Capítulo 10

38 6 2
                                    



Olá, pessoal. Aqui está o Capítulo 10. Tenho a dizer que é no próximo capítulo que a Sicca e o Pedro irão partir em missão, ansiosos? Enquanto o capítulo 11 não vem, divirtam-se com este capítulo.

Espero que gostem. 











Saio para o corredor totalmente exausta. Fiquei a dormir na habitação da Mia, mais propriamente no sofá preto onde me tinha deitado quando lá cheguei e não mais de lá saí. Agora, estou a sair para descer até ao meu Piso para falar com o Treinador.

- Até que enfim, achei que teria de arrombar a tua porta para falar contigo. Afinal estavas na porta ao lado... - Dou um pequeno salto de susto.

- O que é que fazes aqui? – Pergunto friamente ao Pedro.

Ele encosta-se ao espaço entre as portas da minha habitação e da Mia, de mãos nos bolsos das calças militares e olha fixamente para mim.

- Estás a brincar comigo, certo? Ontem bates-me à porta, dizes tudo o que tens para dizer e pronto. Esperas, realmente, que eu não tenha nada para te dizer também?!

Viro-me de frente para ele, encarando-o seriamente.

- Sim, espero, porque eu não quero ouvir o que tens para dizer. Eu já tomei a minha decisão. – Contorno-o para chegar à minha porta.

A minha intenção era entrar, tomar um banho, trocar de roupa e ir à procura do Treinador. Contudo, antes de eu conseguir segurar a maçaneta na minha mão, a mão forte de Pedro agarra-me pelo pulso, apertando-o.

- Oh, mas tu vais ouvir-me, porque é sobre mim e a minha vida e, por isso, terás de ter em atenção a minha opinião e aceitar a minha decisão.

Antes de eu ter tempo para reagir, o Pedro afasta-me da porta para conseguir rodar a maçaneta e me empurrar para dentro da minha casa, fechando-nos aos dois.

- O que pensas tu que estás a fazer? – Grito.

- Porque não vamos até à superfície? Precisamos de falar.- Diz ele, ignorando-me completamente. Caminha até ao meu quarto e começa a analisar a parede falsa ao pé da cama.

- Estás a invadir o meu espaço privado! – Reclamo.

- Quando invadiste a minha privacidade, isso não pareceu incomodar-te muito. - Pressiona a parede falsa até ela abrir. – Anda.

Sem saber o que fazer, decido segui-lo até à superfície. Contudo, ele não pára por aí. Assim que saímos da casa, ele desce as escadas do alpendre para iniciar uma caminhada descontraída.

- Podes fazer o favor de me explicar o que queres? – Sugiro quando chego ao pé dele, acompanhando-lhe o passo.

- Quero entender a tua atitude de ontem. Porque é que foste até à minha porta para dizeres que vais fazer de tudo para que eu não tenha de deixar a minha namorada. – Quando diz a palavra "namorada" o Pedro parece conter um riso. – Não achas que me deverias consultar primeiro?

PangeiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora