O Banco - Parte 2

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_ Pumblum!... P024! - anunciou a voz suave da atendente do caixa. Fiz um bico de insatizfação enquanto fitava a piriguete mirim de aproximadamente 14 anos, corpo magro, canelas secas e um buxo de calango reumático avantajado.
Estava grávida, provalmente fora vitima de algum baile funk.
Relevei indignada e voltei a aguardar. Novamente a mocinha anunciou:
_ Pumblum!... P025! e aproximou-se um anão manco.
_ Pumblum!... P026! um senhor de corpo atlético, barba rala, cabelos grisalhos, olhar de George Clooney, esbanjando mais saúde que eu, porém, aposentado. Foi antendido em meu lugar e ainda teve a audácia de olhar para mim esboçando um sorriso seduzente que minha mente interpretou como: _ Passei na sua frente,baby! (Piscadinha).

Aquilo foi fazendo meu sangue esquentar. Olhei para traz para saber quantas vezes mais iria ser ludibriada pela senha preferencial. Foi aí que eu vi, entrando naquele local: 3 idosos, 4 coxos, 6 mulheres grávidas, 2 senhoras com criança no colo e 1 cachorro. Que logo foi posto para fora pelo segurança do local.

Pensei em abandonar tudo e sair correndo, pensei em chamar o gerente... os bombeiros.... a polícia! Fazer um barraco, um escandalo! Mas isso poderia significar que meu patrão ficaria sabendo, então, respirei fundo lembrando minhas aulas de meditação que eu nunca fiz e, apenas esperei. Consegui ser atendida 3 horas e 45 minutos depois. Já cansada e abatida, com as costas travadas, ja não me importava mais com meu cofrinho a mostra, pois nem o sentia, estava dormente.

Fiz oque tinha que fazer e voltei para minha sensala já me sentindo feliz, orgulhosa de mim mesma, afinal: Eu venci o banco! Cumpri minha missão.

Porém, não fui recebida da maneira como merecia. Carlos Daniel olhou para minha face cansada, apontou para o relógio e soltou:
_ Eu mandei você ir "fazer banco" e não " construir ele".
Daí eu disse:
_ Quer saber? Vai si fu#@% seu filha da pu@#$!
Joguei os comprovantes na cara dele, chutei a mesa do escritório, derrubei o computador que explodir ao tocar o solo, quebrei o aquario fazendo uma grande poça d'agua no chão onde peixinhos dourados se debatiam , saltei agarrando as hélices do ventilador de teto tomei impulso e projetei meus dois pés soltando uma voadora que atingiu meu opressor bem no meio do peito, oque fez ele perder o equilibrio e cair ao chão batendo sua nuca de onde saiu uma grande quantidade de sangue. Não satisfeita, fui pra cima dele. Pisei em seus testiculos com a ponta do pé e dei um giro encenando um passe de balé. Ele gemeu de dor, enquanto eu o montei e estapeei sua cara, ora com a mão direita, ora com a esquerda, cuspindo em sua face enquanto pronunciava 43 variedades de palavras de baixo calão por segundo!... mentalmente...

Na real ao ser indagada pela demora, eu apenas sorri, um sorriso largo, convincente e satisfatório, pretendia comprar mais um par de sapatos aquele mês.

Fim!

E , oque acharam? Gostaram? Não?! Porque? Deêm suas opiniões,é muito importante para mim! :)

Contos de uma mente insanaWhere stories live. Discover now