Capítulo 2

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Pov – Danny

Me encosto no pilar próximo a árvore para assistir os pequenos abrindo presentes. Não é como em Nova York, nada de gorros e luvas ou neve pintando de branco a cidade que nunca dorme, mas eu gosto mesmo assim. Sinto saudade de quando eu estava sob a árvore. Ávido por meus brinquedos, lutando com Potter por um pacote enquanto ele se divertia rasgando todos os papeis de presentes sem se importar com o dono.

Depois passar o dia arrastando brinquedos pela casa, olhando os brinquedos dos irmãos e os primos, trocando, brincando juntos. Comendo bobagens.

Ainda ganho presentes como na infância, meu pai não nos deixa crescer. Tem sempre meias penduradas na lareira em Alpine e quando voltar para casa papai Noel vai ter deixado algo lá. A menos que Potter tenha roubado a meia como já aconteceu algumas vezes.

―Me devolve Potter! – Thiago corre atrás do cachorro que foge um uma bola na boca. Os olhares recaem sobre meu pai. Nada, nenhum constrangimento na situação. Seus olhos dizem que o pobrezinho só queria brincar. – Danny minha bola. – Thiago me pede e descruzo os braços e dou meia volta. Lá vou eu atrás do cachorro.

Sempre sou eu. Esse negócio de ser mais novo é problema. Sempre tudo acaba sobrando para o Danny.

―Potter! Potter! Olha o que tem aqui! Quem quer passear? Passear? – Logo ele surge correndo com a bola na boca. A palavra passear tem poderes mágicos sobre o meu irmãozinho peludo. Retiro a bola de sua boca, ele furou é claro. – Olha o que fez? O Thiago vai ficar triste.

Ele abana o rabo, capricha no olhar de arrependido e me enche de pena o grande safado. Como pode ser capaz de me iludir desse jeito?

―Vamos. Não tenho certeza se vai funcionar com o Thiago, mas não deixe de tentar. – Funciona, Thiago começa bravo e termina rindo e atirando a bola para Potter que atropela tio Nick na correria de busca-la.

―Dentro de casa não filho. – Josh corrige Thiago. Josh é o irmão mais velho de todos nós. Em teoria é irmão de July, Ryan e Bárbara, na prática é irmão de todos.

Emma e Alyssa dividem uma rabanada sentadas nos degraus da escada de mármore. A rabanada é típica do natal e mesmo com calor, sol e comida grega ela é obrigatória nas manhãs de natal.

―Uhuuu! Olha que rasante papai! – Um mini helicóptero sobrevoa a sala e desvio um segundo antes dele me acertar.

―Theo-rex no jardim eu já disse! – Bia ralha com ele.

―Theo-rex mamãe? – Ele pergunta rindo quando com o controle remoto evita um acidente fatal, pelo menos para a árvore de natal seria fatal.

―Luka! – Bia reclama. – Olha o que faz comigo? Chamei ele de Theo-rex.

―Dinossaura ele é seu filho, não tem problema. – Luka responde pilotando um velocípede motorizado com as pernas para cima. – Cuidado vovô.

―Luka, no jardim. – Tia Lissa reclama. – Eu avisei, todas as crianças no jardim.

―Agora é minha vez vovó. Vai Luka. Deixa eu um pouco! – Bárbara pede.

―Luka deixa a Bárbara tentar um pouco. – Meu tio Leon pede.

―Papai ela é grande para esse aqui. O brinquedo é do Daren. Tudo é Bárbara nesse mundo! – Ele deixa o brinquedo. – Eu que sou seu filho sabia?

―Já chega. Fora crianças. Todos para o jardim. – Minha mãe acaba com a confusão e fico em dúvida se sigo as crianças ou fico com os adultos.

Paixões Gregas - Um Amor como Esperança (Degustação)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora