Entro no meu carro conduzindo até ao meu destino.

-"Bom dia"- saúdo Chloe que já se encontra no local.

-"Bom dia"- retribui- "Por aqui tão cedo?!"

-"Parece que sim"- pouso as minhas coisas- "Fiquei de entregar o vestido da maluca do vestido de noiva"- informo- "Queria fazê-lo o quanto antes se não, não para de me chatear"- suspiro.

-"Se quiseres eu posso ir entregar"- oferece gentilmente.

-"Deixa-me tentada a aceitar essa proposta"- rio.

-"Então aceita, não me custa nada"- insiste- "E assim pelo menos não a aturas"

-"Está bem Chloe mas eu ajudo-te a colocares o traje na carrinha"- profiro.

Colocamos o vestido na carrinha, ela insere a morada no GPS e vai fazer o combinado enquanto eu fico na loja.

Passados uns longos, aproximadamente, noventa minutos, a minha empregada regressa.

-"Finalmente"- digo assim que ela entra pela porta principal- "Aquilo é assim tão longe?"

-"Não, a viagem só demora 15 minutos"- respira fundo- "Ela é que se pôs para lá a falar sobre a vida dela, que rapariguinha chata, coitado do noivo"

-"Sinceramente eu acho que ela tem algum problema mental"- dou a minha opinião- "Mas deu-nos lucro, espero é que nunca mais me encomende nada"

-"Vais embora agora?"- pergunta colocando-se atrás do balcão.

-"Vou, não estou aqui a fazer nada"- pego na minha mala- "Até logo"- despeço-me.

-"Até logo"

Se disser que não consigo parar de pensar no que o Zayn me quer dizer, não estarei a mentir. Sinceramente, não vejo que assunto tenha para falar comigo, espero que, como ele mesmo disse, não seja nada de importante, porque, sinceramente estou farta de dramas na minha vida.

Entro de novo no meu carro e decido mandar uma mensagem ao moreno.

"Queres almoçar comigo?"- escrevo e envio.

Rapidamente recebo uma resposta da sua parte.

"Não posso, jantamos juntos"- leio e bloqueio o aparelho sem sequer lhe responder.

Não fico chateada mas é normal que não goste muito que ele tenha recusado o meu convite. Não pode, até aposto que é por causa da porcaria dos negócios dele.

Coloco a chave na ignição rodando-a de seguida, arranco em direção a casa do James. Ontem, ao final do dia, a empregada dele ligou-me a dizer que ele não andava nada bem, não tem comido quase nada e mal saí de casa, já que não tenho nada para fazer e preciso de o ver, aproveito para ir lá agora.

O caminho é feito em não mais do que 10 minutos, paro a viatura em frente à habitação do moreno e rapidamente bato à porta.

-"Olá menina Elena"- a sua empregada é quem abre dando-me de imediato espaço para que eu entre- "Ainda bem que veio, o menino James não anda nada bem"

-"Onde é que ele está?"

-"No quarto"- assim que a senhora de meia idade diz isto, eu subo as escadas até o quarto do moreno onde tento entrar mas está trancado.

-"Vá-se embora Lídia"- ouço a sua voz abafada dentro do recinto. Ele pensa que é a serviçal- "Já lhe disse para não me chatear"

-"É a Elena"- digo com um pouco de receio- "Abre a porta James"- peço de forma delicada.

-"Que queres aqui?"- abre-me a porta apenas em boxers.

-"A Lídia disse-me que não estavas bem"- indago- "Que se passa James?"- coloco uma mão no seu rosto.

-"Que se passa"- solta um riso irónico- "Passa-se que, no início ainda pensei que fosses voltar para mim mas já passaram dois meses e tal desde que terminamos e eu perdi a esperança"- começa a chorar.

-"Eu não queria nada disto"- deixo algumas lágrimas caírem.

-"Eu amo-te Elena, desculpa aqueles ataques de ciúmes, desculpa tudo o que eu fazia para te controlar mas eu tinha medo de te perder"

-"Eu gostava tanto que as coisas fossem diferentes, juro que gostava mas não mando no coração"- acaricio a sua face com a minha mão pequena.

-"Não há mesmo volta?"

-"Desculpa James mas não"

-"Então que estás aqui a fazer?"- sobe um pouco o tom de voz- "Vieste ver o idiota a chorar por ti?"

-"Tu não és um idiota, és um rapaz muito especial e mereces alguém que sinta o mesmo por ti, infelizmente esse alguém não sou eu"- fungo o nariz.

-"Vai embora"- pede e senta-se sobre a sua cama com a cabeça baixa.

-"Por favor"- ajoelho-me à sua frente - "Não faças isto a ti mesmo"

-"Eu vou ficar bem um dia"

-"Promete-me que vais comer e voltar a sair de casa"- seguro as suas mãos grandes.

-"Não vou prometer aquilo que não sou capaz de cumprir"- funga- "Agora vai embora por favor, ver-te só me faz pior"

-"Desculpa"- levanto-me- "Mas não podia deixar de vir, estava preocupada, eu gosto muito de ti"

-"Mas não gostas o suficiente"- resmunga baixinho mas não o suficiente para que eu não ouça.

-"Cuida-te por favor"- peço e saio do seu quarto descendo até a sala onde a senhora se encontra plantada.

-"Como é que correu?"- pergunta com um misto de preocupação é curiosidade.

-"Tenha um resto de um bom dia"- sorrio de retiro-me. Adentro a minha viatura e desmorono, custa-me tanto vê-lo assim, apesar do seu feitio peculiar, ele nunca me fez mal, não merece nada disto, ele esteve lá quando eu mais precisei e agora está assim por minha culpa.

Relapse (D.R Sequel) Where stories live. Discover now