O vôo

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Sei viver tanto quanto um passarinho em sua gaiola, que não enxerga nada além de um horizonte desconhecido, mas não sou como este passarinho que solto voaria sozinho.

O passarinho vive prisioneiro sem escolher estar, sujeito ás grades que não pode transpor rumo à liberdade, e eu na verdade, vivo presa á essas grades que não posso tocar.

Grades que invento, talvez, para não sentir-me só.
Grades para não enfrentar o mundo, para não viver as dores, para não sofrer amores.

Por ter medo de enxergar um mundo maior e imenso.
E não querer voltar, e penso,
no que vai ficar para trás de você e de mim mesmo.

Mas o que é a liberdade?
Impossível conceituar, correr, viver, sofrer, amor e não amar?
Ou então, escolher em que lado da grade prefere estar?

Ao passarinho basta uma fresta para ser livre e voar e eu com minhas asas, diante da janela aberta, decido ficar...
Certas pessoas não sabem ser livres!
Ou apenas precisam das asas certas para aprenderem á voar!

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