Os benefícios da paternidade

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– Primeiro, que você não é quebrado, Louis. Mesmo que não pudesse gerar filhos, você não seria. – A beta se justificou. – Eu sei que essa é uma dor que você sempre vai carregar e até entendo, você sempre bateu no peito para gritar ao mundo que era ômega e perder o bebê te deu a impressão de que você era menos ômega ou qualquer coisa nesse sentido, mas não é assim, você sabe que não. E tem uma linda garotinha aí dentro, não há com o que se preocupar.

Gemma surgiu correndo no quintal, com Harry logo atrás dela. Eles se agarravam e derrubavam um ao outro no chão, rolando de um lado para o outro em uma briga cheia de rosnados e risadas. Quando a alfa conseguiu levantar, Harry correu até a ela e a agarrou, pulando na piscina gritando como o Tarzan.

Zayn acordou em um salto, o que fez sua filha caçula gargalhar pelo susto que o pai levou. O beta fechou a cara bravo e a menina, que tinha todos os traços da família Malik, exceto os olhos, que eram claros como os de Perrie, fez um biquinho fofo, o que fez o pai bicar seus lábios e sorrir tendo as mãos gordinhas de Diana em seu rosto.

– E essa é a parte boa da paternidade. – Perrie abriu um sorriso para os dois.

– Louis. – Ashton me chamou. – Não encare a preocupação do Harry como algo ruim ou como medo. Eu não entendo muito de biologia, mas eu sei que é uma coisa dos alfas isso de se preocupar o tempo todo com seu ômega e nem posso imaginar o quanto isso se intensifica quando se tem um filhote. Harry não acha nada disso sobre você. Acho que ele só quer garantir que a experiência seja tão boa para você quanto é para ele. – Me surpreendi pelas palavras do alfa mais novo e Liam concordou com a cabeça.

– Ashton tem razão. Eu realmente queria fazer parte das gestações do Niall e não queria que ele sofresse demais, por isso eu ficava o tempo todo perto, tocando-o e vendo se estava tudo bem. Nós fazemos isso por natureza, por instinto de proteção e com os filhotes é ainda mais forte. – Ele olhou ternamente para o garotinho que sugava a mamadeira em seu colo.

– É, acho que ele só está deslumbrado com tudo isso. – Suspirei vendo a guerra de água que os dois irmãos faziam. – E tenho certeza que ele amaria estar no meu lugar. – Ri baixo.

– Certeza que o sonho da vida dele é ficar grávido. – Liam concordou e nós rimos, colocando um ponto final no assunto não tão agradável.

Liam entrou na piscina com os gêmeos no colo, sorrindo feito bobo para a festa que os dois faziam batendo as mãos na água. E Niall finalmente se sentou junto de nós, com uma garrafa de cerveja nas mãos.

– Você deveria beber? – Eu questionei, erguendo a sobrancelha para ele.

– Não, eu ainda estou amamentando. Então não conte ao Liam.

– Niall... – Eu o alertei.

– É só uma, eu prometo. Eu estou cansado e faz tanto tempo que não bebo... – Ele fez uma carinha tão tristonha que eu apenas sorri, concordando e ele voltou a se deitar na cadeira, fechando os olhos e relaxando.

– Cadê as meninas? – Perrie perguntou após um tempo. Olhamos ao redor e não encontramos Rose ou Elisa.

– Sério, tem alguma coisa conspirando contra o meu descanso hoje. – Niall resmungou e eu ri nasalado.

Perrie gritou o nome da filha, que apareceu rápido, andando em nossa direção com uma expressão assustada, branca feito papel, como se tivesse visto um fantasma. Rose vinha pulando logo atrás, com um sorriso travesso nos lábios.

– O que houve? – A beta perguntou à filha.

– Nada. – Rose disse logo, com uma carinha tão inocente que estava na cara que ela aprontou algo.

After the dream - l.s (a/b/o)Where stories live. Discover now