Reporte de sessão VI - Enora e o prisioneiro

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O homem viu o mundo girar, pensava se estava vivo ou morto quando viu uma mulher maravilhosa ao seu lado, com o corpo quase todo a mostra.

É, muito provavelmente estava morto.

— O mundo dá voltas, não é?

Ele não entendeu o que aquilo queria dizer, sentia uma dor de cabeça terrível, o que era uma notícia boa, talvez não estivesse morto, apenas tivesse caído bêbado.

Não, ele lembrava do ataque de kobolds. Da falta de resistência das pessoas, de como não queriam que ele lutasse... e então... breu.

— A culpa foi toda sua! Se não fosse por você e aquela sua amiga, meus pais estariam vivos!

Uau, aquela mulher estava furiosa..., mas do que diabos ela estava falando?

— Não importa. — A mulher sorriu. — Você será um sacrifício perfeito.

Ah, um sacrifício, fazia sentido....

Espera... sacrifício?

— Ei! Eu... não fiz... nada. — Era difícil falar, ele sentiu algemas nos pulsos e tornozelos.

— Acalme-se, tudo vai acabar logo.

A mulher levantou uma espécie de lança e atingiu a cabeça do homem com o cabo.

***

Os quatro aventureiros seguiram o túnel, aos poucos avistavam a entrada de uma câmara. Entraram nela e acharam o que procuravam.

Não tinham dúvidas de que a mulher sentada no trono de pedra e peles era Enora. Eles esperavam literalmente uma mulher-dragão, uma criatura hibrida e aterrorizante..., mas não era bem assim.

Era uma mulher linda, cabelo louro com uma tiara de ouro. Botas negras que iam até as coxas, enfaixadas de maneira desleixada. Suas luvas seguiam o mesmo ritmo.

Ela usava um vestido negro, que deixava mais a vista do que escondia, e um biquíni de escamas de dragão por cima. Uma maquiagem negra sobre os olhos e a boca, um sorriso gracioso no rosto e uma lança na mão.

Estava cercada por alguns kobolds e dois lobos. Ao fundo o grupo viu um homem inconsciente, ele estava acorrentado sobre um altar.

— Olá.... Esperem, vou adivinhar. Vieram acabar comigo. — Ela gargalhou. — Não façam isso, sou uma pobre orfã.

— Você está abusando das pessoas de Hassembluff! — Bolton sacou sua espada. — Sacrificando pessoas em nome do seu deus. Não permitiremos isso!

— Eu? Juro que não faço isso. — Ela tinha um sorriso cínico no rosto.

— Aaah... e aquele cara? — Aron apontou para o homem desacordado.

— Ele? É meu companheiro. — Ela piscou.

— E as correntes? — Najla cruzou os braços e levantou a sobrancelha.

— Aaahh... Fetiche?

A mulher voltou a rir, riu cada vez mais alto, e limpou uma lágrima que escorreu dos olhos, parecia realmente se divertir com aquilo. Então suspirou e se levantou.

— Muito bem, agora vocês morrem.... — Ela olhou para as criaturas a sua volta. — Queridos, matem eles.

Bolton incitou Meirelles e avançou contra os lobos, Zanshow veio no seu encalço. Najla e Aron tomaram conta dos kobolds que iam ficando mais fortes a medida que a mulher-dragão os enchia de magia.

Assim que os lobos caíram o halfling e o orc cercaram Enora. Ofegavam e sangravam, mas tinham as armas firmes. A mulher balançou a cabeça, desapontada, e em um movimento rápido, girou a lança, atingindo os dois. A lamina cortou a testa do cavaleiro, o cabo atingiu o queixo do samurai.

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