A porta aberta (capítulo único).

Começar do início
                                    

Mais que depressa, um por um, os mesmos botões começaram a ser abertos, deixando exposto o abdômen definido do príncipe. As unhas de Lorena o arranharam exatamente aonde se formavam os pequenos vincos de sua barriga, conquistados com o empenho que Max tinha de sobra. Ela, no entanto, também não deixava sua aparência em menor destaque e cuidava de si mesma com o maior zelo possível. Um rosto bonito e as curvas bem acentuadas não eram suas únicas qualidades, porém sua beleza era inegável e Max nunca deixava de apreciá-la.

O volumoso vestido verde-água que Lorena usava não demorou a ir ao encontro do piso lustrado, deixando-a apenas com uma camisola branca de cetim. Seus cabelos acobreados foram enrolados nos dedos do príncipe, enquanto com a outra mão, ele acariciava os ombros dela com delicadeza. Um jogo de sensações e dúvidas afloradas como aquele, não poderia fazer Lorena gemer mais baixo do que o fez. Max sorriu ao escutar o suspiro, aproximando os corpos de forma com que pudessem ouvir seus corações batendo, acelerando conforme acariciavam-se com menos timidez.

— Max, você...

Os pelos eriçados nos braços de Lorena entregavam toda a sua falta de controle. Em poucos instantes ela já estava completamente à mercê de Max, não ao contrário como imaginou. Se não soubesse que logo estaria nas mãos de outro homem, até poderia dizer que sentia aquelas sensações apenas ao lado dele.

— Mais ação e menos conversa, lembra?

Seguindo o acordo, aqueles minutos precisavam ser aproveitados ao máximo, antes que as pessoas notassem a ausência dos dois e os procurassem. Max estava ansioso para provar o sabor da pele de Lorena, por isso a carregou diretamente até a cama, apalpando um dos seios da garota. A alça fina da camisola logo foi puxada para baixo, até que caíssem completamente dos dois lados.

A fim de evitar que a princesa falasse mais alguma coisa, ele atraiu seu pescoço para perto e encostou os lábios macios nos dela. O beijo que veio a seguir fez a respiração de Lorena ficar tão ofegante quanto a de Max. A língua dele investigava cada parte da sua boca, cruzando-se de forma sincronizada e provocante. Nada estava fora de lugar, a não ser as súplicas desenfreadas que saíam dos lábios dela, algo pouco comum para alguém tão cheia de si. Max estava gostando de vê-la por baixo dos panos, sem máscaras, entregando a ele mais do que ela iria admitir.

Entre mãos e gemidos seguidos, as demais peças de roupa acabaram sendo descartadas, deixando-os nus e totalmente expostos naquele final da tarde de primavera. Os poucos raios de sol que se despediam aos poucos, reluziam nos fios ruivos de Lorena. A pele branca perdia levemente o foco, visto que seu cabelo alaranjado estava espalhado em cima do corpo. A princesa mais parecia um raio de luz no meio da penumbra que começava a tomar conta do aposento. Max vendo-a deitada, pronta para recebê-lo, antes não deixaria de traçar um trajeto com beijos úmidos em suas partes à mostra. Desde os seios empinados, a partir do umbigo, e descendo até sua umidade rosada, lá ele se perdeu durante alguns minutos fazendo com que a princesa esquecesse dos problemas ao seu redor. Sentir aquelas mínimas sensações ao lado de Max, alguém em quem ela podia confiar, tornava tudo ainda mais intenso e prazeroso.

Apesar do tempo escasso, o casal pôde trocar carícias e levaram simultaneamente um ao outro até os limites delirantes do desejo. Lorena sentia o suor escorrendo lentamente, mas independente das temperaturas elevadas, só conseguia pensar em ter Max imediatamente dentro de si. O mesmo que ele estava planejando fazer desde quando colocou seus pés naquele quarto, que era fazer de Lorena a sua mulher por alguns doces momentos. Não existiu calor que fosse maior do que o êxtase que vivenciaram.

Desta vez ela sequer precisou pedir para que ele a completasse, pois Max já não podia aguentar mais toda a vontade que havia acumulado ao longo das inúmeras provocações. O membro rígido não demorou a preencher o espaço que Lorena estava quase suplicando para ser tomado. Mesmo que não se pertencessem, ali, aninhados como se fossem um só, ninguém poderia negar que os dois eram ainda melhores juntos.

O ato se consumou quando, simultaneamente, os dois explodiram em uma onda de prazer forte o suficiente para fazer Lorena revirar os olhos e sentir o ar desaparecendo dos pulmões. Max permaneceu deitado, com suas mãos apoiadas no próprio peito, procurando resquícios de sua identidade. Poderiam não admitir, mas depois daquela junção frenética de corpos, talvez nem pudessem lembrar de quem haviam sido minutos atrás.

— Até que você ainda dá para o gasto, Max.

Lorena cutucou o braço dele, enrolando-se no lençol onde estiveram deitados. Max não conseguiu prender a risada suave, balançando sua cabeça enquanto levantava da cama. A reputação de libertino de Max fazia jus ao seu nome, por isso, tratou de arrumar-se com agilidade para encontrar Ruan em seguida. O disfarce, se não bem usado, lhe traria mais problemas do que vantagens.

— Você também ainda sabe satisfazer um homem, Lorena. Ou devo dizer vários? — Ele brincou, mexendo diretamente na fama da princesa, fazendo com que ela atirasse um travesseiro em sua direção.

— Agradeça a eles por não ter que me dividir o tempo todo. Essa porta não está sempre aberta para qualquer um, você sabe.

Max consentiu, passando os dedos em seus cabelos ondulados, retirando os vestígios da breve aventura ao lado da garota seminua que o olhava com atenção. Não importava o quão agradável houvesse sido, ao esbarrar em alguém pelo castelo, ele manteria a postura e fingiria que nem tinha encontrado Lorena durante todo o dia.

— Ela continuará aberta amanhã? — Um sorriso maroto surgiu no canto dos lábios assim que ele puxou a maçaneta dourada, a dois passos de sair do cômodo. Quando Lorena baixou a cabeça e sentiu-se confortável para responder aquela pergunta, notou que o príncipe já não estava mais na frente de seus olhos. O silêncio também podia falar mais do que mil lábios em uníssono.

Afinal, ela tinha aprendido uma nova regra. Para Max, a porta jamais estaria trancada.


Este conto é um presente para você, por isso, comente! Diga o que achou! Seu comentário é muito importante para mim! Vou ficar ansiosa para saber a sua opinião. E então?...

Não Tranque a PortaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora