Eu sempre escolherei você

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– Você é tão perfeito. – Minha voz denunciava toda minha admiração.

Ele sorriu ainda mais e eu levei meu dedo a seu lábio, contornando-o e sentindo sua textura macia sob meu toque. Ele deixou um beijinho na ponta de meus dedos e se levantou para deixar um beijo suave na ponta de meu nariz.

Ele murmurou um "eu te amo" e eu correspondi bobamente, sentindo meu coração acelerar diante de suas palavras, como se essa fosse a primeira vez que ele me confessasse seu amor.

Ficamos mais um tempo em nossa bolha de amor, até que o alfa decidiu que já era de voltar a viver, embora eu tivesse me negado veementemente a sair daquela cama e, por isso, ele me levou em seu colo até a banheira, me aconchegando entre suas pernas para que relaxássemos na água quente.

– Eu te marquei. – Disse baixinho com um sorriso mínimo vendo as marcas de mordidas e arranhões espalhados por todo o seu corpo.

– Eu te machuquei. – Ele apontou para os hematomas em minhas coxas, bunda e quadris e eu ri, embora ele não estivesse achando muita graça. – Eu odeio ficar tão incontrolável a ponto de te machucar.

– Você não me vê reclamar, vê? E você me conhece o suficiente para saber que eu faria se isso me incomodasse.

– Mas me incomoda. – Ele encostou a cabeça junto a minha. – Ás vezes eu realmente penso que essa ideia de híbridos foi uma droga.

– Eu costumava pensar o mesmo antes de te conhecer. – Eu me sentei de lado e ergui seu rosto para que me encarasse. – Mas se ninguém tivesse tido essa ideia, nós não estaríamos aqui agora e eu odiaria não viver uma vida a seu lado. – Ele sorriu carinhoso mostrando as covinhas.

– Eu te amo. – Ele sussurrou e me deu um selinho demorado, voltando a me aconchegar em seus braços um tempo depois.

– Hazz? – Eu chamei sua atenção, ainda de olhos fechados, enquanto ele deslizava delicadamente a esponja por meu corpo, fazendo-o murmurar afirmando que me ouvia. – Qual foi a última vez que esteve com seu pai?

– Eu não sei, por quê? – Ele parecia confuso com a pergunta.

– Eu acho que você deveria passar um pouco mais de tempo com ele.

– Lou, meu pai é um homem ocupado, não acho que ele vá querer passar tempo comigo. E sobre o que nós iríamos conversar? Você ainda pode falar sobre o trabalho com ele, mas eu não.

– Eu acho que ele sente sua falta. – Ele riu sem humor. – É sério, Harry. Ele parece amar muito você e Gemma.

– Você vê isso? – Ele inquiriu com uma das sobrancelhas arqueadas. – Ele quase teve um surto quando eu lhe contei que seria escritor e não advogado e ele nem veio te ver. Ele me ligou e tudo, mas ele deveria ter vindo, você não acha?

– Acho que se ele não veio teve motivos. – Eu dei de ombros não querendo entrar nesse assunto. – Eu sei que ele pode ser difícil, ele já é adulto, tinha toda uma mentalidade formada, mas olha como ele já mudou ao longo dos anos.

– Quando foi que você virou advogado de Desmond Styles?

– Eu só quero ver nossa família unida. Não gosto da ideia de ter separado você de seu pai.

– Você não me separou de meu pai, Lou. Eu é que passei a vê-lo com outros olhos ao longo do tempo. Lembro de nossa primeira briga, foi no dia em que ele te conheceu na festa do escritório. Ele me viu saindo com você e não voltando e quando eu cheguei em casa ele estava me esperando. – Harry suspirou. – Foi o dia em que a visão que eu tinha dele mudou completamente, porque mesmo quando ele defendeu o pai de Nick quando ele o bateu, eu ainda me enganei com a ideia de que ele não era exatamente daquele jeito. Mas naquela noite ele me disse coisas horríveis sobre você e os ômegas e eu, que já estava completamente apaixonado por você. – Eu abri um sorriso mínimo. – Vi a imagem de meu herói sucumbir. Eu não o respondi, eu apenas lhe dei as costas e fui para o quarto. Encontrei o olhar triste de minha mãe no corredor, ela parecia ter ouvido a conversa, então eu lhe dei um abraço, disse o quanto ela era maravilhosa e me tranquei no quarto. Depois disso não voltamos mais a conversar de verdade, eu apenas respondia o que ele me perguntava e ficava por isso. Só voltamos a nos falar no dia de sua apresentação na faculdade.

– Eu sempre quis saber o que você disse para convencê-lo a ir.

– Foi Gemma quem me convenceu a chamá-lo e então eu fui até o escritório. Ele nem levantou a cabeça para me olhar quando eu cheguei, mas quando eu disse que eu fui até lá para convidá-lo para ir ver você, ele a levantou e riu. Eu fiquei com tanta raiva! – Senti seu corpo tencionar e entrelacei nossas mãos sobre meu peito como forma de acalmá-lo. – Eu explodi. Disse tudo o que estava engasgado em mim, disse que ele era egoísta e que nunca havia de fato prestado atenção em mim ou em Gemma. E que ele não percebia como ele nos perdia aos poucos, disse que havia meses que nós não nos falávamos e ele nem havia sentido a minha falta. Falei que ele estava me fazendo escolher entre você e ele e que eu sempre, sempre escolheria você. – Ele deu ênfase e meu coração falhou uma batida. – Mas que não tinha que ser assim, que nós poderíamos ficar juntos e ele poderia ao menos tentar te conhecer, mas que ele preferia se agarrar em conceitos errados sobre a sociedade do que viver perto de seu filho. – Ele suspirou e relaxou um pouco. – Sai da sala dizendo que o convite estava feito, mas se ele fosse, teria que ir disposto a mudar, disposto a verdadeiramente ouvir o que você dizia. Por isso cheguei atrasado aquele dia e ele acabou indo, o resto da história você conhece.

– Então, amor. – Eu virei para encará-lo. – Se você sabe que ele foi até lá por medo de te perder e que ele realmente se esforça para mudar por nossa causa, para estar perto de você, por que ainda duvida de seu amor?

– Eu não sei, acho que eu o admirava tanto quando era criança que a decepção foi grande, sabe?

– O que você acha de voltarem a ter um relacionamento próximo? – Passei a mão por seu rosto e ele sorriu assentindo, me fazendo ficar um tempo o admirando. – Eu adoro quando seus cabelos estão assim. – Eu disse me referindo ao coque que ele usava.

– Eu estava pensando em cortá-los.

– Não! – Eu me exaltei e ele riu. – Não faça essa loucura. Aonde mais eu vou agarrar enquanto você me faz gozar? – Ele riu ainda mais.

– Eu vou cortar só um pouco, ainda terei cabelos para serem puxados.

– Mas não terá mais cabelos selvagens caindo por seu rosto. – Eu fiz um bico. – Se você cortá-los eu peço o divórcio. – Falei decidido e ele gargalhou.

– Você é casado comigo ou com meus cabelos?

– Com os dois. – Eu selei seus lábios e nós trocamos beijos enquanto ríamos. – Mas você fica perfeito de qualquer jeito. – Eu segurei seu maxilar e olhei fundo em seus olhos. – E eu não poderia ser mais feliz ao seu lado.

- X - 

Olá, amores! Eu tenho que começar pedindo uma super desculpa pela demora. Desculpa! 

É que essa semana foi muito corrida, eu tive teste de direção, depois eu comecei a fazer um trabalho bem hard para a faculdade e minha mãe ainda fez uma cirurgia e eu fiquei com ela no hospital. Então eu fiquei sem tempo e sem cabeça pára sentar e escrever, só consegui fazer hoje mesmo, mas saiu o/   

Foi um capítulo totalmente fofo? Foi, mas eu achei necessário e eu amo esses momentos em Larry, é tão real <3 

Eu queria ter explicado a ida do Des para ver o Louis apresentar o trabalho em DWM, mas acabou que eu nem fiz, então achei que agora seria uma boa hora, então ficou menos uma coisa que caiu do céu e mais como um medo do Des de perder o filho. Vocês entendem, né? 

Sobre esse final e o papo "cabelos do Harry", eu só queria dizer que ainda não superei e que não está sendo fácil, por isso aqui na fic o cabelo dele continua longo, divo e lindo <3  

After the dream - l.s (a/b/o)Where stories live. Discover now