Despertar da paixão

1. Um casamento forçado não vai me fazer feliz

(Ana narrando)

Eu estou deitada na minha cama, rolando o feed do Instagram quando Lu entra no meu quarto com uma bandeja em mãos com o meu jantar.
- Ana, seu pai está te chamando na sala de estar.- ela diz colocando a bandeja sobre a cama.
- Obrigado, diz que eu já vou descer.- digo com um pequeno sorriso.

Eu como rápido e agradeço a mim mesma por não ter colocado o pijama ainda. Desço as escadas prendendo meus cabelos escuros pois estava todo bagunçado, e vejo que meu pai tem visitas, na sala estão o meu pai, a víbora da atual mulher dele, um amigo dele chamado Jorge e o filho dele que não lembro o nome.

- Boa noite a todos, o senhor mandou me chamar?- pergunto ao meu pai.
- Sim, eu queria apresentar você ao Jorge e ao Pedro, seu noivo.- ele falou e vi um riso no rosto da Bruna, minha madrasta.
- Como assim, noivo?- pergunto já sentindo uma raiva crescer dentro de mim.
- Você vai se casar com ele, Ana.- Bruna diz rindo.
- Ah, mas eu não vou mesmo!- falo já me virando e voltando para o meu quarto.

Me joguei na cama e fiquei pensando em tudo que já me aconteceu na matéria de amor, meu primeiro namorado me traiu com outra mulher e depois, o terceiro, descobriu que era gay enquanto namorava comigo, o único problema foi que ele começou a ter casos com outros homens e continuou namorando comigo, quando eu descobri, ele disse que foi apenas alguns casos para ele ter certeza se gostava mesmo de homens ou era só uma fase.

Estava perdida em meus pensamentos quando meu pai entra no quarto.
- Ana Carolina Germain, agora vamos conversar.- ele falou se sentando na minha frente.
- Não temos nada para conversar, eu já tenho dezenove anos e sei fazer as minhas escolhas sozinha. Não vou me casar com um cara que eu nem conheço.
- Garota, ele é seu pai e o que ele mandar você vai fazer e ficar quieta.- a víbora fala da porta do meu quarto.
- Que tal deixar sua víbora de estimação de fora da conversa, papai?- falo irônica, encarando meu pai.
- Ana, você mora debaixo do meu teto, e você vai fazer o que eu mandar.- ele falou irritado.
- Não tem problema pai, eu saio debaixo do seu teto se for preciso.
- E vai para onde, Ana Carolina?
- Não sei, talvez para a casa do Léo.- Léo é o meu melhor amigo.
- Para viver de favor? Por que você não aceita logo, são só dois anos.

*

Nós discutimos bastante e eu acabei cedendo, meu pai me vendeu para um homem a troco de uma dívida e vai me obrigar a casar com um homem que é um imaturo e irresponsável. As cláusulas do contrato são que não pode haver sexo, nem separação e se algum dos lados o quebrar, tem multa de dez milhões de reais.
- A última coisa pai: um casamento forçado não vai me fazer feliz. E eu sei que até hoje você me culpa pela morte da minha mãe no parto, mas você não tinha o direito de me vender a troco de uma dívida da vadia da sua atual mulher.- eu disse antes dele sair. Ele apenas abaixou a cabeça e saiu do meu quarto.

Eu tomei um banho longo, como sempre faço para pensar e depois peguei meu celular e contei tudo para o Léo, ele me entendeu e disse que se eu precisar eu posso contar com ele e essas coisas assim, depois eu deitei e fiquei pensando como seria viver casada com um cara que você não conhece.

Capítulo mais curtinho só pra dar um gostinho pra vocês, acompanhem os próximos capítulos!!!
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