finding you was so hard (but loving you is easy) ➸ portuguese version

part one

Louis olhou de volta para suas próprias malas e suspirou desanimado. Provavelmente ele demoraria dias para colocar tudo no lugar certo. No entanto, ele não queria parecer um completo babaca preguiçoso logo no primeiro dia, fazendo-o atravessar o quarto de volta para seu lado e começando a desfazer as malas.

O resto de seus planos para o dia consistia em se encontrar com seu melhor amigo Stan mais tarde e ir para alguma boate para que pudesse se sentir mais em casa. Louis não queria admitir, mas ele estava com inveja com o fato de que Stan estivesse ali há três anos e tivesse visto o mundo enquanto ele estava preso em casa cuidando de suas irmãs. Ele não estava arrependido, porque ele amava sua família mais do que qualquer coisa, mas, ao mesmo tempo, fazia ele se sentir um pouco amargo.

Louis não conseguia mentir e dizer que não estava animado em estar ali, afinal, ele estava tão animado quanto uma garota de 15 anos que acabou de ser convidada para sair pelo garoto que gostava.

Foi só quando ele terminou de desempacotar algumas roupas e fixar algumas fotos que a porta finalmente se abriu. Louis imediatamente deixou cair o par de sapatos que estava segurando e se virou com os olhos arregalados.

Ele não sabia o que estava esperando encontrar, mas achou que o formulário que ele preencheu iria proporcionar um colega de quarto decente — embora tivesse ouvido umas histórias de misturas e ele se perguntou se seria uma daquelas pessoas com falta de sorte, e ele não ficaria surpreso se fosse uma.

Ao mesmo tempo, ele estava esperando alguém que pudesse ser seu parceiro de crime. Alguém que ele pudesse zoar só porque podia. A perspectiva era tão emocionante que Louis nem conseguia pensar direito. Ele já conseguia imaginar toda a diversão que teriam juntos e... Louis queria sentir alguma diversão verdadeira pela primeira vez na vida. Ele queria viver para si mesmo e não para aqueles ao seu redor.

Quando ele olhou para a porta, lá estava um menino de pele escura, parecendo cappuccino. Seu cabelo era uma mistura estranha de topete com franja, mas Louis estava extremamente impressionado com o quão atraente ele era. Ele não era o tipo de Louis, mas ele teria que ser cego para não ver o quão bonito aquele menino era.

Suas maçãs do rosto eram desenhadas — melhores do que as suas, Louis pensou infelizmente — e elas cortavam através de sua pele. Seus olhos eram escuros e seu nariz anguloso. Seus lábios estavam voltados para baixo quando ele entrou e, em seguida, ele se virou para olhar para Louis, que imediatamente caminhou para frente, estendendo-lhe a mão.

— Sou Louis — ele se apresentou, sorrindo encantadoramente e o garoto bonito parecia momentaneamente chocado, com os lábios entreabertos. Ele franziu as sobrancelhas, balançando a cabeça antes que seus olhos parecessem perceber o que estava acontecendo. Ele parecia jovem e, em seguida, Louis lembrou que uma das poucas coisas que sabia sobre seu colega de quarto era que ele tinha vinte anos e tinha morado no mesmo dormitório no ano anterior.

Louis observou quando o garoto moreno gemeu, batendo uma mão contra a testa em irritação.

— Maldito irlandês idiota — ele murmurou baixinho e, em seguida, ele olhou para Louis novamente, parecendo avaliá-lo naquele momento.

— Zayn — o garoto finalmente disse, estendendo a mão para apertar a mão estendida de Louis. Seu aperto era firme e o cumprimento não durou mais que alguns segundos.

Em seguida, Zayn se afastou, caminhando em direção a sua cama e pegando um celular aparentemente do nada. Seus dedos voaram rápidos pela tela e Louis ficou olhando para ele fixamente antes de olhar para sua mão.

No mesmo segundo ele se tocou e sentiu seu rosto corar em desgosto. Ele nunca havia recebido aquele tipo de resposta de ninguém depois de conhecê-lo. Ele sentiu todas as suas esperanças pateticamente desmoronarem no chão.