mudança de destino ► yusol

Mudar, aceitar e amar

Mutare

Desde que nascera, a vida de Yuta tinha sido boa. Seus pais, sempre foram tão compreensíveis consigo, nunca passará por problemas familiares ou financeiros, muitos de seus colegas no jardim de infância invejava o japonês, já que seus pais sempre estavam nas apresentações de teatro, dança e outras coisas que a escolinha fazia para reunir os pais da crianças, muita desses pequenos tinham que lidar com pais discutindo e nunca viu os dois pais reunidos para ver uma de suas apresentações, e quando viam os dois pais de Nakamoto juntos, incentivando os filho e vibrando a cada suspiro que o filho dava, esses colegas acabavam sentindo ciúmes de vida do pequeno castanho.

Após esse período, Yuta foi para o fundamental, e assim sua vida mudou completamente. Seu pai tinha conseguido um emprego fora do Japão, acabaram se mudando para Coreia do Sul. Com 7 anos de idade e no segundo ano do fundamental, Nakamoto era um novato em um país totalmente diferente do seu, mas não era um problema para a criança, que fizera amizade rapidamente com vários colegas coreanos, americanos e até um tailandês, que em pouco tempo já o considerava seu melhor amigo.

Então com seus 8 anos, Ji Hansol entrara para sua escola, e ele era lindo, Yuta não sabia o que era aquilo que sentiu quando viu Hansol entra pela porta e se apresentar. No intervalo, Ten, seu amigo tailandês, chamou o novato para se sentar com sua "pequena" turma. Ele se sentou no banco ao seu lado, acabando por esbarrar em seu braço. Não teria tido nenhum problema, se não fosse pela ardência que ambos sentiram em seus braços, parecia que estava colocando seus braços em um caldeirão com lava quente.

E assim começou o choro e gritos de Yuta e um pequeno choro de Hansol. Sua turma se desesperou ao ver o estado do japonês, não sabiam o que estavam acontecendo com os dois e nem por qual motivo começaram a chorar quando se esbarraram. A única reação do grupo foi correr atrás da professora que quando chegou ao local, levou os dois meninos para dentro, examinou seus braços e assustou ao ver o Nakamoto Yuta escrito no braço de Hansol em coreano e o que estava escrito no braço do outro, não conseguia ler mas supôs que fosse Ji Hansol em japonês. Foi nesse momento que Ji Hansol e Nakamoto Yuta se tornaram almas gêmeas.

Era lei, quando duas crianças menores de 10 anos encontrassem suas almas gêmeas, o estado tinha que comemorar, uma grande festa foi dada aos dois, que mal se olhavam, Yuta culpava Hansol pela dor e por toda a atenção desnecessária que estava levando e Hansol apenas sentia medo dos poucos olhares furiosos que o japonês mandava em sua direção. Nakamoto odiou mais ainda ter que se mudar para uma casa perto da família Ji, deixando seu melhor amigo e agora ex-vizinho para trás, mesmo se vendo na escola não era a mesma coisa.

Acceptare

Aos 9 anos, Yuta não odiava mais Hansol, não o amava como todos falavam que deveria, se limitava a pequenos ois que era obrigado a dar para o mais velho quando suas famílias se juntavam para jantares, que era muito frequente agora que as duas famílias tinham virado amigas. Suas mães iam a compras juntas, sempre falavam sobre o futuro casamento de seus filhos, como ia ser lindo ver o mais novo entrando em um terno branco e seu predestinado o esperando em um terno preto. Seus pais abriram uma empresa de games, o pai de Yuta cuidava da parte gráfica e o de Hansol da parte de códigos, tinham-se tornado muito famosos nesse último ano e até fecharam um contrato com uma empresa chinesa. Na dificuldade de criar um nome acabaram juntando o nome dos filhos e nomearam a empresa de Yusol Games.

A relação dos dois não progredira, Yuta ainda pensava em Hansol como o coreano estranho que o seguia a todo lugar que ia, não tinha amigos, e quase não falava com o japonês mesmo o seguindo 24/7. Yuta escondia a marca de todos, se recusava a mostra para qualquer um, nunca usava camisetas sem mangas, mesmo nos treinos de futebol acabava soado demais por causa das camisetas com mangas compridas. E claro, se visse o outro companheiro de marca, mostrando sua marca por aí, já fazia birra para o mesmo esconder seu nome.