Ruas! VOLTEI!

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- COMO É?

Meu grito desesperado chama mais atenção do que deveria. Mas fala sério; Tártaro? Caos? O que raios eu posso fazer contra esses dois?

Ok, ok. Tenho dois semideuses muuuuito fortes do meu lado. Estou no acampamento só a dois dias (e algumas horas), e já ouvi histórias suficientes sobre a outra guerra, para chegar a algumas conclusões. Como: Nico Di Angelo é um dos semideuses mais poderosos de todos os tempos. E isso não é só uma conclusão, é um fato. As historias são bem doidas, e me assustam um pouco. Mas pensar em sair em missão com ele, faz as histórias parecerem piada. E Maya... Bem... Ela já é aterrorizante por si só. E muito poderosa.

É, só acho que sou um peso morto na missão.

- Ei! Para de gritar, idiota. - Diz Maya, dando um tapa na minha nuca. - Vão ficar olhando, droga.

Nico simplesmente gira os olhos.

- Olhem, eu sei. - Ele respira fundo, como se tentasse se acalmar. Depois olha na mesa de Apolo, onde Will o observava ansioso. - Vamos conseguir um plano, prometo.

- E de preferencia um que inclua não acordar o Caos. - Digo.

- Fechado. - Dizem Nico e Maya simultaneamente.

Bem, já da para imaginar que o plano não veio flutuando lindamente em nossa direção. Então saímos do Acampamento meio as cegas mesmo (e dessa vez sem saltar de um ônibus em movimento, porque Nico não é pobre que nem eu, e nem louco).

- Para onde vamos mesmo? - pergunta Maya, sentada em um assento ao meu lado. Nico estava no outro assento, atrás de nós, do lado de uma mulher Hipster que cochilava, encostada na janela.

- Nos encontrar com o pessoal do Acampamento Júpiter. - Diz Nico pensativo. Ele já é na dele, mas desde a despedida nada discreta, mas super sincera entre ele e Will, o garoto da morte anda mais assustador e quieto do que nunca, mesmo com Maya dizendo a Will que prometia que voltaríamos vivos. - Reyna... Tenho certeza que ela pode ajudar.

- Acampamento Júpiter. Não acredito que existam dois acampamentos e eu não sabia de nenhum. - Maya cruza os braços, em total irritação. - E quem é Reyna?

- Uma amiga. - Retruca Nico, um tanto... Agressivo. Maya recua levemente com a reação dele. Ele liberava uma aura estranha. Visível até para mim.

- Nico, está tudo bem com você? - Pergunto, tentando parecer o mais casual possível.

- É. - Ele fica com os olhos encharcados. Mas move a cabeça para que não possamos ver. Acho que tem algo errado com ele, e estou com muita raiva por não poder ajudar. Suponho que tem algo a ver com Will, mas por ter amor a minha vida, prefiro não perguntar. Imaginei que já que como Maya é meio suicida, ela perguntaria. Mas o rosto dela demonstra uma espécie de compreensão entristecida. Fico em duvida se pergunto o que estou perdendo ou se fico calado. Opto pela opção mais segura. A primeira.

Brincadeira.

A viagem prosseguiu irritantemente silenciosa. Depois de ficar entediado umas vinte vezes, pergunto quanto falta para chegar. Aí me lembro que não sei onde estamos indo.

- Afinal, quando chegaremos e onde chegaremos?

- Na cidade. - Diz Nico, distraído com seu anel.

- Ok, já entendi essa parte. E depois?

- Bem, acho que deveríamos esperar lá por Reyna, mas eles estão seguindo pelo Brooklin, já que os outros caminhos foram praticamente barrados por monstros.

- Mas o Brooklin também está lotado de monstros. - Digo, gesticulando feito um doido com as mãos. Não queria voltar para casa. Não queria nem passar perto de casa. Nunca mais.

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