Capítulo 25.

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─ Vai querer o que? ─ Arthur me indaga.

─ Nada, tô de boa ─ digo sem fome.

─ Vai comer sim, já tá com essa de ficar sem comer de novo? ─ dessa vez Bruno fala. ─ Trás o almoço completo pra ela.

─ Eu não tô com fome ─ digo rolando os olhos pra Bruno.

─ Não se trata de estar com fome ou não, mas sim de comer e se cuidar, eu sei que não tomou café da manhã.

─ Comi uma maçã ─ faço bico.

─ Isso não é um café da manhã ─ ele diz e coloca o óculos na cara de novo. Idiota!

Eles começam a conversar sobre o carnaval e os planos mas nem dou muita atenção, fico mexendo no celular e vendo a foto nova que Duda postou com Ruan, os dois juntos e abraçados. Na legenda estava: Meu melhor amigo é meu amor! Eles sorriam, pareciam felizes, os dois se mereciam, deu até vontade de comentar: felicidades! Mas me segurei.

O almoço chegou e Bruno fez questão de me observar comendo, quase mando ele se foder, e só depois que terminei ele foi almoçar.

Ficamos brincando e rindo das palhaçadas de Diego e Arthur que pareciam um casalzinho, e quando terminamos todos de almoçar fomos beber água, comprar água e os meninos compraram mais cerveja escondidos pra irem bebendo.

Fiquei esperando eles encostada no carro, demoravam mais que eu no banheiro, e quem veio primeiro foi Bruno. A minha situação com ele estava chata e eu sabia disso, então tratei de me pronunciar.

─ Ei ─ o chamei e o mesmo me olhou e abaixou o óculos, olhei ele dos pés à cabeça, bermuda jeans lavagem escura, uma camisa cinza, os óculos escuro que pareciam ser feitos exatamente pra ele, a chinela e todo aquele charme e perfume que ele tinha.

─ Que foi, priminha?

─ Queria pedir desculpa por aquele dia, realmente peguei pesado ─ digo meio que olhando pro chão e ele ri.

─ Relaxa, priminha. Passado é passado, sei que você não fez por querer ─ diz e pisca entrando no carro.

Suspiro contando até 10 pra não encher a cara dele de murro. Tão sínico!

Logo os meninos vieram e todos pegamos estrada de novo.

Por conta do engarrafamento acabamos fazendo de duas horas, três indo pra Angra.

Estava de boa quando meu celular apitou.

Xxx ─ manda eles guardarem a bebida porque tem blitz lá na frente.

Lara ─ Tá, quem é mesmo?

Xxx ─ Eu priminha, o mais cabeça dessa turma louca.

Lara ─ Tá.

Aviso pra Arthur que logo entoca a bebida, passa perfume e saliva bala halls, mas a cara dele já entregava a embriaguez. Começamos a rir, felizmente a blitz só parou Bruno, coitado, e não a gente.

***

Uma e meia da tarde chegamos em Angra, havíamos saído onze da manhã, e estávamos todos mega cansados.

A pousada era de frente pro mar, tinha uma vista incrível, o mar era azulzinho e havia uma verdadeira paisagem maravilhosa de se admirar.

Fiquei boquiaberta quando descemos e pude olhar mais de perto. Minha nossa, era lindo demais.

Arthur me puxou levando as malas junto com os outros meninos, ele deu o nome na recepção e pegou as três chaves.

─ São três suítes, agora se fodam aí e escolham tudo ─ diz e logo começa a discussão de quem ia ficar sozinho em um quarto.

─ Eu sou a mulher ─ pego uma das chaves. ─ A única mulher daqui. Ou seja, eu fico sozinha no quarto.

Deixo eles lá com suas caras de taxo e subo atrás do meu quarto de número 33. É no segundo andar, quando abro vejo uma suíte maravilhosa, enorme e totalmente aconchegante.

O piso era todo em madeira, assim como as paredes, mas era aquela madeirs brilhante e bonita, era bem uma pousada de frente pro mar trazendo consigo todo aquele clima tropical, cada detalhe dali era lindo.

Havia uma cama de casal bem no meio, o ar, os móveis eram da mesma madeira brilhante e polida, havia um tapete fofinho e macio, tinha televisão, frigobar, mesinha, e no banheiro uma banheira enorme e maravilhosa. Todo o local era perfumado por insensos, o aroma era tropical e maravilhoso de se sentir.

E nem vou comentar da vista... a mais linda de todas, de frente pro mar, de frente pro mar límpido e perfeito de Angra.

Paraísos PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora