Capitulo 17..... Uma musica

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Decidi fazer a música para o Pedro, não sou muito boa em demonstrar sentimentos, mas... yas como a boa amiga que é me ajudou um pouco, mas nosso estilo era um pouco diferente, Yasmin queria que eu cantasse algo como Ed Sheeran ou Taylor Swift, e eu queria uma música que dissesse exatamente o que eu estou pensando, então decidi compor uma canção.
No meu quarto, sentada a horas na minha cama com mais de cem bolinhas de papel amassado, estava tentando fazer a tal música.
- Nossa! Onde eu fui me meter?- me pergunto amassando mais uma bolinha de papel.
- "nos seus olhos eu vi um ombro amigo[...]"- começo a receitar.- espera... Ele É mais que um amigo pra mim.- sorrio, falando pra mim mesma. - " Você É mais que um amigo... Me salva do perigo, seus olhos são faróis pra mim. No instante que te vi, no momento que você chegou... Me prendeu a você, e nunca mais me soltou.
Como o vento, me fez sentir sensações sem poder ver, sentimentos que jamais pensei que voltaria a ter.
O que acha de passar comigo mais momentos felizes?
Mais vezes no lago, mais vezes abraça-lo, mais vezes sorrir ?"- finalmente acabei a música.
Então depois tomei banho, coloquei um jeans rasgado no joelho, uma blusinha preta, sapatilha preta, e fiz um coque meio bagunçado, e desci para a sessão de terapia.
É irônico, você ter segredos, medos, angústias, alegrias.... Em fim, não contar sua vida a ninguém... Não contar a seus avós, tios, melhores amigos, pra no final de contas ter que compartilhar sua intimidade com um estranho completo.
- Boa noite senhorita Elisa Looper.- ele me diz com um sorriso de lado.
- Oi. - digo friamente.
- Sobre o que gostaria de falar primeiro? - Luke me pergunta.
- Não sei. Eu nem queria estar aqui..- respondo olhando pela janela a noite linda que aparecera lá fora.
- vamos sair daqui? - ele me pergunta.
- o que? - digo pela primeira vez desde que ele chegou me olhando.
- Cada paciente tem sua forma de lidar com um problema, ou até mesmo em ter que contar a vida pra um completo estranho...- ele dá uma pausa. - E eu acabei de perceber que você é aquelas pessoas, que não confiam em alguém facilmente...
- isso não é verdade! - digo em protesto.
- e além de tudo isso... Você tenta,  mas não consegue mentir.- ele diz olhando pra mim.
- o que ? Como sabe ?- pergunto um pouco envergonhada.
- Quando você está mentindo, você não olha pra pessoa com quem esta falando, e fala sempre em defesa. E forma uma ruga na testa. - ele  sorri ao ver minha reação.
- Okay.  Vamos sair daqui.- digo pegando meu cardigã, e me dirigindo à porta.
Ele me segue e logo saímos da minha casa.

Elisa: A ultima Cicatriz #Wattys2016Kde žijí příběhy. Začni objevovat