─ Quer fazer eu me atrasar né? ─ ele sussurra em meu ouvido e roça seus dedos na tira da minha calcinha.

─ Eu? ─ me faço de desentendida. ─ Jamais, senhor brutamontes.

─ Se eu não tivesse compromisso às uma e quarenta eu faria esse desentendimento todo desaparecer.

Me viro e o encaro, ele sobe em cima de mim. Quando vou protestar Bruno me arranca um beijo cheio de calor, seus lábios encostam nos meus causando um tipo de corrente elétrica, sua língua brinca com a minha e mue fôlego é perdido em questão de segundos. Aquele beijo acende meu fogo na hora, e quando vou enlaçar minhas pernas ao redor da sua cintura ele sai dali.

─ Depois vamos dar término à isso... eu estou atrasado ─ ele vai até o closet o abrindo e retirando de lá uma camisa social escura, uma calça jeans lavagem clara e seu sapatênis branco, o mesmo se vestiu rápido enquanto fiquei o admirando.

O observei abotoar sua camisa social em seu corpo perfeito, pentear os cabelos e passar perfume. Ele em seguida me fitou passando o cinto pela calça e abriu um sorriso.

─ Tô gatão? ─ pergunta indo pegar sua mochila.

─ Tá, mas tem que ficar gatão só pra mim.

Ele vem até onde estou e me beija rápido.

─ Mas é justamente só pra você. Vou indo, umas seis da tarde estou de volta, te amo ─ sela nossos lábios mais uma vez e se vai.

─ Beijo, te amo também ─ grito me jogando na cama e rolando.

Depois de um tempo ali ainda sentindo o cheiro de Bruno pelo ar, resolvo tomar um banho pra então poder dormir.

Eu, Arthur e Léo combinamos de comprar as fantasias pela tarde e concordei com a idéia.

Mas enquanto não chegava a hora de irmos pro shopping fui cochilar um pouco.

***

Lá pelas três e meia nós fomos no shopping. O clima de halloween ainda era predominante, mas algumas lojas já estavam aderindo as decorações natalinas.

Fomos em uma loja de fantasia, e fui vendo diversas por ali. Os meninos foram em busca da ideal pra eles enquanto eu fui atrás de uma pra mim e Bruno.

Acabou que Léo decidiu ir vestido de mestre-cuca tipo Havaí, Arthur de cowboy, Diego havia pedido uma fantasia de policial e Peter de médico, quem mais economizou foi Peter que já tinha sua fantasia em casa. Eu estava bastante indecisa quanto minha fantasia, mas no final escolhi ir de anjinho e peguei uma fantasia de Deus Grego pra Bruno.

Fomos lanchar e paramos num banquinho enquanto Arthur foi pagar o estacionamento. Léo comia um sundae mas eu já estava cheia pra roubar o sorvete dele.

Meus pais me ligavam pelo skype, atendi em imediato com um sorriso imenso no rosto. Era meu pai.

─ Peixinho do papai! ─ ele sorriu e mostrou a cerveja importada na câmera, estava bebendo. Eu apenas sorri sentindo meus olhos nublados pelas lágrimas, sentia tanta saudade dos churrascos que ele fazia lá em casa.

─ Oi, pai! Que cerveja é essa? ─ ele para pra ler o nome da cerveja e me olha cerrando os olhos.

─ Eu lá sei, peguei a que tinha o teor alcoólico maior ─ gargalha e me provoca uma gargalhada também. ─ Tá no shopping? Cadê o pinto pequeno do seu primo?

─ Pagando o estacionamento ─ rolo os olhos. ─ Cadê a mamãe?

─ Tomando banho, estávamos acasalando, você sabe... ─ ele pisca e gargalha. ─ É brincadeira meu amor, ela está lavando os cabelos.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now