A Dor de um Segredo - Capítulo VI

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... CONTINUANDO

Depois de transarmos eu acabei dormindo, porém eu fui acordado com um grande barulho vindo da sala. Levantei e procurei me vestir. Fui até a sala ver o que estava acontecendo e qual a minha surpresa? O Kelven estava na sala. Para que ele não me visse procurei me esconder atrás da pilastra e tentar ouvir o que eles falavam.

- Então é isso né? Você vai fazer com ele o que fez comigo. – Falou Kelven com ódio no olhar.

Hã? Como assim Brasil? O que o Bernardo fez com o Kelven? Isso me despertou e muito a curiosidade.

- Deixa de ser criança Kelven! Tu acha mesmo que ele vai querer ficar contigo um pivete que mal saiu das fraldas e que não tem coragem de assumir quem realmente tu és. Tenha paciência.

- Você é um doente! E vai fazer com ele o que fez com todos os outros.

- Ai que você se engana! Com ele é diferente...

- Diferente porquê? Porque a família dele tem grana? Você é um vigarista cretino e safado. Um lixo de ser humano. Seu doente.

Nesse momento escuto o som de um tapa ecoar na sala.

- Você lave sua boca para falar de mim seu pirralho.

- Eu sei que foi você que causou o acidente que matou nossos pais.

Meu mundo caiu e me fez ficar assim... Perplexo! Assim me senti. O Bernardo é irmão do Kelven.

- Então prove! Quando você provar a gente conversa.

- Você está usando o Miguel para ficar com a herança dele. Afinal o que nossos pais nos deixaram você torrou quase tudo.

- Você não sabe de nada moleque, eu amo o Miguel e é com ele que vou ficar. Queira você, ou não. Sinto muito maninho, mas o amor dele você nunca vai ter.

- Eu posso até não ter o amor dele, mas eu vou abrir os olhos dele em relação a você. – Falou Kelven.

- Sai da minha casa agora! E se você atrapalhar a minha vida eu dou um jeito de ti tirar de cena pirralho. – Falou Abrindo a porta da sala.

- Vai mandar me matar como fez com nossos pais? – Indagou ele.

- Eu disse fora! – Falou Bernardo mostrando a saída.

Eu não estava acreditando naquilo. Mas como eu sou medalha de ouro em me envolver em roubadas, fiquei com medo de ser a próxima vitima. Corri para o quarto peguei minha coisas e pulei a janela antes que ele aparecesse.

Corri pra casa e me tranquei. Joguei a mochila no sofá e corri para o banheiro. Precisava tomar um banho, pois estava me sentindo sujo. Tirei a roupa e entrei no chuveiro.

Estava quase terminando de tomar banho quando escuto a campanhia tocar. Dever ser ele, pensei. Fiquei calado esperando que ele desistisse e fosse embora. Após alguns minutos a campanhia para de tocar. Eu termino de me enxugar e saio do banheiro. Para minha tristeza e infelicidade ao sair do banheiro dou de cara com ele.

- O que você está fazendo aqui? Como conseguiu entrar ? – Indaguei surpreso e com o cu piscando.

- Porque você foi embora e nem se despediu de mim? Porque não atendeu meu telefonema? Porque não abriu a porta pra mim?

- Invasão a Domícilio é crime! Se não sabia, fique sabendo.

- Opa! O que foi que aconteceu?

- O que aconteceu é que não podemos ficar mais juntos. – Falei e fui até o guarda- roupas pegar um calção.

Ele me agarrou por trás, me virou e olhando em meus olhos perguntou.

A DOR DE UM SEGREDOWhere stories live. Discover now