Melhor agora, pensou a menina ainda sorrindo. Esse sorriso seria capaz de iluminar uma cidade.
Aí se repreendeu mentalmente. Era muito cedo para citar Taylor Swift.
– Tudo bem, sim, e contigo?
Matheus sorriu de lado e chamou a garota com a mão, para que ela se aproximasse e ele pudesse falar baixinho:
– Melhor agora, gatinha.
Luna pensou que, se o seu coração resolvesse entrar nas Olímpiadas, venceria apenas com o salto que deu naquele momento. As pessoas tinham a mania de chamá-la de gatinha por conta do seu segundo nome: Caterina. E eram capazes de reclamar que a cultura inglesa estava invadindo o mundo todo.
– Quais os planos pra hoje, Matt?
– Bom, digamos que eu tenho que trabalhar, mas só mais tarde. Agora quero ver se escrevo umas coisinhas.
Luna assentiu e voltou pra cozinha, sem dizer nenhuma palavra. Voltou com uma tortinha de limão.
– Sugiro que pegues uma mesa ali no canto, aí ninguém vai te incomodar.
Matt pegou suas coisas e foi para o lugar indicado, onde pegou de dentro da mochila um envelope, que Luna não viu, pois já tinha ido terminar os lanches antes que os clientes começassem a aparecer.
Matheus colocou os fones de ouvido e voltou toda a sua atenção aos papéis espalhados na mesa, rindo vez ou outra do conteúdo.
Luna deu uma espiada e viu o garoto rir, de verdade, com as ruguinhas sendo formadas ao lado dos olhos. Sentiu ao mesmo tempo uma pontada e uma felicidade repentina. É claro que ele devia ter alguém que o fazia rir daquele jeito. Ela só esperava poder fazer alguém rir daquele jeito algum dia.
Sentiu um cutucão nas costelas e deu um pulo, levando a mão até a boca com o susto. Fez uma careta ao ver Rafael rindo atrás dela.
– Para de espiar, guria. Tu devias ir falar com ele, e não ficar assim igual uma doida.
– Eu não devia nada, guri – disse zombando. Depois deu de ombros. – Sabe, além de trabalhar. E você também. O amor que a Lia tem por ti não te tira da mira dela.
– É que tu não tens noção do amor dela por mim, por isso diz isso.
Luna revirou os olhos com o comentário e resolveu parar de dar uma de stalker maluca e deixar o garoto à vontade. Então colocou os fones e fechou os olhos ao ouvir a voz do Tiago Iorc, se apoiando na parede e sorrindo pra si.
No outro lado do estabelecimento, Matt escrevia avidamente uma resposta, ainda rindo sozinho. Resolveu dar uma olha pro balcão e viu a menina no mundinho da Lu(n)a. Sorriu. Ela devia ter o conhecimento da calmaria que passava.
Provavelmente tinha.
Luna abriu os olhos ao sentir um olhar em si, encontrando os olhos esverdeados de Matheus. Desviou, sem graça, e tentou se concentrar nas próprias coisas, tendo uma distração quando os clientes começaram a chegar e ela foi atendê-los.
O local foi enchendo, sua atenção foi roubada, e Luna só teve tempo de olhar para o canto do estabelecimento uma hora depois, e percebeu a mesa vazia.
Suspirou, decepcionada, porque Matheus costumava se despedir.
Mas tudo bem, pensou. Ele não tinha mesmo porque se despedir.
Mesmo que eu teria me despedido se fosse o contrário.
Estamos, novamente aqui, eu, Luna, Matt e três xícaras de café para avisar que REABRIMOS a temporada de 3C.
Mudei bastante coisinhas, até, como a carta que ficou separada do capítulo e a narração de algumas cenas, mas a essência ficou igualzinha.
Aos antigos leitores, dá um olá AQUI pra eu saber que você 'tá relendo.
E, aos novos leitores, SEJAM BEM-VINDOS.
Como estão as coisas por aí na sua cidade? Preocupadíssima com a situação, mas seguimos, né?
Desejo que tudo dê certo pra vocês nesse final de semana, xuxus!
Luna te oferece um café, por conta da casa, caso você queira seguir com a gente.
Beijinhos de café e não esquece de respirar, xuxu!
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Cartas, Cafés e Cicatrizes [DEGUSTAÇÃO]
Teen FictionLuna e Matheus podem contar nos dedos o que tem em comum: a preferência por café com leite, o gosto pela música e a terapia do banho. Além disso, frequentam, quase todos os dias, o mesmo Café. Mas as semelhanças não passam muito daí, Luna Caterina é...
Capítulo 1: No mundo da Lu(n)a
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