7 - UM REENCONTRO QUASE FATAL

Começar do início
                                    

— Pode entrar. — responde Camila.

— Bom dia! — A Simone sorri ao entrar na sala.

— Bom dia, Simone! Como está?

— Estou bem! — caminha na direção da Camila, levanta a mão para cumprimentá-la — E a senhora?

— Estou bem! — A Camila se levanta da poltrona fazendo o mesmo gesto de cortesia — Mas vamos combinar uma coisa?

— Sim?

— Não me chame de senhora, me chame de você ou apenas Camila. Ok?! — diz sorrindo gentilmente para a Simone.

— Ok! — A ruiva retribui o sorriso.

— Sente-se. — A empresária aponta para a cadeira a sua frente, sentando-se, então continua — Antes de tudo, quero dizer que é bem-vinda à nossa empresa.

— Obrigada.

— Temos pendentes contratos com dois clientes e devido ao que aconteceu com o meu pai, infelizmente, não conseguimos nem ao menos começar com os trabalhos. No entanto, nós conversamos com eles e nos deram um prazo maior para realizarmos esses trabalhos, por isso necessitamos que você comece o mais rápido possível. Sei que é necessário um período para idealização desses trabalhos.

— Entendo. E estou disposta a começar imediatamente, desde que a senhora... Perdão... que você me autorize.

— Muito bom ouvir isso. Vou pedir para que os outros executivos se reúnam conosco para você conhecê-los, ficar a par de todos os detalhes, depois irá conhecer as instalações. Tudo bem?

— Sim.

— Só um minuto, por favor. — A Camila liga para a sua assistente — Diana, peça aos executivos e ao Júlio para irem à sala de reuniões, por favor.

— Estão todos reunidos na sala do senhor César.

— Certo. Avise a eles, então.

— Sim, senhora.

— Obrigada. — A Camila desliga o aparelho, volta a sua atenção para a Simone — Quanto ao seu contrato, acredito que estará pronto amanhã, pela tarde. Trouxe os seus documentos?

— Sim. Está tudo aqui. — aponta para a bolsa.

— Pois bem! Você irá entregá-los ao meu marido que é o vice-presidente administrativo. — A Camila se levanta — Agora, vamos para a sala de reuniões.

— Certo.

A Camila sai seguida de perto pela Simone que pergunta:

— Estava reparando na decoração e achei encantadora, principalmente o rolo de filme. De quem foi a ideia?

— Do meu pai. — para no corredor ainda perto da porta da sua sala, admira o desenho na parede deixando transparecer a sua tristeza. — Ele realmente era apaixonado por cinema.

— Sinto muito.

— Não se preocupe. — sorri — Gosto de me lembrar dele.

— Também sou completamente apaixonada pela sétima arte. — A ruiva sorri, deixando a sua alegria transparecer ao falar do assunto — Na verdade, desde que me conheço por gente, adoro tudo relacionado a cinema. Acho maravilhosa a habilidade que os cineastas têm de contar uma história, deixar o seu público, na maioria das vezes, vidrado na telona.

— Os seus olhos brilham tanto quanto os do meu pai quando começava a falar sobre a paixão dele.

— Que nada. — murmura corando e abaixa o seu olhar para o chão.

O Despertar dos Sentidos [LIVRO 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora