A Dor de um Segredo - Capítulo VIII

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...CONTINUANDO


Horas Depois...

Deitado na cama com a cara inchada escuto a campanhia tocar. Desço correndo e ao abrir a porta me deparo com a Karina e um policial ao lado dela. Ao olhar direito vejo que é o pai dela. Ela entra e me abraça.

- Vai ficar tudo bem. – Falou Karina

- Preciso que você seja forte garoto. – Falou o Pai dela.

- Eu já até imagino o que seja. – Falei.

- Podemos entrar? – Perguntou o Pai da Karina.

- Sim! – Falei já com os olhos cheio de lágrimas.

Eles entraram e eu fechei a porta.

- Sentem-se! – Falei mostrando o sofá.

Os dois sentaram-se e o pai dela logo foi falando.

- Seus pais onde estão?

- Meu pai tinha viajado, minha mãe ligou dizendo que tava indo rebocar o carro dele, eu escutei vários tiros e a ligação que tava ruim caiu e desde então não sei mais nada. – Falei me desesperando.

- Seja forte Miguel! – Falou Karina

- Pra você está me dizendo uma coisa dessa é porque aconteceu algo. Falem logo o que aconteceu.

- Seus pais foram vitimas de Latrocinio Miguel. – Falou o pai de Karina.

Aquela frase foi devastadora para os meus ouvidos. Meus pais tinham sido vitimas de roubo seguido de morte.

- Como ocorreu isso? Não. Não pode ter sido. Diz que é brincadeira Karina.

- Não, não é Miguel. – Falou ela chorando.

Uma forte dor inundou meu peito devastando o meu ser. Nunca imaginei que um dia isso fosse acontecer e que fosse dessa forma tão brutal. Acabei desmaiando e sendo socorrido pela Karina e seu Pai.

Alguns minutos depois retornei a vida e então a ficha estava caindo de que não mais teria meus pais comigo. Só então me dei conta de que faltava menos de duas semanas para eu fazer 18 anos e ser dono da minha vida. Só então percebi que uma data tão importante para mim eu estaria só. Meus outros familiares não moram aqui, outros nem existem mais.

- Vamos lá pra casa, você passa uns dias lá e depois você vê o que vai fazer da sua vida. – Falou Karina.

- Ok! Tudo bem...

Subi as escadas e fui para meu quarto. Peguei uma mochila e colquei algumas coisas básicas para alguns dias fora de casa. Alguns minutos depois desci as escadas, tranquei a casa e o Pai da Karina falou.

- Pode ficar tranquilo que eu ajeito pra você todas as burocracias para o enterro.

- Ficarei eternamente grato ao senhor! – Falei.

Saimos de casa, entrei no carro e fomos direto para a casa deles. A mãe da Karina foi super atenciosa comigo.

- Filha, mostre a ele onde fica o quarto de hospedes.

A Karina pegou na minha mão e me mostrou onde ficava o quarto.

- Sei que não é uma hora boa, mas tenho uma novidade pra te contar.

- Conta assim mesmo! – Falei.

- O Kelven e eu estamos namorando.

Tamanha foi minha surpresa. Como assim Brasil? A Karina e o Kelven juntos?

A DOR DE UM SEGREDOWhere stories live. Discover now