Capítulo 7 - Respostas

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  Era sexta-feira quando o tempo parou de andar numa vagareza eterna. E eu realmente não tinha cabeça pra nada que não fosse a chegada do fim de semana. Era mais do que importante para mim. Se tratava de uma questão de vida. Sobre a vida.

A semana foi resumidamente como costuma ser. Aulas, leitura, eu, Alexy e Rosa dividindo nossos lanches no intervalo, a tensão óbvia entre Castiel e eu e muitas conversas banais sobre... Qualquer coisa.
  Meu aniversário já havia passado então as coisas nunca pareceram tão distantes. Eu busquei usar os presentes dos meus amigos, agradecer a quem ainda não havia, e com certeza, sobreviver até sábado.
Eu não pretendia adiar isso até domingo. Eu ia descobrir o que estava acontecendo de uma vez.

- Filha, seu pai fez o jantar. Vem? 

Minha mãe chegou a porta do meu quarto enquanto eu observava fixamente minha pasta-papelaria. Mais especificamente, tudo que eu vinha escrevendo nela, como um mini diário,  e também pequenas anotações sobre o que eu devia fazer. 

  Me levantei e fui em direção a cozinha. Meu pai fez carne assada com molho e batatas douradas acompanhando. Nós dois cozinhávamos melhor em casa, mamãe não era tão aplicada na arte da culinária e normalmente estava bem ocupada. Então as refeições eram por nossa conta, e ela cuidava dos lanchinhos.

Toquei na minha comida com uma certa calma o que aparentou um certo desanimo pros meus pais.

-Tem algo de errado com sua comida, minha filha? - perguntou meu pai. Ergui os olhos do meu prato e neguei.

- Ah, não, não! Está tudo ótimo. - disse colocando uma enorme garfada na boca. - Uhumm!

- Haha, sim. Você só estava distraída. - disse mamãe rindo.
 
E ela nem sabia como...

Terminei meu jantar e lavei a louca. Minha mãe disse que secaria e então segui para o meu quarto, em direção a minha pasta e minhas anotações.

Comecei a ler o que havia escrito:

Comecei a ler o que havia escrito:

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Observei bem minha letra no papel...

- Que ridículo... - falei me jogando pra trás. 

"Estou tão cismada com isso que vou acabar fazendo besteira. Se acalme, SE ACALME!" 
  Nisso, levei minhas mãos ao topo da cabeça e me recordei de estar segurando a caneta da Peggy, com a qual estava escrevendo.

"... Se pra me acalmar devo me dar segurança, então farei isso."

Meu pai com certeza é quem melhor sabe, mas Alexy, Armin e Nathaniel tem noção de que amo mistério e investigação dentro de filmes, séries, jogos e livros. Isso certamente me trouxe algum conhecimento sobre.

Ajustei bem a mini-câmera da minha spy-pen e testei o gravador. Eu deixaria ele ligado na hora do encontro. Peguei um papel da pasta-papelaria e escrevi nele:

"Ajuda!" com meu nome e o telefone de casa.
  Parece algo bobo, mas realmente, se você se encontrar numa situação perigosa e deixar algo pra trás, ao menos a chance de alguém poder te ajudar é maior. Fiz isso na melhor das intenções se tratando da minha segurança apenas, porque na verdade... Eu já deposito confiança naquela senhora.

Twin Heart  - Coracão GêmeoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora