Meu Cãozinho Dolly

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Aquele parecia ser apenas mais um dia sem emoção em minha vida, porém um acontecimento inesperado deixou marcas profundas em meu coração.

Era tarde de 17 de Dezembro de 2014. Eu estava passeando pelo centro da cidade olhando algumas vitrines sem ter dinheiro para comprar.
Enquanto caminhava ouvia James Blunt em meus fones e meditava sobre fatos de desde os primórdios da humanidade assolam e indagam nossas mentes:

* Porque existe leguing branca?
* Para quê Ronaldo fenômeno fez  regime?
* Tiririca é mesmo o único palhaço no senado?

Foi quando algo me chamou a atenção.
Ali bem na minha frente, algo peludo, quente, estava animadinho e de pé.

Através daquela vitrine ele me olhava, pulava para mim, parecia que me chamava pedindo um carinho na cabecinha.
James sussurrou cantolorando em meu ouvido : Ior biurifô! ior biurufô is tru... Então eu não resisti.
Entrei naquele pet shop e disse para a atendente:
Moça, quanto é aquele cachorrinho tão fofo?????
Para minha sorte, ela me disse que estavam doando e eu sem pestanejar o levei.

Quando cheguei em casa,meus pais não aceitaram bem a minha decisão, disseram que eu teria que arrumar um emprego para sustenta-lo. Pagar sua ração,banhos, remédios e vacinas.
Senti como se tivesse acabado de parir aquela bolinha de pelos e assim foi.
Não arrumei emprego nenhum, pois meus pais só queriam me assustar e tentar me fazer ser responsável....sem sucesso,claro.
Resolvi batiza-lo por nome Dolly, pois apesar de ser macho ele tinha trejeitos afeminados e Dolly na minha opinião é um nome assexuado.

Ao lado daquele animal passei momentos felizes da minha vida, até que o pior aconteceu.
Em um desagraciado dia descobri que ele estava com câncer... (brincadeirinha @LuGuiradello)
Então... como eu dizia, Em um miserável e desafortunado dia, meu pai estava saindo com o carro para trabalhar e em um momento de descuido de minha parte, Dolly saiu correndo portão afora , feito um louco ,na velocidade da luz e aí...pláh!  a desgracera aconteceu.

Uma Belina modelo 1830, atropelou meu pequeno bebê. Corri desesperada até aquilo que um dia foi meu melhor amigo e filho.
Ele estava todo amassado com suas víceras expostas ao relento.
Chorei muito, me desesperei, pensei em tomar coca cola com mentos para acabar com a minha vida de uma vez.

O motorista veio prestar socorro, mas nada mais havia para ser feito.
Pessoas estranhas e vizinhos também estranhos começaram a se aglomerar tentando entender oque havia acontecido.
Poque Dolly fez isso? porque me deixou? será que não cuidei dele direito?
Será que não lhe dei água? será que não lhe dei ração? será? eu não lembro.

Comecei a notar a presença de outros cães e imaginei que ali naquele momento estava rolando um Cãolório (*velório para cães). A emoção tomou conta daquela sarjeta e as pessoas sensibilizadas começaram a chorar.

Então percebi que na verdade os animais estavam interessados era na cachorrinha da casa da frente.
A desgraçada exalava sensualidade e libido, estava no cio, pobre infeliz.
Daquele momento em diante tudo foi esclarecido. Dolly não havia se suicidado, Dolly havia sido capturado pelas garras do amor.

E foi assim que eu o perdi. Ele se foi ,mas deixou para todos nós um lema, um marco, um legado!
"Se for para morrer, morra tentando acasalar".

FIM!

E ai? Ruim? mais ou menos? Péssimo?! kkkk
Desculpem pessoas, só estou me divertindo aqui.
Obrigada a quem ler.
Beijos!

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⏰ Last updated: Oct 26, 2016 ⏰

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Contos de uma mente insanaWhere stories live. Discover now