A sim. –digo e fico observando o caminho, chegamos na escola e alguns alunos ficam encarando e estranhando pelo fato de eu estar vindo com um professor, isso acho que seria o mais constrangedor para os alunos, por que professor e os alunos se odeiam, pelo simples fato de os alunos serem atentados demais, e os professores por não estarem nem aí, e só se preocupando em cumprir seu horário, acho que Richard é o único que se importa e o mais legal, pego meu celular e falta 10 minutos para começar a aula. Vou para o corredor e Matheus está indo para sua sala, dou um pulo em suas costas e o mesmo se assusta e caímos no chão dando risada.

-Meu Deus Diana, que susto. –ele diz rindo e pondo a mão no coração.

-Desculpa amor. –digo e ele me ajuda a levantar. Fomos para a frente da minha sala e ele encosta na parede.

-O juiz concedeu minha guarda provisória para o professor. –digo sorrindo.

-Nossa, que bom. –ele diz me abraçando e me beijando, fico dando beijinho no rosto dele e ele fica virando a cara.

-Está tudo bem? –pergunto. –Você está estranho.

-Está tudo bem sim. - ele diz.

-Eu ganhei um celular dele, anota aí seu número. –digo entregando meu celular para ele, ele anota e me da um beijo e sai, por que a professora chegou, vou para o meu lugar e me sento, putz esqueci de agradecer a Nathália, tenho certeza de que ela que falou com o Matheus. Jogo um giz em Nathália na intenção de chamá-la, ela procura com o olhar e para em mim, cerra os olhos, e faço sinal para ela vir aqui, e ela vem.

-O que foi? –ela pergunta.

-Queria te agradecer, tenho certeza que você conversou com Matheus.

-A, de boa. –ela diz.

-Eai, e o seu pai? –pergunto.

-Meu pai..continua sem me dar atenção. –ela diz abaixando a cabeça. –Mas eu to bem.

-Sinto muito.. –digo, ela fica me olhando por um instante, e pisca e respira profundamente como se estivesse tentando evitar que algumas lágrimas saiam, mas é inevitável, ela disfarça e limpa o rosto, respira novamente e vai para o seu lugar. O tempo passa e o recreio chega, vou para meu cantinho onde sempre fico com Matheus.

-Oi. –ele diz chegando de surpresa, nossa nem vi ele vindo.

-Olá. –digo dando um beijo nele, ele senta do meu lado me abraça e fica com a cabeça baixa, o que será que aconteceu com ele.

-Vai me dizer o que aconteceu?-pergunto.

-Não aconteceu nada, só estou com uns problemas em casa. –ele diz.

Querido ProfessorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora